Ranieri Mazzilli

político brasileiro, 23° e 25° presidente do Brasil

Ranieri Mazzilli (?) foi um político brasileiro, ex-presidente do Brasil.

Ranieri Mazzilli
Ranieri Mazzilli
Nascimento 27 de abril de 1910
Caconde
Morte 21 de abril de 1975
Caconde (ditadura militar brasileira)
Cidadania Brasil
Alma mater
  • Universidade Federal Fluminense
Ocupação político, advogado, jornalista
Prêmios
  • Grande Cruz do Mérito da República Federal da Alemanha
  • Ordem de Rio Branco
Causa da morte parada cardiorrespiratória
Assinatura

Verificadas

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"Desejo informar à Nação que se, nas duas casas do Congresso, houverem por bem reconhecer os motivos invocados na mensagem, me considero incompatibilizado para candidatar-me em substituição do Sr. Jânio Quadros no exercício efetivo da presidência da República. Estou certo de que a Nação há de reconhecer que a atual conjuntura exigirá de mim o mais nobre e alto desinteresse pelas investiduras pessoais, ao lado do sagrado dever de defender as instituições democráticas."

- Ranieri Mazzilli, citado em: SOUZA, Wornei Almeida de. A República e A História Dos Presidentes do Brasil. Discovery Publicações, 2017.
  • "Sob uma aparência de normalidade, foi empossado o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli. Mas, na realidade, naquele final de março e em 1º de abril de 1964 estava se instaurando o primeiro regime militar no Brasil, que duraria até o começo dos anos 80."
- professor Boris Fausto [1]
  • "Entre os presidentes na História recente do Brasil, o que se deu melhor no cargo foi o Ranieri Mazzilli. [...] a Presidência volta e meia ficava vaga e Mazzilli, que era presidente do Senado ou coisa parecida, assumia. A primeira coisa que fazia era visitar sua cidade natal, onde desfilava em carro aberto e recebia todas as homenagens a que tinha direito como presidente, mesmo provisório. Três ou quatro dia depois deixava o cargo. Mas já estava na História. E só levava boas lembranças de sua passagem pelo poder."
- Luis Fernando Veríssimo, Placar Magazine 26 jun. 1981.
- [2]
  • "Razão tinha Mazzilli. Era empossado e corria para sua cidade. Não era só vaidade. Era uma correta apreciação das únicas vantagens do poder: a pompa, a adulação e um nome na posteridade, mesmo que fosse num post-scriptum"
- Luis Fernando Veríssimo, Placar Magazine 26 jun. 1981.
- [3]
  • "A intervenção militar nas entidades de esquerda foi imediata. Dias depois do presidente da Câmara Ranieri Mazzilli tomar posse, o Alto Comando Revolucionário do Exército tratou de pôr termo à várias entidades e instituições que colaboravam com o governo de João Goulart e com a euforia por ele permitida. O Iseb foi fechado a partir de um decreto do governo federal e a UNE foi colocada na clandestinidade, tendo sua sede no bairro de Botafogo (RJ) destruída por um incêndio."
- Rodrigo Czajka, in Redesenhando Ideologias: Cultura e Política em Tempos de Golpe [4]
  • "No dia 1º de abril de 1964, na farda sempre amarrotada do velho general, acordou o jovem capitão Costa e Silva. Negaceara com a insurreição, mas, uma vez na cadeira de ministro da Guerra, fechou o tempo. Intitulou-se comandante do Exército, desacatou governadores, humilhou o presidente Ranieri Mazzilli dizendo que não lhe devia subordinação."
- Elio Gaspari, in A Ditadura Envergonhada
  • "'Perdi a eleição' [votando no Marechal Teixeira Lott], mas com dois consolos. Entre o entra e sai de Jango, o deputado federal Ranieri Mazzilli (1910 – 1975) 'governou' o Brasil por 13 dias, duas vezes!!! E Ranieri Mazzilli era natural de... Caconde e primo de Domingos Mazzilli, prefeito de Muzambinho e dono da “Casa Mazzilli”, onde minha Tia Antônia comprou meu primeiro rádio, um GE de capa de couro marrom."
- Milton Neves, 2018
- Texto: [5]
  • "Os militares lhe impuseram uma decadência precoce aos 55 anos. Sem poder e influência, alvo do escárnio dos adversários, Pascoal Ranieri Mazzili foi condenado ao esquecimento. Tomou as rédeas da sua fazenda de café em Ouro Fino, Minas, e lá trabalhou até sua morte aos 64 anos, na UTI do Hospital Oswaldo Cruz, na madrugada do dia 21 de abril de 1975."
- Marcelo Tognozzi, in O poder não perdoa: [6]