Olavo de Carvalho

ideólogo da direita brasileira

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho (Campinas, São Paulo, Brasil, 29 de abril de 1947 - Virgínia, Richmond, EUA, 24 de janeiro de 2022) foi um escritor, jornalista e filósofo brasileiro.

Olavo de Carvalho
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  • "Se Deus, ao instituir o sacrifício da missa, quisesse abolir no mesmo instante o antigo sacrifício mosaico, ele o teria feito de maneira explícita e inequívoca".
- Visão Judaica, n. 25, agosto de 2004
  • "Hoje em dia a grande mídia da Europa e dos EUA está concentrada nas mãos de uns poucos grupos globalistas. Se Israel estivesse a serviço desses grupos, o que veríamos nos jornais e canais de TV seria a defesa incondicional dos interesses israelenses mesmo quando fossem injustos e prejudiciais ao resto do mundo. Na realidade, o que se vê é precisamente o contrário: façam os judeus o que fizerem, eles são sempre os errados, os malvados, os imperialistas, os agressores".
- Israel ante o poder global, Diário do Comércio, 8 de junho de 2010
  • "A fragilidade das resistências que se opõem ao avanço revolucionário advém do fato de que mesmo as entidades mais antigas, mais aptas, portanto, a sustentar objetivos de longo prazo, como a Igreja Católica, a Casa Real Britânica, a comunidade judaica, a Maçonaria ou mesmo o governo americano, têm suas finalidades próprias, distintas e limitadas, só ocasionalmente e pontualmente entrando em disputa direta com o movimento revolucionário na luta pelo poder mundial que é, para ele, o objetivo constante e o foco unificador de todos os seus esforços".
- A tradição revolucionária, Diário do Comércio, 18 de julho de 2011.
  • "O brasileiro de hoje em dia é aquele sujeito valente que teme olhares e caretas como se fossem balas de canhão, que enfia o rabo entre as pernas à simples ideia de que falem mal dele, que troca a honra e a liberdade por um olhar de simpatia paternal de quem o despreza."
- No artigo Perguntas Proibidas — agosto de 2011
  • "Eu quis que uma direita existisse, o que não quer dizer que eu pertença a ela. Fui o parteiro dela, mas o parteiro não nasce com o bebê."[1]
  • "Eu não quero ser representante de direita nenhuma, só fiz meu serviço que era abrir o espaço para eles poderem falar. Naturalmente, quando você destampa, aparecem junto com as flores as cobras, aranhas, lagartos, lacraia, toda a porcaria vem junto."[1]
  • "No fim, conquistaram tudo: os partidos políticos um por um, eliminaram todas as opções possíveis através de denúncias de corrupção, queimaram milhares de reputações, ficaram sozinhos no meio do campo e conquistaram a cereja do bolo, a Presidência da República."[1]
- Sobre a esquerda brasileira.
  • "Eu sei é que entre 35 e 50% dos formandos das nossas universidades são analfabetos funcionais e que as universidades que fazem isso são entidades criminosas que deveriam ser fechadas, porque isso aí é estelionato. (...) Se eu fosse imperador do Brasil e tivesse autoridade total sobre o ensino, eu fecharia metade dessas universidades, pelo menos, e responsabilizaria criminalmente os seus dirigentes por todo esse desastre [educacional] (...) Veja, no ensino médio, os nossos alunos tiram sistematicamente os últimos lugares nos testes internacionais. Então, esses ministros da educação deveriam estar tudo na cadeia, porque é tudo vigarice, é tudo promessa não cumprida (...) não há educação no Brasil, nem superior nem média, não há educação nenhuma!"
- Em entrevista à BBC Brasil em 14 de maio de 2020, vinculada no YouTube
- Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52733746
  • "No meu modesto entender, os anti-semitas têm de ser escorraçados não só do Facebook como de todos os ambientes decentes e condenados a ficar falando uns com os outros até o fim dos tempos".
- No Facebook — 2014
- Fonte: https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/2014/01/
  • "Certos judeus espertalhões, como Karl Marx, os Rothschilds, o George Soros, fazem os demais judeus de trouxas com uma facilidade impressionante. Mas aí a explicação não pode ser linguística. Deve ser algum atavismo patriótico. Cada judeu acha que todo judeu de nascença é judeu como ele, e acredita no filho da puta como se ele fosse seu tio ou seu avô. Nunca ouviram falar da Sinagoga de Satanás, «aqueles que dizem que são judeus, mas não o são»".
- No Facebook — 29 de dezembro de 2016
  • "Todo judeu que está contra a mudança da capital de Israel para Jerusalém é, na mais branda das hipóteses, um traidor filho da puta".
- Em sua página no Facebook: https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/937545369730871 — 8 de dezembro de 2017
  • "Se você é católico anti-semita, então, por favor, torne-se também gay, pois assim cumprirá sua obrigação de tomar no cu".
- Em sua página no Facebook: https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/954099748075433 — 8 de janeiro de 2018
  • "Ser anti-sionista antes da II Guerra era uma opinião política como outra qualquer. Depois, virou sacanagem".
- Em sua página no Facebook: https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/956126331206108 — 12 de janeiro de 2018
  • "Se você acha que os judeus todos estão metidos numa conspiração sionista, me explique por que setenta e tantos por cento dos judeus americanos votaram DUAS VEZES em Barack Obama, inimigo jurado de Israel? Não há conspiração que vença a idiotice".
- Em sua página no Facebook: https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/956126727872735 — 12 de janeiro de 2018
  • "Não sou maçom nem antimaçom, mas de uma coisa estou absolutamente seguro: Na política brasileira, nada se fará sem o apoio de uma parte da Maçonaria e a hostilidade da outra parte".
- Em sua página no Facebook: https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/1024307781054629 — 16 de maio de 2018
  • "Não creio que seja correto e justo chamar de "sionista" o grupo de judeus bilionários aliados ao globalismo. Eles são inimigos de Israel."
- Em sua conta no Twitter: https://twitter.com/opropriolavo/status/1159087932642340864 — 7 de agosto de 2019
  • "Os cristãos são o grupo que mais fornece vítimas à opressão e à perseguição. São centos e tantos mil mortos por ano. Aliás, o sujeito que mais estudava isso era um judeu, chamado Michael Horowitz. Ele não tem nada de católico nem de protestante. E esse dado eu obtive dos programas dele. Ele dava 120.000 mortos por ano. Isso não é brincadeira, meu Deus do céu. Isso é outro holocausto. Não é pra brincar com essas coisas. Agora, daí no Brasil diz, não, aqui tem perseguição a pessoal dos cultos afro. Eu digo: não! Você tem problemas com os cultos afro nas classes pobres. Não é isso? Mas o pessoal de cima, os potentados, o establishment, só persegue cristão. Não persegue judeu porque só tem meia dúzia de judeus, pô! Então nem precisa perseguir. Agora, na França eles vêem o judeu na rua já sai de porrada em cima do cara, né? Aliás, por falar nisso, eu não sei se eu tenho família judaica ou não. É uma história interessante. A minha avó materna chamava-se Alma Elisa Schneider. Schneider tem duas maneiras de escrever: uma é alemã, a outra é judia. Mas a minha avó se perdeu da família e foi encontrada na estrada por uma família de caipiras em São Paulo que a criou. Ela tinha cinco anos de idade; ela não sabia ler nem escrever. Então, até hoje eu não sei como se escrevia o tal do Schneider. Eu não sei se ela era alemã ou judia. E nem vou saber nunca".
- Em live, no YouTube, para o jornalista Luís Ernesto Lacombe: youtube.com/watch?v=sjXbXQrut0M&t=2525s
  • "Parem de puxar saco de policiais e militares. Farda não santifica ninguém".
- Em sua conta no Twitter: https://twitter.com/opropriolavo/status/1371295618514223106 — 15 de maro de 2021
  • "Já expliquei, aparentemente em vão, que a "liberdade" não é, logicamente, um princípio universal de aplicação óbvia e improblemática como a igualdade perante a lei ou a proibição do falso testemunho, e sim apenas uma conveniência prática que deve ser administrada com prudência, já que, como toda conveniência prática, inclui em si sua própria limitação e, estendida sem critério, se perverte automaticamente numa rede de limitações chamadas ironicamente de "liberdade". Essa advertência torna-se ainda mais importante no caso da "liberdade religiosa" -- uma bolha de sabão verbal que estoura no ar à primeira tentativa de levá-la à prática. Estudei Hegel o suficiente para entender que ele tem razão ao dizer que todo preceito particular tomado como universal se converte automaticamente no seu oposto tão logo sai do papel para a realidade. Apenas, não vejo como explicar isso a nenhum político, militante ou eleitor apaixonado pelos "valores ideais" que imagina defender. O destino deles é sentar na própria pica pelos séculos dos séculos, sem conseguir jamais tirar a menor conclusão da experiência. O mesmo aplica-se à "expansão dos direitos democráticos", tão louvada por bocós como Marilena Chauí e até por homens supostamente inteligentes como Norberto Bobbio".
-[1] [https:/olavodecarvalhofb.wordpress.com/category/notas/page/81/]
  • "Eu sou irresistível"
- Em entrevista para O Globo, 23 de novembro de 2018.[2]
  • No Brasil é assim: Comunista só lê comunistas, liberal só lê liberais, e assim por diante. Cada um tem medo de contaminar a sua alminha com pensamentos pecaminosos. Para um sujeito falar com alguma propriedade sobre o movimento comunista, deve antes ter estudado as seguintes coisas:
  1. Os clássicos do marxismo: Marx, Engels, Lenin, Stálin, Mao Tsé-Tung.
  2. Os filósofos marxistas mais importantes: Lukács, Korsch, Gramsci, Adorno, Horkheimer, Marcuse, Lefebvre, Althusser.
  3. Main Currents of Marxism, de Leszek Kołakowski.
  4. Alguns bons livros de história e sociologia do movimento revolucionário em geral, como Fire in the Minds of Men, de James H. Billington, The Pursuit of the Millenium, de Norman Cohn, The New Science of Politics, de Eric Voegelin.
  5. Bons livros sobre a história dos regimes comunistas, escritos desde um ponto de vista não-apologético.
  6. Livros dos críticos mais célebres do marxismo, como Eugen von Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises, Raymond Aron, Roger Scruton, Nicolai Berdiaev e tantos outros.
  7. Livros sobre estratégia e tática da tomada do poder pelos comunistas, sobre a atividade subterrânea do movimento comunista no Ocidente e principalmente sobre as "medidas ativas" (desinformação, agentes de influência), como os de Anatolyi Golitsyn, Christopher Andrew, John Earl Haynes, Ladislaw Bittman, Diana West.
  8. Depoimentos, no maior número possível, de ex-agentes ou militantes comunistas que contam a sua experiência a serviço do movimento ou de governos comunistas, como Arthur Koestler, Ian Valtin, Ion Mihai Pacepa, Whittaker Chambers, David Horowitz.
  9. Depoimentos de alto valor sobre a condição humana nas sociedades socialistas, como os de Guillermo Cabrera Infante, Vladimir Bukovski, Nadiejda Mandelstam, Alexander Soljenítsin, Richard Wurmbrand.
É um programa de leitura que pode ser cumprido em quatro ou cinco anos por um bom estudante. Não conheço, na direita ou na esquerda brasileiras, ninguém, absolutamente ninguém que o tenha cumprido.
Estudar antes de falar, Diário do Comércio, 13 de agosto de 2013
  • "Eu fiz um estudo a respeito [dos Protocolos dos Sábios de Sião]. Eu também coloquei essa pergunta [sobre a veracidade dos Protocolos] pra mim mesmo a mais de vinte anos atrás e fui procurar até descobrir do que se tratava. Acontece que havia no século XIX um romance, de um autor chamado Maurice Joly, que é chamado `Diálogos no Inferno´. Então, quer dizer, ali se esboçava a ideia de uma conspiração mundial. Mais tarde a polícia secreta russa, do tempo do czarismo, trabalhou este romance e produziu então esse negócio chamado Protocolos dos Sábios de Sião que é a descrição de uma conspiração mundial que teria sido encabeçada pelos judeus. Na descrição, vamos dizer, dos planos futuros existe muita coisa que veio a acontecer realmente, tá certo? Por que? Porque não precisa uma conspiração mundial para que haja movimentos históricos mundiais como, por exemplo, esse movimento pelo governo mundial. Quer dizer, aí não tem conspiração nenhuma, é uma coisa pública, é uma corrente histórica. Se você fizer uma análise bem feita das correntes históricas, de que o que elas estão tentando produzir e para onde estão tendendo, então você chegará a conclusão que, de fato, existe uma tendência a unificação do poder mundial. Não precisa ter conspiração nenhuma. Agora, o que este documento [Protocolos] faz é, de fato, misturar, vamos dizer, uma análise histórica que nem sempre está errada como, por exemplo, a ideia do anticristianismo crescente aconteceu de fato, tá certo? É uma corrente que já estava, já existia na época e que aumentou depois. Uma coisa é você fazer uma análise histórica e outra coisa é você dizer que há uma conspiração e autoria, né, e botar o que está atrás os judeus. Olha, quantos milhões de judeus tem no mundo? Tem 18 milhões de judeus. Não dá pra fazer uma conspiração mundial, meu amigo, né, o número é insuficiente. Você está entendendo? Além disso, se os judeus fizessem a conspiração, estão conspirando muito mal porque só levam na cabeça, pô! Não é isso? Se eles são conspiradores, são os piores do mundo. Porque só se ferram. Se ferraram na Rússia, se ferraram na Alemanha, agora estão se ferrando no Oriente Médio. Depois, então, se eles conspiram, conspiram contra si mesmos".
- Sobre os Protocolos dos Sábios de Sião
- Vídeo no YouTube: youtube.com/watch?v=Tfl8arSzjpo
  • "Aldo Rebelo, se você deixou de ser comunista e virou católico de verdade, me ajude a combater o Foro de São Paulo e os regimes assassinos que ele apóia. Caso contrário, jamais acreditarei na sinceridade da sua pretensa conversão."
- Olavo de Carvalho, 4 de janeiro de 2022. Twitter. @oproprioolavo
  • "Todo país tem um pensador de extrema direita. Mas no Brasil inventaram este grotesco personagem, deram-lhe um tom improvável, ridículo, ignorante e o expõe à execração pública, personagem que a esquerda goza ou, pior, desconhece, diante dos patéticos apelos para polemizar, que ninguém aceita e o deixa na sua solidão exposto ao escárnio." - Emir Sader [3]
  • "De reconhecida competência na área da filosofia, tem obtido grande sucesso tanto em suas pesquisas como no trato com seus alunos". - Jorge Amado[4]
  • "Estupendo. Sua obra tem como que o sopro de uma epopéia da palavra, a palavra destemidamente lúcida e generosamente insurgente, rebelde e justa, brava e exata." Herberto Sales[5]
  • "Olavo de Carvalho é um filósofo finíssimo, um erudito verdadeiro e um homem honestíssimo. O intelectual é de primeira. O amigo é duro de aguentar, de tão exigente. Leia-o. Ele tem razão, se bem que não dá a mínima para o que você e eu achamos. Retidão ele tem, mas é a de um trem nos trilhos, a 250km por hora... Sai da frente porque carona a gente não pega nesse comboio!" – Bruno Tolentino[6]
  • "Se eu pegasse um pouco de Ernst Cassirer e Olavo de Carvalho, e os temperasse com método aristotélico, poderia tentar temerariamente uma definição de poesia" - Alberto da Cunha Melo[7]
  • "O terceiro pensador brasileiro [junto com José Guilherme Merquior e Mario Vieira de Mello] que considero de particular relevância nos debates atuais que possam se desenvolver em torno de Kant é Olavo de Carvalho. O filósofo paulista faz diversas referências ao de Koenigsberg em sua obra de grande impacto polêmico, num sentido que não consigo exatamente definir." – José Osvaldo de Meira Penna[9]
  • "Então, quem aqui é grotesco, quem aqui sempre foi unido com o macabro, quem aqui não é bondoso para com seus parentes e amigos, quem aqui não teve talento, e eu estou falando em talento de fato, não o de criar um secto de fanáticos e cegos, quem nunca teve coragem perante a vida, quem aqui nunca trabalhou de verdade?" - Heloisa de Carvalho Arribas, filha de Olavo de Carvalho em carta aberta.[10]

Caetano Veloso

  • "Li no livro desse cara lá do Rio... [tenta se lembrar] Um negócio sobre... Como é o nome do sujeito? Olavo de Carvalho! Um negócio que era bom sobre isso, de que você substituir a responsabilidade individual por uma responsabilidade social, que é sempre superior às responsabilidades individuais, é doentio."
- No Roda Viva, 1996[11]
  • "Olavo de Carvalho escreveu aquele livro eloquente contra Epicuro."
- Em coluna no O Globo, 2013[12]
  • "Olavo é figura histórica da anti-esquerda. Catequizou gerações de jovens brasileiros a um anticomunismo delirante e ressentido."
- Em coluna na Folha de S. Paulo, 2018 [13]

Carlos Heitor Cony

  • "Respeito-o e considero-o um dos intelectuais mais lúcidos do nosso tempo. É polêmico e corajoso, virtudes que hoje são raras, porque todos querem jogar no certo, no ibope, no mercado." [14]
  • "Curiosamente, Carpeaux e Olavo não se conheceram. Um dos desencontros que considero mais cruéis do destino, uma vez que os dois, guardadas as posições radicalmente pessoais de cada um, tinham um approach idêntico da condição humana. Até mesmo na capacidade da exaltação e da polêmica. De minha parte, considero-me redimido por encontrar na presente edição das obras de Carpeaux o sonho que persegui durante anos mas que não tive tempo e competência para realizar." [15]
  • "No substancioso prefácio de Olavo de Carvalho [em Ensaios Reunidos. 1942-1978 - Volume I. De A Cinza Do Purgatorio até Livros Na Mesa] temos um painel crítico desse importante momento da vida cultural brasileira." [16]

Referências