Vegetarianismo

prática de abstenção do consumo de carne
(Redirecionado de Vegetarismo)

Vegetarianismo é um regime alimentar baseado fundamentalmente em alimentos de origem vegetal. Os vegetarianos excluem, da sua dieta, carne, bem como outros produtos de origem animal (como gelatina feita a partir de ossos, por exemplo). Já os vegetaristas não comem carne, mas incluem alguns outros produtos de origem animal em sua dieta, como ovos e laticínios.[1][2]


Humorísticas

editar
  • "Tem o vegetarismo uma qualidade singular: é que, sendo calmante para os que o usam, é bastas vezes irritante para os que o aborrecem e o combatem, mesmo sem o terem experimentado. Aquece ao rubro os inimigos, só pelo crime de lhes representar a privação de manjares que, na ira com que eles tentam defendê-los, parecem a própria substância da sua alma."
Jaime de Magalhães Lima, O Vegetariano: Mensário Naturista Ilustrado, IV Volume, p. 266.

Saúde

editar
  • "Para melhores orgasmos, vire vegetariano".
Pamela Anderson, atriz
Fonte: Revista ISTOÉ, Edição 353
  • "A carne, longe de fortificar, excita, enfraquece e enerva... Para a mulher e para a criança, é uma graça, uma graça de amor, ser especialmente frugívoro, evitar o fétido das carnes e viver antes dos alimentos inocentes que não causam a morte a ninguém, suaves alimentos, que agradam ao olfacto tanto como ao gosto."
Jules Michelet, La Femme, 1859
  • "Não é o meu propósito discutir, aqui, a questão do vegetarianismo, ou encontrar objecções que possam ser incitadas contra essa prática; no entanto, tem que ser admitido que, destas objecções, nem uma delas consegue resistir a uma investigação leal e escrupulosa. Eu, da minha parte, posso afirmar que aqueles que sei que se submeteram a este regime notaram que os resultados foram a saúde melhorada ou restabelecida, um notável aumento de resistência, e a aquisição de uma nitidez, claridade e bem-estar da mente, como a que provavelmente se seguira à libertação de uma masmorra secular, repulsiva e detestável".
Maurice Maeterlinck, Le Temple Enseveli, Le Règne de la matière, V
  • "Já estou ouvindo os protestos dos médicos académicos, a maior parte dos quais continua aferrada à ideia obsoleta de que o corpo humano necessita de carne animal para possuir as proteínas necessárias à saúde. Entretanto, contra facto não valem argumentos! Tenho diante de mim exemplos sem conta de pessoas de todas as idades e condições de vida que gozam de perfeita saúde e bem-estar sem comer carne de espécie alguma. De resto, os próprios animais vegetarianos, como o cavalo, a vaca, o elefante, o camelo e outros, sem falar dos símios frugívoros, são prova do que acabo de afirmar. De onde tiram esses vegetarianos as proteínas necessárias ao seu organismo?"
Huberto Rohden, O caminho da felicidade, Martin Claret, 2005, p. 80.
  • "A meu ver, nenhum cancerígeno químico se aproxima em importância, como causa do cancro humano, à proteína animal."
Dr. Colin T. Campbell, da Universidade de Cornell, Nutrition Advocate vol. I, 1995 Nº 6, Dezembro.
  • "Muitos pratos trouxeram muitas doenças. Note-se que vasta quantidade de vidas um estômago absorve - devastador da terra e do mar. Não é de espantar que, em tão discordante dieta, a doença varie incessantemente... contem os cozinheiros e não mais se espantarão do número incontável das doenças humanas."
Séneca, "Epistola XCV."
  • "Por que que temos um grupo para o leite [na roda dos alimentos]? Porque temos um Conselho Nacional de Laticínios. Por que que temos um grupo para a carne? Porque temos um lóbi da carne extremamente poderoso."
Marion Nestle, Director of Public Health Initiatives for Steinhardt School of Education (Citada por Pamela Rice em 101 Reasons Why I'm A Vegetarian, Lantern Books, 2004, p. 74.)
  • "Minhas melhores performances foram aos 30 anos de idade, e eu era vegano."
Carl Lewis, ex-atleta olímpico estadunidense (fonte: vídeo Carl Lewis: Olympic Medals through the Vegan Diet, disponível no Youtube)
  • "Não se compreende a razão por que os alopatas prescrevem, de preferência, a carne de vitela à de boi ou vaca, preferência que não se justifica, pois a carne proveniente dos animais novos contém ainda mais purinas do que a de animais adultos, assim como todas as carnes denominadas brancas produzem mais ácido úrico do que as vermelhas; por isso, é erro julgar que as carnes de galinha, de pombo, de frango e de vitela produzem menos ácidos e que são próprias ou mais indicadas para doentes; o contrário é que está certo: são impróprias para doentes e mesmo sãos, pois a carne, seja de que espécie for, irrita o tubo digestivo e causa hipercloridria, a obstipação, a enterite mucomembranosa, a apendicite e torna-se particularmente perigosa para aqueles que têm os rins e o fígado alterados."
Dr. Pedro Indíveri Colucci, Higiene e Terapia Alimentares e Profilaxia das Doenças de Origem Artrítica, 18ª edição, Lisboa, 1986, p. 34.
  • "Vulgarmente, crê-se que o peixe, como alimento, é mais higiénico, menos prejudicial que a carne; e na diátese úrica os próprios médicos dão preferência àquele, o que cientificamente não se justifica, posto que, pela tabela de análises dos corpos purínicos contidos nos diferentes alimentos, observa-se que a maioria dos peixes contém purinas em quantidade, em especial os pequenos, incluindo a truta, pois estes formam um grupo cujas purinas são em grau mais elevado do que as de vitela e de boi ou de vaca."
Dr. Pedro Indíveri Colucci, Higiene e Terapia Alimentares e Profilaxia das Doenças de Origem Artrítica, 18ª edição, Lisboa, 1986, p. 34.
  • "As mulheres que amamentam e cujos bebés sofrem de cólicas verificam frequentemente que os problemas de saúde dos filhos desaparecem quando elas deixam de beber leite. Nenhuma outra espécie sonharia continuar a beber leite depois do desmame. Quem nos treinou para adoptar este comportamento bizarro – a natureza, ou a industria de lacticinios?"
Sally Beare, Dieta da longevidade: segredos dos povos com maior longevidade
  • "Você talvez não goste de saber, mas o que lhe disseram a vida inteira sobre o leite é uma mentira deslavada. O seu copo de leite, mesmo com a descrição de que contém pouca gordura, está cheio de gordura (o equivalente a três fatias de bacon), colesterol, antibióticos, bactérias e – o seu pior ingrediente – pus."
Jane Heimlich, autora de What Your Doctor Won’t Tell You, na Introdução de Leite: alimento ou veneno? de Robert Cohen
  • "25 milhões de mulheres norte-americanas com mais de 40 anos receberam o diagnóstico de artrite deformante e osteoporose. Essas mulheres ingeriram, em média, 1 litro de leite por dia durante toda a sua vida adulta. O que poderia ter mantido essas mulheres e seus médicos cegos para o facto de que tomar leite não as impediu de ter osteoporose? Talvez a sua visão esteja sendo distorcida pelos milhões de dólares investidos estrategicamente na compra de anúncios de revistas, acompanhados de artigos que exaltam as virtudes do cálcio no leite."
Robert Cohen, Leite: alimento ou veneno?, p. 13.
  • "O que aconteceria à nossa sociedade se todo o leite e lacticínios desaparecesse de repente? Talvez os Estados Unidos fossem uma nação sem problemas de colesterol que contribuem para o nosso assassino número 1, a doença cardíaca. Seriamos uma sociedade com menos câncer. Certamente, teríamos uma redução na incidência de leucemia, encefalite, meningite, diabetes, osteoporose, artrite e alergias. Todos os nossos processos digestivos melhorariam."
Robert Cohen, Leite: alimento ou veneno?, p. 318.
  • "Eu diria que o leite talvez seja um dos veículos menos saudáveis para se obter cálcio, que é o único motivo pelo qual as pessoas o tomam, mas, sempre que você questiona os dogmas existentes... as pessoas resistem."
Dr. Neal Barnard, citado em Leite: alimento ou veneno? de Robert Cohen, p. 299.
  • "Lembraremos agora uma outra circunstância, não menos notável e universal – não há vegetarismo, por toda a parte em que ele se tem propagado, que, tendo começado por uma questão de regime dietético, simples processo de alimentação e de nutrição orgânica, não acabasse por trazer consigo uma transformação profunda de todo o modo de ser físico e moral dos que o seguem."
Jaime de Magalhães Lima, O Vegetariano: Mensário Naturista Ilustrado, III Volume, Fevereiro de 1913, p. 459.
  • "Tenho vivido moderadamente, comendo pouca comida animal, sendo esta não tanto como ingrediente mas sim como condimento para os vegetais, que constituem a minha principal dieta."
-I have lived temperately, eating little animal food, and that not as an aliment, so much as a condiment for the vegetables, which constitute my principal diet.
- Thomas Jefferson; carta para Dr. Vine Utley (1819), in: "Memoirs, correspondence, and private papers of Thomas Jefferson: late president of the United States", Volume 4‎ - Página 321, Thomas Jefferson, Thomas Jefferson Randolph - H. Colburn and R. Bentley, 1829

Anatómicas e fisiológicas

editar
  • "É somente pelo amaciamento e disfarce da carne morta através do preparo culinário que ela é tornada susceptível de mastigação ou digestão e que a visão de seus sucos sangrentos e horror puro não criam um desgosto e abominação intoleráveis".
- It is only by softening and disguising dead flesh by culinary preparation, that it is rendered susceptible of mastication or digestion; and that the sight of its bloody juices and raw horror does not excite intolerable loathing and disgust
- "Queen Mab, a philosophical poem, with notes. [reputed to have been given by the author to W. Francis. Wanting the title-leaf, dedication and part of the last leaf]." - Página 114, de Percy Bysshe Shelley - Publicado por Mr. Carlile and Sons, 1832
  • "Da velha confusão de teorias médicas, da grande época obscura do empirismo, como um dogma da ciência de então, uma forma errónea e cheia de preconceito, como se fora um mandado religioso e por isso mesmo eivado de má fé, surgiu com esta frase perturbante: 'O homem é omnívoro'. Como à boca se pode levar tudo que se queira, daí resultou essa monstruosidade deturpante da humanidade!"
Amílcar de Sousa, O homem é frugívoro, em O Vegetariano, volume I, Sociedade Vegetariana Editora, Porto, 4ª edição 1912, p. 45.
  • "Desde a forma dos dentes à capacidade do estômago e às dimensões do intestino, como dados anatómicos em referência à comparação da série animal de que o homem é primaz – tudo demonstra que o género humano não é omnívoro. A dentadura é semelhante à dos símios antropoides que se alimentam de frutos; e se os obrigarmos a serem carnívoros, imediatamente estigmas de degenerescência se notam, doenças de pele, a queda dos pelos, o reumático e outras manifestações de artritismo."
Amílcar de Sousa, O homem é frugívoro, em O Vegetariano, volume I, Sociedade Vegetariana Editora, Porto, 4ª edição 1912, pp. 45-46.
  • "A alimentação humana tem sido desvirtuada pelo preconceito."
Amílcar de Sousa, O homem é frugívoro, em O Vegetariano, volume I, Sociedade Vegetariana Editora, Porto, 4ª edição 1912, p. 46.
  • "A carne não é o alimento do homem. Para o ser, devíamos poder matar os animais com as mãos e garras, e triturarmos os ossos ou lacerar os músculos ainda quentes com os dentes, como faz a hiena. Desprovidos de armas cortantes e do artifício da culinária, o homem não pode utilizar-se da carne nem do peixe."
Amílcar de Sousa, O Caldo de Carne , em O Vegetariano, III Volume, N.º 7, Setembro de 1912, p. 249.
  • "Sempre me pareceu que o homem não nasceu para ser carnívoro."
Albert Einstein, The New Quotable Einstein, p. 282.
  • "A verdade, há muito sabida e apregoada, mas da qual não fui capaz de tirar rapidamente todas as ilações a que ela conduz, é que as carnes só por si não têm sabor que as torne apetecíveis; para se suportarem e apreciarem, carecem de usar de um verdadeiro arsenal de substâncias vegetais e minerais. A pimenta, o cravo, o louro, a salsa, a cebola, a mostarda, o alho, a hortelã, os cominhos e o vinagre e o vinho e o azeite e o sal, tudo será pouco para disfarçar certa náusea que a carne estreme provoca."
Jaime de Magalhães Lima, O Vegetariano: Mensário Naturista Ilustrado, Fevereiro de 1918, p. 37.

Éticas

editar
  • "Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer".
- The question is not, Can they reason? nor, Can they talk? but Can they suffer
- An Introduction to the Principles of Morals and Legislation‎ - Vol II Página 236, de Jeremy Bentham - Publicado por W. Pickering, 1823 - 560 páginas
  • "Eu não tenho dúvidas de que é parte do destino da raça humana, na sua evolução gradual, parar de comer animais, tal como as tribos selvagens deixaram de se comer umas às outras quando entraram em contacto com os mais civilizados.".
Henry David Thoreau, Walden ou A vida no bosque, Capitulo 11
  • " Não é uma divagação mencionar os horrores da guerra ligados ao massacre de gado e aos banquetes carnívoros. A dieta dos indivíduos corresponde estritamente às suas maneiras. Sangue exige sangue. [...] As razões que podem ser alegadas pelos antropófagos contra o desuso de carne humana na sua dieta habitual seriam tão bem fundadas como as que são hoje instadas pelos comedores de carne comuns. Os argumentos que se opunham a este hábito monstruoso são precisamente os mesmos que nós vegetarianos utilizamos hoje."
Élisée Reclus, On Vegetarianism
  • "É certamente preferível produzir vegetais, e penso, por isso, que o vegetarianismo é um louvável abandono de um hábito bárbaro instituído. Que podemos subsistir com alimentos vegetais e fazer o nosso trabalho até com vantagens não é uma teoria, mas sim um facto bem demonstrado. Muitas raças vivem quase exclusivamente à base de vegetais e são superiores psicologicamente e em força. (...) Tendo em conta estes factos, todos os esforços devem ser feitos para parar o abate cruel e desnecessários de animais, que deve ser destrutivo para os nossos princípios morais."
Nikola Tesla em texto publicado na Century Illustrated Magazine em Junho de 1900
  • "Naquela ocasião, a pesca de cada um daqueles peixes afigurou-se-me, como ao meu mestre Tryon, uma espécie de assassinato sem provocação, uma vez que nenhum daqueles animais tinha cometido ou poderia cometer qualquer ofensa contra nós susceptível de justificar semelhante carnificina."
Benjamin Franklin em Autobiografia
  • "Os animais do mundo existem para seus próprios propósitos. Não foram feitos para os seres humanos, do mesmo modo que os negros não foram feitos para os brancos, nem as mulheres para os homens".
Alice Walker, prefácio do livro The Dreaded Comparison: Human and Animal Slavery, de Marjorie Spiegel
  • "Minha doutrina é esta: se nós vemos coisas erradas ou crueldades, as quais temos o poder de evitar e nada fazemos, nós somos coniventes".
- If we see cruelty or wrong that we have the power to stop, and do nothing, we make ourselves share in the guilt.
- Anna Sewell; Black Beauty (1877), Chapter 38: Dolly and a Real Gentleman
  • "Eu não como carne porque vi carneiros e porcos sendo mortos. Eu vi e senti a dor desses animais. Eles sentem a aproximação da morte. Eu não pude suportar a cena. Chorei como uma criança. Corri para o topo da colina e mal conseguia respirar... Senti-me sufocado... Senti a morte do carneiro."
Vaslav Nijinsky (bailarino e coreógrafo), O Diário de Nijinsky
  • "Não haverá justiça enquanto o homem empunhar uma faca ou uma arma e destruir aqueles que são mais fracos que ele".
Isaac Bashevis Singer, Prólogo de Vegetarianism, a Way of Life, de Dudley Giehl.
  • "Geralmente, as pessoas usam, como desculpa para continuar comendo carne, o fato de que humanos sempre comeram carne. De acordo com essa lógica, não deveríamos tentar impedir pessoas de assassinarem outras, já que esse comportamento também acontece desde as eras mais longínquas."
Isaac Bashevis Singer, citado por Joanne Stepaniak em The Vegan Sourcebook, 2000, p. 1.
  • "A ideia de que 'os humanos vêm em primeiro lugar' constitui, geralmente, um pretexto para não se fazer nada quer em relação aos animais não humanos quer em relação aos próprios animais humanos, não se impondo como verdadeira escolha entre alternativas incompatíveis. A verdade é que não existe qualquer incompatibilidade nesta questão."
Peter Singer, Em Libertação Animal
- By all that is sacred in our hope for the human race, I conjure those who love happiness and truth to give a fair trial to the vegetable system!
- Poetical Works - página 140, Por James Russell Lowell, Percy Bysshe Shelley, Thomas Hood, William Michael Rossetti, Publicado por Houghton, Mifflin and Co., 1865
  • "A minha alimentação não é a dos homens. Não tenho que matar cordeiros e cabras para saciar o meu apetite; as glandes e as bagas bastam-me.".
Mary Shelley, "Frankenstein"
  • "Mas no entanto (consegues acreditar?) eu tenho visto o próprio homem que se gaba da sua ternura, a devorar de uma só vez a carne de seis animais diferentes atirados para uma fricassé. Estranha contradição de conduta! Têm piedade, e comem os objectos da sua compaixão!".
Oliver Goldsmith, Letters from a citizen of the world to his friends in the East
  • "Em relação à dieta animal, pode ser considerado que despojar os animais das suas vidas, de forma a transformá-los em comida, contraria imensamente os princípios da benevolência e compaixão. Isto mostra-se na frequente insensibilidade e crueldade encontrada entre aquelas pessoas cujas ocupações as engajam em destruir a vida animal, assim como no desconforto que os outros sentem em contemplar o massacre de animais.".
David Hartley, Observations of Man
  • "Não consigo encontrar nenhuma grande diferença entre a alimentação com carne humana e a alimentação com a carne de [outro] animal, excepto o costume e o hábito.".
George Cheyne, Essay on Regimen
  • "Que vezes, à sombra daqueles rochedos, participei com elas de vossos manjares campestres, que não custaram a vida a animal algum! Cabaças cheias de leite, ovos frescos, apas ou pães de arroz sobre folhas de bananeira, cestos pejados de batatas, de mangas, de laranjas, de romãs, de bananas, de tâmaras, de ananases, ofereciam a um tempo os alimentos mais sadios, as cores mais engraçadas e os mais deliciosos sucos".
Bernardin de Saint-Pierre, Paulo e Virgínia (tradução de Bocage)
  • "A minha mãe acreditava, e eu penso o mesmo, que matar animais com o objectivo de comer a sua carne é uma das mais deploráveis e vergonhosas fraquezas do estado humano; que é uma daquelas pragas lançadas sobre o homem ou pela sua queda, ou pela teimosia da sua própria perversidade."
Alphonse de Lamartine em Les confidences
  • "Mentem todos os que afirmem que os animais nasceram para servir de sustento ao homem ou para servirem de nossos escravos... Se assim fosse, teríamos de aceitar, como perfeitamente lógica, a asserção condenada actualmente de que a exploração do homem pelo homem é uma coisa imprescindível e que existe todo o direito de o homem sacrificar os seus semelhantes, visto que, como os animais, nós possuímos inteligência, vida, percepção, e somos também sensíveis ao sofrimento."
J. Fontana da Silveira, em Almanaque Vegetariano para 1914
  • "Em todo o mundo da Utopia não há carne. Antes havia. Mas agora não conseguimos suportar a ideia de matadouros. E, numa população em que toda a gente é culta e com um nível de aperfeiçoamento físico semelhante, é praticamente impossível encontrar alguém que vá talhar um boi ou um porco morto. Nunca nos acostumamos com a questão higiénica do consumo de carne. Esse outro aspecto fez-nos decidir. Ainda me consigo lembrar, de quando era rapaz, do contentamento que o encerramento do último matadouro gerou."
H. G. Wells em Modern Utopia , capítulo nove, secção 5
  • "Tem-se feito uma revolução: deixamos o sóbrio regime francês, e cada vez mais adoptamos a cozinha sanguinolenta e pesada dos nossos vizinhos, apropriada talvez ao seu clima, mas não ao nosso. O pior é que infligimos esse regímen às nossas crianças. Que estranho espectáculo ver a mãe dar à sua filha, que ainda ontem amamentava, esta grosseira alimentação de carnes em sangue, e os excitantes perigosos: o vinho, a exaltação; o café! E espanta-se de vê-la violenta, caprichosa, apaixonada. É ela mesma que tem a culpa disso."
Jules Michelet, La Femme, 1859
  • "Um indivíduo patético! Tão ridículo é o seu tipo de piedade, como a que têm aquelas almas palermas, que não matariam uma galinha inocente por nada deste mundo; mas que, quando morta para as suas mãos, são sempre os seus maiores devoradores".
Samuel Richardson, Clarissa
  • "Debitada em fatias cuidadosamente embaladas em papel celofane num supermercado, ou conservada em lata, a carne do animal deixa de ser sentida como tendo sido viva. Atrevemo-nos a dizer que os nossos talhos, donde pendem nuns ganchos animais que ainda á pouco sangravam – e de tal modo atrozes para quem não está habituado a eles que alguns dos meus amigos estrangeiros mudam de passeio, em Paris, ao vê-los de longe -, talvez sejam um bem, enquanto testemunhos visáveis da violência feita pelo homem ao animal".
Marguerite Yourcenar, O tempo, esse grande escultor
  • "Muitas vezes pensei que, se não fosse pela tirania que o costume exerce em nós, os homens duma natureza medianamente boa nunca se reconciliariam com a acção de matarem tantos animais para seu sustento quotidiano, enquanto a liberalidade da terra tão abundantemente lhes faculta as delicadas variedades de vegetais."
Bernard Mandeville, The Fable of the Bees
  • "Eu não posso compreender com um homem, que não está inteiramente endurecido e habituado à vista do sangue e do massacre, possa assistir sem remorso ao massacre de animais como o boi e o carneiro, nos quais o coração, o cérebro, os nervos, diferem tão pouco dos nossos, e cujos órgãos dos sentidos, e por consequência do coração, são os mesmos que no ser humano."
Bernard Mandeville, The Fable of the Bees
  • "Os homens que comem carne e tomam beberagens fortes têm todos um sangue azedo e adusto, que os torna loucos de mil maneiras diferentes. Sua principal demência se manifesta na fúria de derramar o sangue de seus irmãos e devastar terras férteis, para reinarem sobre cemitérios."
Voltaire, A Princesa da Babilônia, Capitulo III
  • "É verdade que há entre vós muitas mulheres que continuam falando a seus cães; mas estes resolveram não responder, desde que os forçaram, às chicotadas, a ir à caça e ser cúmplices da matança dos nossos velhos amigos comuns, os cervos, os gamos, as lebres e as perdizes."
Voltaire, A Princesa da Babilônia, Capitulo III
  • "A sala era asseada, cómoda, e bem ornada; os convivas alegres; o ouro e a prata brilhavam sobre os aparadores; o espírito, os bons pensamentos, a alegria, a feliz concepção, e a graça animavam a conversação; porém nas cozinhas corriam o sangue e a gordura; as peles dos quadrúpedes, as penas das aves, e suas entranhas confusamente amontoadas oprimiam o espírito, e espalhavam a infecção."
Voltaire, Les Lettres d’Amabed,(1769)
  • "Se eles tivessem [linguagem humana), seriamos capazes de os matar e comer? Deveríamos cometer estes fratricídios? Que bárbaro abateria e assaria uma ovelha, se essa ovelha invocasse, num pedido afectuoso, que não fosse assassino e canibal ao mesmo tempo?"
Voltaire, Dicionário filosófico
  • "Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, ideias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento."
Voltaire, Dicionário filosófico
  • "Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição."
Voltaire, Dicionário filosófico
*"Os animais que você come não são aqueles que devoram outros, você não come as bestas carnívoras, você as toma como padrão. Você só sente fome pelas criaturas doces e gentis que não ferem ninguém, que o seguem, o servem, e que são devoradas por você como recompensa de  seus serviços."  
Jean-Jacques Rousseau (em Emile)
  • "Que o uso de alimentos de origem animal predispõe o Homem para acções cruéis e ferozes é um facto para ao qual a experiência de muitas eras dá amplo testemunho."
Joseph Ritson, An Essay on Abstinence from Animal Food, As a Moral Duty, 1802, Capitulo IV.
  • "Sendo os sacrifícios humanos uma consequência natural daquela crueldade supersticiosa que gerou o massacre de animais, é igualmente natural que aqueles que se acostumaram a comer animais não devam abster-se por muito tempo de comer humanos: mais especificamente porque, quando torrados ou assados, a aparência, o aroma, e o sabor de ambos serão quase, se não inteiramente, os mesmos."
Joseph Ritson, An Essay on Abstinence from Animal Food, As a Moral Duty, 1802, Capitulo VI
  • "A progressão da crueldade é rápida. O hábito torna-a familiar, e portanto é considerada natural."
Joseph Ritson,An Essay on Abstinence from Animal Food, As a Moral Duty, 1802, Capitulo VI
  • "Se tivéssemos de chacinar a nossa própria carne, haveria um grande aumento no número de vegetarianos."
Ernest Howard Crosby, Tolstoy and his Message, 1904.
  • "[O uso da carne] é simplesmente imoral, pois envolve a consumação de um acto contrário ao sentimento moral, - matar; e é reclamado só pela avidez e desejo de alimento saboroso."
Leon Tolstoi, The First Step (O Primeiro Passo)
  • "Eis o que é terrível ainda mais que o sofrimento e a morte dos animais. É o facto de o homem, sem necessidade, suprimir a suprema susceptibilidade espiritual de sentir compaixão e piedade para com os seres vivos como ele. É o facto do homem se tornar cruel violando as leis da Natureza matando para comer."
Leon Tolstoi, The First Step (O Primeiro Passo)
  • "Não existe mau cheiro, som, monstruosidade aos quais o homem não consiga se acostumar a ponto de deixar de ver, escutar e cheirar a aparência, o som e o odor do mal."
Leon Tolstoi, The First Step (O Primeiro Passo)
  • "O carneiro vivo estava ali deitado, tão silencioso quanto o morto e inflado, a não ser por sacudir nervosamente o rabo curto e os lados a se alçarem com mais rapidez que de costume. O soldado baixou gentilmente, sem esforço, a cabeça levantada; o açougueiro, sem parar de conversar, agarrou com a mão esquerda a cabeça do carneiro e cortou-lhe a garganta. O animal tremeu, e o rabinho endureceu e parou de abanar. O camarada, enquanto esperava o sangue correr, começou a reacender o seu cigarro, que se apagara. O sangue corria, e o carneiro começou a agonizar. A conversa continuou sem a mínima interrupção. Era horrivelmente revoltante."
Leon Tolstoi, The First Step (O Primeiro Passo)
  • "Considerando friamente, sem a mínima paixão, as lições que em quinze anos de prática aprendi quanto às vantagens e desvantagens do regime vegetariano, em consciência tenho de dizer que nem um só dos argumentos em sua oposição se mostra subsistente no meu espírito. Toda a dúvida de eficácia se desvaneceu e toda a presunção favorável se confirmou. […] A crença na carne não vale mais nem menos como significação do estado do espírito, nem tem melhor explicação racional, do que a fé nos amuletos que defendem do quebranto, as figas e a oração às relíquias."
Jaime de Magalhães Lima, O Vegetariano: Mensário Naturista Ilustrado, Março de 1912, p. 7.
  • "Onde se insinuarem sentimentos de simples justiça, à parte mesmo toda a exaltação religiosa ou qualquer frouxa inspiração de poesia, logo a baixeza do carnivorismo será apontada e castigada como infracção de princípios supremos."
Jaime de Magalhães Lima, O vegetarismo e a moralidade das raças, 14 de Junho de 1912
  • "Qualquer dama de mãos mimosas que trinca com delicia uma costeleta coberta de pão e embalsamada em loiro, em cravo, em salsa, em cebola, pimenta e limão, empalidece de náusea sentindo o cheiro do açougue, considera imundície um pedaço de carne crua nos seus vestidos e foge mais depressa da praça do peixe do que da montureira que aduba a horta."
Jaime de Magalhães Lima, O vegetarismo e a moralidade das raças, 14 de Junho de 1912
  • "Cada vez me convenço mais de que o vegetarismo não é sistema de cura de padecimentos físicos ou o capricho de cismáticos e extravagantes. Muito longe disso e muito superior a isso, é uma questão moral e estética fundamental, ao mesmo tempo instrumento e sinal da capacidade das raças, condição imprescindível da sua nobreza, progresso e dignidade."
Jaime de Magalhães Lima, O Vegetariano: Mensário Naturista Ilustrado, III Volume, Janeiro de 1913, p. 452.
  • "Convençamo-nos de que o vegetarismo é um sinal precioso, apenas um aspecto duma renovação social profunda; aceitemo-lo em todas as suas consequências e vejamos nos seus benefícios os frutos elementares da grande aspiração de alegria e paz entre os homens e sobre a terra para que a humanidade ansiosamente se encaminha."
Jaime de Magalhães Lima, O Vegetariano: Mensário Naturista Ilustrado, III Volume, Fevereiro de 1913, p. 459.
  • "E se a subtileza de uma gula sanguinolenta incorrigível quiser distinguir entre piedade e necessidade, fazendo entrar o carnivorismo no rol das crueldades indispensáveis à vida humana, não deixaremos de lhe lembrar que também a pena de morte e a tortura foram indispensáveis à boa ordem e à saúde das sociedades e tinham atrás de si um arsenal de justificações, qual delas a mais poderosa, e todas tão lógicas e científicas como é científica e lógica a defesa actual dos matadouros e açougues municipais e domésticos."
Jaime de Magalhães Lima, O Vegetariano: Mensário Naturista Ilustrado, Janeiro de 1914, p. 4.
  • "Ver morrer um boi é para uma consciência límpida e para um espírito moral um espectáculo canibalesco, incompatível com a humanidade. […] Assistir ao assassinato dum cordeiro é, sem dúvida, barbaridade infame. Queremos acreditar que a maior parte da gente que bebe às colheres a sopa, ou corta com a faca um pedaço de vaca, se visse morrer os animais não se banquetearia com tão grande gáudio..."
Amílcar de Sousa, O Caldo de Carne , em O Vegetariano, III Volume, N.º 7, Setembro de 1912, p. 249.
  • "Deixem-me dizê-lo abertamente: estamos todos envolvidos num processo de degradação, crueldade e carnificina que rivaliza com tudo aquilo de que o III Reich foi capaz; na verdade menoriza-o, no sentido em que o nosso é um processo sem fim, auto-regenerador, que cria coelhos, ratos, aves e gado incessantemente, trazendo-os ao mundo com o propósito de os matar."
J. M. Coetzee, As Vidas dos Animais
  • "Algures nesta linda manhã, aves estavam a ser degoladas. Treblinka estava presente em toda a parte."
Isaac Bashevis Singer, em Inimigos: uma história de amor
  • "Todas as vezes que Herman presenciava a carnificina de animais e de peixes, tinha sempre o mesmo pensamento: em relação a todos os seres, os homens comportavam-se como nazis. A presunção com que o homem fazia o que queria com outras espécies exemplificava as teorias racistas mais extremistas, o princípio de que o poder está certo."
Isaac Bashevis Singer, em Inimigos: uma história de amor
  • "Ser vegetariano é discordar: discordar do curso que as coisas tomaram hoje. Fome, crueldade, desperdício, guerras - precisamos nos posicionar contra essas coisas. O vegetarianismo é a minha forma de me posicionar."
Isaac Bashevis Singer, Prefácio de Food for the Spirit: Vegetarianism and the World Religions de Steven Rosen (1987).
  • "Há muito eu chegara à conclusão que o tratamento do homem para as criaturas de Deus torna ridículos todos os seus ideais e todo o pretenso humanismo. Para que este estufado indivíduo degustasse seu presunto, uma criatura viva teve de ser criada, arrastada para sua morte, esfaqueada, torturada e escaldada em água quente. O homem não dava um segundo de pensamento ao fato de que o porco era feito do mesmo material e que este tinha de pagar com sofrimento e morte para que ele pudesse saborear sua carne. Pensei mais de uma vez que, quando se trata de animais, todo homem é um nazista."
Isaac Bashevis Singer, O Penitente
  • "O que todos esses pretensos sábios, filósofos e líderes mundiais sabem a seu respeito? Eles se convenceram que o homem, o pior transgressor dentre todas as espécies, é o ápice da criação. Todos os outros seres foram criados somente com o propósito de servirem à humanidade, podendo, com isso, ser atormentados e exterminados. Em relação a eles, todas as pessoas são nazistas; para os animais o mundo é uma eterna Treblinka."
Isaac Bashevis Singer, The Letter Writer
  • "Yoineh Meir não encontrava paz. Cada tremor da ave abatida era correspondido com um tremor proveniente de suas próprias entranhas. A morte de cada animal, grande ou pequeno, lhe causava tanta dor como se ele próprio estivesse sendo dilacerado. De todos os castigos que poderiam ter-lhe sido impostos, o abate era de longe o pior…"
Isaac Bashevis Singer, The Slaughterer, em The Sénace and Other Stories (1968)
  • "Com toda veemência de sua [...] natureza, [Cristophe] sondou as profundezas da tragédia do universo: ele sofria todo o sofrimento do mundo e ficara, ensanguentado, em carne viva. Olhava os olhos dos bichos e via uma alma como a sua, uma alma que não sabia falar; mas os olhos gritavam por ela: O que te fiz? Por que me feres?"
Romain Rolland, Jean-Christophe
  • "Ele não suportava ver as coisas mais ordinárias que vira centenas de vezes – um bezerro chorando num cercado, com olhos grandes e esbugalhados, de branco azulado e pálpebras rosadas, e pestanas brancas, os tufos de pelo branco e encaracolado na testa, o focinho arroxeado, as pernas ainda trêmulas; – um cordeirinho sendo carregado por um camponês com as quatro patas amarradas, de cabeça para baixo, tentando manter a cabeça levantada, gemendo como uma criança, balindo e esticando a língua cinzenta; – aves amontoadas num cesto; – os guinchos distantes de um porco sendo sangrado; – um peixe a ser limpo na mesa da cozinha... As torturas inomináveis que os homens infligem a estas criaturas inocentes faziam doer o seu coração."
Romain Rolland, Jean-Christophe
  • "Concedei aos animais um vislumbre de razão, imaginai que pesadelo apavorante é, para eles, o mundo: um sonho de homens de sangue-frio, cegos e surdos, que lhes cortam a garganta, abrem-lhes o peito, evisceram-nos, cortam-nos em pedaços, cozinham-nos vivos, às vezes rindo-se deles e de suas contorções enquanto padecem em agonia. Há coisa mais atroz entre os canibais?"
Romain Rolland, Jean-Christophe"
  • "Para um homem cuja mente é livre, há algo de mais intolerável no sofrimento dos animais do que no sofrimento dos homens. Afinal, no caso destes últimos, pelo menos se admite que o sofrimento é cruel e que o homem que o causa é um criminoso. Mas milhares de animais são abatidos inutilmente todos os dias sem sombra de remorso. Se algum homem se referisse a isso, seria considerado ridículo – e este é um crime imperdoável. Esta, sozinha, é a justificativa de tudo o que os homens sofrem. Exige a vingança de Deus. Se existe um Deus bom, então até a mais humilde das coisas vivas deveria ser salva. Se Deus é bom somente com os fortes, se não há justiça para os fracos e inferiores, para as pobres criaturas que são oferecidas em sacrifício à humanidade, então não existe esta tal bondade, esta tal justiça..."
Romain Rolland, Jean-Christophe
  • "Se não pensarmos no assunto e continuarmos a [comer os animais] às refeições, não se poderá dizer que somos moralmente cegos, eticamente imbecis e humanamente incautos?"
Jeffrey Moussaieff Masson, O Porquinho que cantava à lua: O Mundo das Emoções dos Animais Domésticos
  • "Pense no seguinte: se engravidasse contra a sua vontade e a seguir o seu filho lhe fosse tirado e servido no dia seguinte ao jantar, sentir-se-ia feliz? Se pensa que uma vaca nunca mais volta a pensar na cria que lhe foi tirada, pergunte a um criador durante quanto tempo a vitela e a vaca que a deu à luz chamam uma pela outra."
Jeffrey Moussaieff Masson, O Porquinho que cantava à lua: O Mundo das Emoções dos Animais Domésticos
  • "Podemos nós duvidar do amor que uma vaca sente pelo seu bezerro quando ela bale desesperadamente durante dias, depois do seu filho ter sido levado para longe (de modo a que todo – e não apenas algum – do seu leite possa ser usado para consumo humano)?"
Jonathan Balcombe, O Reino do Prazer
  • "Matar por 'desporto', por sobrevivência, pela nação, pela paz – não há muita diferença em tudo isto. Justificações não são resposta. Resposta existe apenas uma: não matem![...] Mas há aqueles que matam: matam por desporto, por divertimento, matam para obter lucro – por exemplo, a indústria da carne. São os mesmo que destroem a Terra, espalham gases venenosos, poluem o ar, as águas, e poluem-se uns aos outros. [...] Viver sem causar sofrimento ou morte aos outros significa não matar um ser humano nem qualquer animal, por desporto ou para sustento."
Jiddu Krishnamurti, Natureza e Meio Ambiente
  • "Do ponto de vista prático, não é possível criar animais como alimento em grande escala sem lhes infligir um sofrimento considerável. Mesmo que não fossem utilizados métodos intensivos, teríamos a criação animal tradicional que envolve castração, separação de mãe e cria, ruptura de grupos sociais, marcação a ferro, transporte para o matadouro e, finalmente, o próprio abate. É difícil imaginar um modo como os animais poderiam ser criados para servirem de alimento sem estas formas de sofrimento. Talvez pudesse ser feito em pequena escala, mas nunca conseguiríamos alimentar as enormes populações urbanas actuais com carne obtida desta forma. Se isso fosse de algum modo possível, a carne do animal assim criado seria muito mais cara do que a carne o é atualmente – e a criação de animais é já um modo dispendioso e ineficiente de produção de proteínas."
Peter Singer, Libertação Animal
  • "Sejam quais forem as possibilidades teóricas da criação de animais sem sofrimento, o facto é que a carne disponível nos talhos e nos supermercados provem de animais que não foram tratados com qualquer consideração real enquanto foram criados."
Peter Singer, Libertação Animal
  • "Até começarmos a boicotar o consumo de carne e de todos os produtos afins, estamos, cada um de nós, a contribuir para a existência continuada, a prosperidade e o crescimento dos métodos de criação intensiva de animais e para outras práticas cruéis utilizadas na criação de animais com fins alimentares. É neste ponto que as consequências do especismo interferem directamente nas nossas vidas e somos forçados a provar pessoalmente a sinceridade da nossa preocupação relativamente aos animais não humanos. Temos, a este respeito, a oportunidade de fazer algo, em vez de simplesmente falar e desejar que os políticos façam algo. É fácil tomar uma posição acerca de uma questão remota, mas os especistas, como os racistas, revelam a sua verdadeira natureza quando a questão se torna mais próxima. Protestar em relação às touradas realizadas em Espanha, ao consumo de cães na Coreia do Sul ou ao bate de focas bebés no Canadá enquanto se continua a comer ovos de galinhas que passam as suas vidas amontoadas em gaiolas, ou carne de vitelas que foram privadas das mães, do seu alimento natural e da liberdade de se deitarem com os seus membros estendidos, é como denunciar o apartheid existente na África do Sul enquanto se pede aos vizinhos para não venderem a casa a negros."
Peter Singer, Libertação Animal
  • "Bastante acertadamente, regra geral não consideramos o comportamento dos animais como modelo de como podemos tratá-los. Por exemplo, não justificaríamos o facto de desfazermos um gato em pedaços alegando que tínhamos observado o gato a fazer o mesmo a um rato. Os peixes carnívoros não podem escolher se querem ou não matar outros peixes... Entretanto, os seres humanos podem optar por se abster de matar ou comer peixe e outros animais."
Peter Singer e Jim Mason, Como comemos
  • "Em alternativa, poderia argumentar-se que faz parte da ordem natural haver predadores e presas, por isso não pode ser errado desempenharmos o nosso papel nessa ordem das coisas. Porém, este 'argumento da natureza' pode justificar todas as espécies de iniquidades, incluindo o domínio dos homens sobre as mulheres e o abandono dos fracos e doentes na berma da estrada. Porém, mesmo que os argumentos fossem consistentes, só funcionariam com as pessoas que ainda vivem numa sociedade de caçador-colector, pois a maneira como criamos os animais hoje em dia não é absolutamente nada 'natural'."
Peter Singer e Jim Mason, Como comemos
  • "Pensamos que se é rigorosamente imoral, como de facto é para os espíritos meticulosos, o homem valer-se da inferioridade relativa de outros homens para os arvorar em seus criados, impondo-lhes obrigações vexatórias, bem mais imoral é comer os nossos semelhantes de quatro e duas patas, simplesmente porque eles não podem opor-se a tal violência, e porque nos aprouve classificar de agradável a sua carne.[...] A natureza obriga-nos a comer, é certo, mas deu-nos na exuberantíssima vegetação da terra elementos de sobra para satisfazer tal exigência."
Luís Leitão, O Vegetariano, V Volume, p. 232.
  • "Os opositores da compaixão preconizam: 'se devemos viver com alimentos vegetais, o que faremos com o nosso gado? [...] Eles irão multiplicar-se tanto que irão ser prejudiciais para nós – comer-nos-iam se não os matássemos e comêssemos!' [...] Os cavalos não são geralmente mortos para serem comidos, e, no entanto, ainda não ouvimos falar de nenhum país sobrelotado com eles."
George Nicholson (1760-1825), The Primeval Diet of Man : Arguments in Favour of Vegetable Food (1797, 1801)
  • "Temos o direito de criar animais para os matarmos de forma a que pousamos alimentar apetites aos quais fomos artificialmente condicionados desde a infância?"
Ashley Montagu (1905-1999), Wilderness in a Changing World
  • "Enquanto formos as sepulturas vivas de animais assassinados, como podemos esperar quaisquer condições ideais na terra? "
Isadora Duncan, My Life, capitulo vinte e oito
  • "Chamas selvagens e ferozes outros carnívoros, os tigres, os leões e as serpentes, enquanto manchas no sangue as tuas mãos e em espécie alguma de barbárie lhes ficas inferior. E para eles, todavia, o assassínio é apenas o meio de se sustentarem; para ti, é uma lascívia supérflua. De facto, não são leões e lobos que nós matamos para comer como em defesa própria o poderíamos fazer - pelo contrário deixamo-los incólumes; e entretanto, aos inocentes, aos mansos, aos que não tem auxílio nem defesa, - a esses perseguimo-los e matamo-los, àqueles que a natureza parecia ter dado vida para sua beleza e graça..."
Plutarco, Moralia, De Esu Carnium (Do Consumo de Carne)
  • "Só para ter um pedaço da sua carne, privamo-los da luz do sol, da vida para que nasceram. Tomamos por inarticulados e inexpressivos os gritos de queixume que eles soltam e voam em todas as direcções; quando na realidade são instâncias e súplicas e rogos que cada um deles nos dirige dizendo: - Não é da verdadeira satisfação das vossas reais necessidades que queremos livrar-nos mas da complacente luxúria dos vossos apetites."
Plutarco, Moralia, De Esu Carnium (Do Consumo de Carne)
veja também: O Vegetarismo e a Moralidade das raças, Jaime de Magalhães Lima, Sociedade Vejetariana Editora, 1912
  • "Não posso imaginar extravagante que o género humano seja relativamente menos responsável pelo mau uso do seu domínio sobre as camadas inferiores dos seres do que o é pelo exercício da tirania sobre a sua própria espécie. Quanto mais completamente a criação inferior se encontra submetida à nossa força mais responsáveis deveremos ficar pelo seu mau governo; por maioria de razão se deve considerar esta responsabilidade, visto que a própria natureza dos animais inferiores os torna incapazes de receberem em outro mundo qualquer recompensa dos maus tratos que sofrerem neste."
Alexander Pope, The Guardian, No. 61, Thursday, 1713.
  • "Mal nos tornamos sensíveis ao que a vida é para nós, fazemos um passatempo de a roubarmos aos outros... Quando crescemos e nos fazemos homens, temos outra série de passatempos sanguinários, particularmente a caça."
Alexander Pope, The Guardian, No. 61, Thursday, 1713.
  • "Mas se os nossos esportes são destruidores, muito mais o é a nossa gula e duma forma muito mais desumana. As lagostas assadas vivas, os porcos fustigados até à morte, as aves amanhadas, são testemunho da nossa luxúria. Aqueles que, na frase de Séneca, repartem a vida entre uma consciência ambiciosa e um estômago enauseado, têm a justa recompensa da sua gula nas doenças que ela acarreta. Porque os selvagens humanos, como os outros animais bravios, encontram ratoeiras e venenos nas provisões da vida e enganados pelo apetite correm à própria destruição. Não conheço nada mais repelente do que o aspecto duma das suas cozinhas coberta de sangue onde se ouvem os gritos dos seres que expiram em torturas. Dá-nos a imagem da caverna dum gigante nos romances, juncada de cabeças dispersas e membros lacerados daqueles que a sua crueldade chacinou."
Alexander Pope, The Guardian, No. 61, Thursday, 1713.
  • "Acabas-te de jantar, e, por mais que o matadouro esteja escrupulosamente escondido a uma agradável distância de milhas, existe cumplicidade."
Ralph Waldo Emerson
  • "Se você pudesse ver ou sentir o sofrimento, você certamente não pensaria duas vezes. Devolva a vida. Não coma carne".
- If you could see or feel the suffering you wouldn't think twice. Give back life. Don't eat meat.
- Kim Basinger citado em "God Wants You Healthy!"‎ - Página 218, Dennis Urbans - Xulon Press, 2005, ISBN 1597814636, 9781597814638 - 284 páginas
  • "Milhares de pessoas que dizem que 'adoram' animais sentam-se uma ou duas vezes ao dia a desfrutar a carne de criaturas que foram completamente privadas de tudo o que poderia tornar as suas vidas dignas de serem vividas e que suportaram o horrível sofrimento e terror dos matadouros."
Jane Goodall, The Ten Trusts
  • "Ocasionalmente, algumas das crianças demonstram ser sensíveis demais para suportar os sons e visões das batalhas sem fim travadas entre os caprichos humanos e o direito de cada criatura à vida. Soube como um menino, colocado no abatedouro por um padre, retornou à sua casa ao final de um dia de trabalho pálido, doente e incapaz de se alimentar. Entrou então em contacto com o padre e lhe falou que passaria fome se necessário, mas que não poderia se banhar em sangue mais um dia sequer. Os horrores do abate afectaram-no de tal maneira que não conseguia mais dormir."
Charles Webster Leadbeater, Vegetarianism and Occultism
  • "Ah, que maldade introduzir carne em nossa própria carne, engordar nossos corpos glutões empanzinando-nos com outros corpos, alimentar uma criatura viva com a morte de outra! No meio de tanta riqueza como a terra, a melhor das mães, provê, nada, na verdade, te satisfaz, a não ser o comportar-se como os ciclopes, que infligem dolorosos ferimentos com seus dentes cruéis!"
Ovídio, "Metamorfoses"
  • "É desumanidade não nos comovermos com a morte do cabrito, cujos gritos tanto se assemelham aos das crianças, e comermos as aves a que tantas vezes demos de comer. Ah! quão pouco dista dum enorme crime!"
Ovídio, "Metamorfoses"
  • "Focion sustentava que o homem pode encontrar alimento bastante sem o derramamento do sangue e que a crueldade se torna habitual quando uma vez a pratica da carnificina se aplicou ao prazer do apetite."
Séneca, "Epístola CVIII."
  • "Nós conseguimos engolir carne apenas porque não pensamos na coisa cruel e pecaminosa que fazemos".
Rabindranath Tagore, Glimpses of Bengal
  • "Carne, sangue, entranhas, tudo o que palpitou e teve vida causava-lhe, nesta fase da sua existência, repugnância, pois que, tal como o homem, o animal morre de forma dolorosa e a ele desagradava-lhe digerir agonias."
Marguerite Yourcenar, A Obra ao Negro
  • "Ao matar animais para se alimentar, o homem suprime desnecessariamente a sua capacidade espiritual mais elevada, aquela de simpatia e compaixão para com as criaturas que, como ele, estão vivas. Ao violar os seus próprios sentimentos, ele torna-se cruel."
León Tolstoi em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 85.
  • "É incrível e vergonhoso que nem os pregadores nem os moralistas jamais elevaram a sua voz contra o bárbaro costume de assassinar e comer animais."
Voltaire em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 85.
  • "Sinto que o progresso espiritual exige-nos que deixemos de matar e comer os nossos irmão, criaturas divinas, somente para satisfazer os nossos pervertidos apetites dos sentidos."
Mahatma Gandhi em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 85.
  • "A compaixão pelo sofrimento dos outros não é debilidade. Atuar por compaixão quando aqueles que te rodeiam não o fazem requer mais determinação e força de caráter do que seguir junto com os demais o caminho da crueldade."
Norm Phelps em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 87.
  • "Como podeis assassinar e devorar sem piedade essas adoráveis criaturas que nos oferecem a sua ajuda, amizade e companhia de forma tão mansa e amorosa?"
São Francisco de Assis em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 88.
  • "O amor direcionado para todas as criaturas vivas é o atributo mais nobre do homem."
Charles Darwin em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 88.
  • "Comer carne é um assassinato imotivado."
Benjamim Franklin em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 89.
  • "O homem comum vive para comer, mas o sábio come para viver. Os sacrifícios de animais aos deuses foram inventados pelos homens como um macabro pretexto para comer a sua carne."
São Clemente em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 89.
  • "Chegará um tempo em que os homens se contentarão com uma alimentação e vegetariana e considerarão a matança animal um crime, igual ao assassinato de um ser humano."
Leonardo Da Vinci em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 89.
  • "Se um homem aspira sinceramente viver uma vida mais amorosa e espiritual, a sua primeira decisão deve ser parar de matar e comer animais."
Léon Tolstoi em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 89.
  • "Quem não ama, respeita e protege os nossos irmãos animais é realmente digno de piedade, pois demonstra estar muito afastado das leis de Deus."
Leadbeater em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 90.
  • "A alimentação carnívora obscurece a luz do espírito."
São Basílio em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 90.
  • "Enquanto o círculo de sua compaixão não abarcar todos os seres vivos, o homem não será capaz de encontrar a paz."
Albert Schweitzer em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 90.
  • "A única forma de escapar à mentalidade que produziu a bomba de hidrogênio é cultivar o respeito por toda a vida, a vida em todas as suas formas, sob todas as condições. Este é somente outro nome para o vegetarianismo."
Rajendra Prasad em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 90.
  • "Somos as sepulturas vivas de animais assassinados, sacrificados para satisfazer os nossos apetites. Como podemos esperar que este mundo alcance a paz pela qual temos ansiosamente esperado?"
George Bernard Shaw em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 90.
  • "De matar animais a matar pessoas, vai apenas um passo."
Alexander von Humboldt em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 91.
  • "É lamentável comprovar que não somente há pessoas que se dizem civilizadas e que matam animais, senão que também os comem."
Jean Antoine Gleizès em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 91.
  • "O movimento vegetariano deve encher de alegria as almas daqueles que têm, no coração, a realização do reino de Deus na terra."
Léon Tolstoi em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 91.
  • "Ainda que todos os lobos e abutres da terra se unissem para convencer-me das vantagens da carne, não deixaria de ver o consumo da mesma como um crime".
Porfírio em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 91.
  • "Comer carne endurece e embrutece o homem, e comer frutas espiritualiza-o."
Conde Maurice Maeterlinck em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 92.
  • "Dizeis que as feras são cruéis, porém vós sois muito mais, pois enquanto elas devoram por necessidade, vós o fazeis por vício."
Plutarco em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 92.
  • "Nenhuma verdade me parece mais evidente que os animais serem dotados de pensamento e razão tal como os homens. Os argumentos neste caso são tão óbvios, que nunca escapam aos mais estúpidos e ignorantes".
- Next to the ridicule of denying an evident truth, is that of taking much pins to defend it; and no truth appears to me more evident, than the beasts are endow'd with thought and reason, as well as men. The arguments are in this case so obvious, that they never escape the most stupid and ignorant.
- A treatise of human nature: reprinted from the original ed. in 3 v‎ - Página 176, David Hume - Clarendon Press, 1949 - 709 páginas
  • "O destino dos animais é muito mais importante para mim do que o medo de parecer ridículo".
Émile Zola, citado em "Ética & Animais" - Página 221, Carlos Michelon Naconey, EDIPUCRS, 2006, ISBN 8574305871, 9788574305875 - 234 páginas
  • "Se você pudesse ver ou sentir o sofrimento, você certamente não pensaria duas vezes. Devolva a vida. Não coma carne."
- If you could see or feel the suffering you wouldn't think twice. Give back life. Don't eat meat.
- Kim Basinger citada em "God Wants You Healthy!"‎ - Página 218, Dennis Urbans - Xulon Press, 2005, ISBN 1597814636, 9781597814638 - 284 páginas
  • "Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes".
- Albert Schweitzer - Prêmio Nobel da Paz em 1952; citado em "Contos da carochinha para gente grande: e outras histórias" - Página 56, Elena Arkind - Editora Iluminuras Ltda, 2002, ISBN 8573211903, 9788573211900 - 60 páginas
  • "Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais (...) os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento".
- Charles Darwin; O Homem Decente (1871) - Cap. II: Comparação dos Poderes Mentais do Homem e Dos Animais Inferiores, pg 34.
  • "A não violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de toda evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres do planeta, nós continuaremos selvagens".
- Thomas Edison citado em "Innovate Like Edison: The Success System of America's Greatest Inventor", por Sarah Miller Caldicott, Michael J. Gelb, page 37, [1].
  • "Os vegetais constituem alimentação suficiente para o estômago e, no entanto, recheamo-lo de vidas valiosas".
- Sêneca; "Sobre a Brevidade da Vida"
  • "Não comer carne significa muito mais para mim que uma simples defesa do meu organismo; é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O homem precisa de um novo tipo de relação com a natureza, uma relação que seja de integração em vez de domínio, uma relação de pertencer a ela em vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal".
- Pierre Weil; "A Revolução Silenciosa" - página 106, Publicado por Editora Pensamento, ISBN 8531505844, 9788531505843
  • "Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade".
- Albert Einstein citado em Lar Vegetariano - página 180, autores IVONETE DO AMARAL DIAZ NAKASHIMA, APARECIDA ALVES FREIRE TEIXEIRA, PAULO CESAR ALVES NAKASHIMA, Editora Cultrix, 2005, ISBN 8531608813, 9788531608810 [Nota: Esta citação aparece em muitos livros e sites mas desconhece-se a sua origem e até se é autêntica. No livro editado por Alice Calaprice “The New Quotable Einstein”, (Princeton, 2005, p. 293), esta citação aparece na secção “Probably Not by Einstein”.]
  • "Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do regime carnívoro, mais sábia é a sua mente".
- George Bernard Shaw citado em "NUTRIÇÃO & SAÚDE - A Terapia por meio dos Alimentos" - Página 38, Giovanna C. Bernini - IBRASA, 2005, ISBN 8534802661, 978853480266696 páginas
  • "Parece que eu nasci de novo. Além de fazer bem para o corpo, impede a violência contra o animal, sempre criado em condições pavorosas. Convido todos meus admiradores ou não a seguirem essa empreitada, pois assim teremos uma qualidade de vida melhor."
- Alexandre Frota defendendo o vegetarianismo; citado por Leão Lobo
  • "Sinto que o progresso espiritual requer, em uma determinada etapa, que paremos de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos corpóreos."
- I do feel that spiritual progress does demand at some stage that we should cease to kill our fellow creatures for the satisfaction of our bodily wants.
- Mahatma Gandhi; Sarvodaya (the welfare of all) - página 15, Gandhi (Mahatma) - Navajivan Publ. House, 1958 - 215 páginas
  • "Sim, sou vegetariano. Acho o pensamento de meter fragmentos de corpos pela garganta abaixo muito repugnante, e espanta-me que muita gente faça isso todos os dias".
- I find the thought of stuffing fragments of corpses down my throat quite repulsive, and I am amazed that so many people do it every day
- J. M. Coetzee citado em "The impossible takes longer: the 1000 wisest things ever said by Nobel Prize ...‎", David Pratt - Douglas & McIntyre, 2007, ISBN 1553653386, 9781553653387 - 288 páginas
  • "Não há nada que desperte mais a nossa repugnância que o canibalismo [...], no entanto causamos a mesma impressão nos budistas e nos vegetarianos, porque nos alimentamos de bebês, apesar de não serem os nossos".
- Nothing more strongly arouses our disgust than cannibalism, [...] And yet we ourselves make much the same appearance in the eyes of the Buddhist and the vegetarian. We consume the carcasses of creatures of like appetites, passions, and organs with ourselves; we feed on babes, though not our own;
- The Novels and Tales of Robert Louis Stevenson : In the South Seas. A foot-note to history‎ - Página 96, de Robert Louis Stevenson, Lloyd Osbourne, Fanny Van de Grift Stevenson, William Ernest Henley - Publicado por Scribner's, 1896, CHAPTER XI LONG-PIG — A CANNIBAL HIGH PLACE
  • "Agora posso olhar para tu em paz, não te como mais ".
- Nun kann ich euch in Frieden betrachten; ich esse euch nicht mehr.
- Franz Kafka, (Para um pexe num aquário) citado em "Vegetarismus: Grundlagen, Vorteile, Risiken"‎ - Página 26, Claus Leitzmann - C.H.Beck, 2001, ISBN 3406447767, 9783406447761 - 124 páginas
  • "Um homem de carácter bondoso não irá facilmente provar um prato, no qual haja crueldade misturada. É verdade, ele não infligiu a tortura, os seus sentimentos não o teriam permitido; mas foi possivelmente infligida por sua causa, ou senão, ele deveria ao menos demonstrar a sua desaprovação da cruel arte, abstendo-se estritamente das carnes que tivesse infectado."
- A man of humane disposition will not easily taste of a dish, in which cruelty has been mingled. It is true, he did not inflict the torture, his feelings would not have permitted him; but it was perhaps inflicted on his account, or if not, he ought to at least shew his disapprobation of the cruel art, by strictly abstaining from the meats it has infected.
- Thomas Young in "An Essay on Humanity to Animals" (London, 1798), Chapter VI
  • "Como é que podes comer alguma coisa com olhos?"
- "How can you eat anything that has eyes?
- Will Kellogg citado em "The deadly feast of life"‎ - Página 171, Donald Eaton Carr - Doubleday, 1971 - 369 páginas
  • "Pode demorar um bocado, mas provavelmente virá um dia em que vamos olhar para trás e dizer: Meu Deus, acreditas que, no século XX e no princípio do século XXI, as pessoas ainda comiam animais?"
- It may take a while," says actress and vegetarian Mary Tyler Moore, "but there will probably come a time when we look back and say, 'Good Lord, do you believe that in the 20th century and early part of the 21st, people were still eating animals?
- Mary Tyler Moore citada no artigo Should We All Be Vegetarians?, por Richard Rorliss

Religiosas

editar
  • "Deus deu, aos nossos primeiros antepassados, a comida que ele destinou a nossa raça a comer. É contrário ao seu plano ter a vida de qualquer criatura tirada. Era para não haver morte no Paraíso. Os frutos nas árvores do jardim eram a comida que as necessidades do homem requeriam"
- God gave our first parents the food He designed that the race should eat. It was contrary to His plan to have the life of any creature taken. There was to be no death in Eden. The fruit of the trees in the garden was the food man's wants required.
- Spiritual gifts - Volumes 3-4, Página 120, Ellen G. White - Review and Herald Pub Assoc, 1994, ISBN 0828012318, 9780828012317
  • "Por mim, discerni uma certa sublimidade na disciplina de Pitágoras, e como uma certa sabedoria secreta capacitou-o a saber, não apenas quem ele era a si mesmo, mas também o que ele tinha sido; e eu vi que ele se aproximou dos altares em estado de pureza, e não permitia que a sua barriga fosse profanada pelo partilhar da carne de animais; e que ele manteve o seu corpo puro de todas as peças de roupa tecidas de refugo de animais mortos; e que ele foi o primeiro da humanidade a conter a sua própria língua, inventando uma disciplina de silêncio descrito na frase proverbial, 'Um boi senta-se sobre ela.' Eu também vi que o seu sistema filosófico era, em outros aspectos, oracular e verdadeiro. Então, corri a abraçar os seus sábios ensinamentos..."
Apolônio de Tiana, em Vida de Apolônio de Flávio Filóstrato, livro VI
  • "Não destruas por causa da comida as obras de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça".
Romanos, 14: 20, 21
  • "Havia algum tempo que Herman andava a pensar em se tornar vegetariano. Sempre que podia, fazia lembrar que aquilo que os nazis tinham feito aos judeus estava o homem a fazer aos animais. [...] Por que razão um Deus clemente deveria aceitar tal sacrifício?"
Isaac Bashevis Singer, em Inimigos: uma história de amor
  • "Quando um humano mata um animal para comer, negligencia a sua própria fome por justiça. O homem reza por misericórdia, mas está relutante em estendê-la aos outros. Por que o homem espera misericórdia de Deus? É injusto esperar uma coisa que não se está disposto a dar."
Isaac Bashevis Singer, Prefácio de Food for the Spirit: Vegetarianism and the World Religions de Steven Rosen (1987).

Ambientais

editar
  • "Aqueles que afirmam preocupar-se com o bem-estar dos seres humanos e com a preservação do ambiente deveriam tomar-se vegetarianos por essa mesma razão. Assim, contribuiriam para o aumento da quantidade de cereal disponível para alimentar as pessoas necessitadas, para a redução da poluição, para a poupança de água e energia e deixariam de contribuir para a desflorestação. Quando os não vegetarianos dizem que 'os problemas humanos vêm em primeiro lugar', não posso deixar de me interrogar sobre o que estarão eles exactamente a fazer pelos seres humanos que os obrigue a prosseguir a exploração supérflua e cruel dos animais de criação."
Peter Singer, Em Libertação Animal
  • "A mesma quantidade de terra que é usada para pastagens e alimentação de gado e que alimenta dez pessoas alimentaria centenas se cultivada com feijões, lentilhas ou ervilhas."
Alexander von Humboldt em "Cozinha vegetariana". China. The Bhaktivedanta Book Trust. 2014. p. 92.

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 758.
  2. União Vegetariana Internacional. Disponível em http://www.ivu.org/portuguese/faq/definitions.html. Acesso em 29 de junho de 2014.
A Wikipédia possui um artigo de ou sobre: Vegetarianismo.
 
Wikcionário lusófono
O Wikcionário possui o verbete: vegetarianismo