Emily Dickinson

Poetista americana

Emily Dickinson (?) foi uma poeta estadunidense.

Emily Dickinson
Emily Dickinson
Emily Dickinson entre 1846-1848
Nascimento Emily Elizabeth Dickinson
10 de dezembro de 1830
Amherst
Morte 15 de maio de 1886 (55 anos)
Amherst
Residência Amherst, South Hadley
Cidadania Estados Unidos da América
Ocupação escritora, poeta, jardineiro
Página oficial
https://www.emilydickinson.org/

Verificadas

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  • "Não há melhor fragata que um livro para nos levar a terras distantes."
- There is no frigate like a book To take us lands away
- Letters of Emily Dickinson - Volume 1 - Página 273, Emily Dickinson, ‎Mabel Loomis Todd - Roberts brothers, 1894
  • "Diante de um coração partido / Nunhum outro pode falar / Sem ter tido o grande privilégio / De igualmente ter sofrido."
  • "Nunca vi um campo de urzes,
Nunca vi o mar;
Mas sei como as urzes são
E posso as ondas imaginar.
Nunca falei com Deus
Nem visitei o céu;
Mas estou certa de que existe esse lugar
Como se tivesse um mapa nas mãos."
  • "Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe".
  • Publicado em 1955
The soul selects her own society,
Then shuts the door;
On her divine majority
Obtrude no more.
Unmoved, she notes the chariot's pausing
At her low gate;
Unmoved, an emperor is kneeling
Upon her mat.
I've known her from an ample nation
Choose one;
Then close the valves of her attention
Like stone.

Poemas

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Beleza e Verdade

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Tradução de Manuel Bandeira

Morri pela beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
Alguém que morrera pela verdade,
Era depositado no carneiro próximo.
Perguntou-me baixinho o que me matara.
– A beleza, respondi.
– A mim, a verdade, – é a mesma coisa,
Somos irmãos.
E assim, como parentes que uma noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo
Até que o musgo alcançou os nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.
- Fonte: Antologia da Poesia Americana, Ediouro, 1992 - RJ, Brasil.

Cemitério

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Este pó foram damas, cavalheiros,
Rapazes e meninas;
Foi riso, foi espírito e suspiro,
Vestidos, tranças finas.
Este lugar foram jardins que abelhas
E flores alegraram.
Findo o verão, findava o seu destino...
E como estes, passaram.
- Fonte: Antologia da Poesia Americana, Ediouro, 1992 - RJ, Brasil.

Tradução de Ana Luísa Amaral

Espingarda Carregada - a minha Vida -
Por Cantos - assim for a
Até passar o Dono - Me marcar -
E Me levar embora -
E agora erramos em Bosques Reais -
E perseguimos uma Corça agora -
E cada vez que falo em Sua vez -
As Montanhas respondem sem demora -
E se eu sorrio, uma amigável luz -
No Vale se faz ver -
É como se uma face de Vesúvio
Soltasse o seu prazer
E quando à Noite - já cumprido o Dia -
Guardo a Cabeça do Meu Dono -
Melhor do que Almofada em Penas Suaves
Partilhada - no sono -
Do inimigo Seu - sou-o, mortal -
Não se torna a agitar -
Esse em quem pouse o meu Olho Amarelo -
Ou enfático Polegar -
Embora eu possa viver mais - do que Ele
Ele mais do que eu - deve viver -
Que eu só tenho o poder de matar,
Sem - o poder de morrer -
  • Tradução de Ana Luísa Amaral
Há uma palavra
Que empunha uma espada
Pode trespassar um homem armado -
Lança as suas sílabas de farpa
E fica-se, calada.
Mas onde tombar
Os salvos dirão
Em dia da nação,
Deixou de respirar
Um irmão, um soldado.
Por onde corra o sol arfante -
Ou o dia vagueie -
Aí, o seu ataque sossegado -
E a sua vitória!
Notai o atirador mais hábil!
O tiro mais certeiro!
O mais sublime alvo do Tempo,
A alma "sem memória"!

Tradução de Maria do Carmo Ferreira

e se eu disser que já é demais
e arrebentar portas carnais
e extrapolar compassos?
e se eu limar até o sabugo
além da dor além do luto
e liberar meus passos?
ninguém me pega mais - nem morta!
corram masmorras com revólveres
nada mais faz sentido
como o sorriso - nem me lembrem!
laços & fitas - shows mambembes
e o que morreu - comigo

Tradução de Ana Luísa Amaral

Não sou Ninguém! Quem és?
És tu - Ninguém - também?
Há, pois, um par de nós?
Não fales! Não vão eles - contar!
Que horror - o ser - Alguém!
Que vulgar - como Rã -
Passar o Junho todo - a anunciar o nome
A charco de pasmar!

Tradução de Ana Luísa Amaral

Porque não pude deter-me para a Morte -
Parou Ela amavelmente para mim -
Na Carruagem cabíamos só Nós
E a Imortalidade.
Seguimos devagar - Ela sem pressa -
E eu pusera de lado
O meu trabalho e o ócio também
Pela Sua Cortesia –
Passámos pela Escola, onde, em Recreio,
E no Adro - lutavam as Crianças -
Passámos pelos Campos de Trigo de Espanto -
Passámos o Sol posto -
Melhor - passou-Nos Ele -
O Orvalho caía frio e trémulo -
Porque de Gaze só o meu Vestido -
E a minha Estola - era de Tule só -
Parámos junto a Casa semelhante
A Inchaço no Solo -
O Telhado da casa mal se via -
A Cornija - no Solo -
Desde então - Séculos há - porém
Tudo parece menos que esse Dia
Em que primeiro adivinhei que as Crinas
Apontavam para a Eternidade

Tradução de Ana Luísa Amaral

Noites - Noites selvagens!
Estivesse eu - contigo
Tais Noites - o nosso
Deleite - seriam!
Fúteis - os Ventos -
A Coração em Porto -
Inútil - a Bússola!
Como a Carta - inútil!
Remando - em Éden!
Ah! o Mar!
E eu ancorar - Esta Noite -
Em Ti!