Betinho
sociólogo e ativista dos direitos humanos
(Redirecionado de Herbert José de Souza)
Herbert José de Souza, conhecido como Betinho, (3 de novembro de 1935 - 9 de agosto de 1997), sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiro; concebeu e dedicou-se ao projeto Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida.
Betinho | |
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Nascimento | 3 de novembro de 1935 Minas Gerais |
Morte | 9 de agosto de 1997 (61 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | sociólogo, HIV/AIDS activist |
- "Sem mudar a sociedade não adianta mudar o governo. A mudança é aparente, é uma armadilha, é uma mentira. Por isso meu olhar
e minha atenção estão concentrados sobre a sociedade."
- - Jornal do Brasil, 18/08/1994
- "A Ação da Cidadania, essa luta pela democracia, cria, inventa, inova, não espera, toma iniciativa, transforma a realidade pelas próprias mãos, e não pelas dos outros."
- - RODRIGES, Carla (org.). Democracia: cinco princípios e um fim. (Moderna, 1996. p.74)
- "A solidariedade é para mim o cimento da democracia. "
- - Entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, 23/12/1996.
- "A Globo informa o que quer e como quer, desde que isso não vá contra o pensamento oficial. Se existe um poder soberano neste país, ele é a Rede Globo de Televisão. E o mais importante é que ela exerce esse poder graças ao Governo Federal, e sem ter sido eleita por pessoa alguma. Só em uma ditadura poderia existir semelhante poder sem controle social."
- - Revoluções de minha geração (Moderna, 1996, p.65)
- "A tecnologia moderna é capaz de realizar a produção sem emprego. O diabo é que a economia moderna não consegue inventar o consumo sem salário."
- - Herbert José de Souza citado em "Do bestial ao genial: frases da política", de PAULO BUCHSBAUM, AROEIRA - Ediouro Publicações, 2006, ISBN 850002075X, 9788500020759 - 294 páginas
- "Muitas reformas se fizeram para dividir a terra, para torná-la de muitos e, quem sabe, até todas as pessoas. Mas isso não aconteceu em todos os lugares. A democracia esbarrou na cerca e se feriu nos seus arames farpados."
- - no artigo "Terra e Cidadania"
- "Irei ao meu enterro sem grandes penas e principalmente sem trabalho, carregado. Não tenho curiosidade para saber quando, mas sei que não demora muito. Quero morrer em paz, na cama, sem dor, com Maria ao meu lado e sem muitos amigos, porque a morte não é ocasião para se chorar, mas celebrar um fim, uma história."
- - NAKANO, Maria; ROITMAN, Ari (orgs.) Estreitos nós. (Garamond, 2001, pg. 23).
Atribuídas
editar- "Não cabe às ONGs brasileiras acabar com ou pretender substituir o Estado, mas colaborar para a sua democratização. Não cabe às ONGs produzir para o conjunto da sociedade os bens e serviços que o mercado não é capaz de produzir, mas propor uma nova forma de produzir e distribuir que supere os limites da lógica do capital."
- - Betinho; Comunicações do ISER. - Edições 33-41 - Página 9, Instituto de Estudos da Religião, 1989
- - Betinho como citado em Reflexões para o Brasil do século 21 - Página 279, Pedro Simon - Senado Federal, 2008, 403 páginas
- "A alma da fome é política!"
- - Artigo publicado no Jornal do Brasil, 12 set. 1993, apud Herbert de Souza e Carla Rodrigues, Ética e cidadania, São Paulo, Moderna, 1995, p.22 a 25
- "Democracia serve para todos ou não serve para nada."
- - citado em "Revista meu sonho não tem fim" - Página 15, 2007, ONG Projetos Sociais Meu Sonho Não Tem Fim
- "Há mudança no Brasil. Ela não corre, mas anda. Não corre, mas ocorre."
- - citado em Revista Veja, 25 anos: reflexões para o futuro, 1993, Editora Abril
- "A fome e a miséria terão que estar em todos os debates, palanques e comícios."
- - citado em "Cartilha voto ético 2004", Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e ... - 2004 - 18 páginas
- "A terra e a democracia aqui não se encontram. Negam-se, renegam-se. Por isso, para se chegar à democracia é fundamental abrir a terra, romper essas cercas que excluem e matam, universalizar esse bem, acabar com o absurdo, restabelecer os caminhos fechados, as trilhas cercadas, os rios e lagos apropriados por quem, julgando-se dono do mundo, na verdade o rouba de todos os demais."
- - 1994; citado em ibase