Raymond Aron (?) foi um filósofo francês.

Raymond Aron
Raymond Aron
Raymond Aron en 1966.
Nascimento Raymond Claude Ferdinand Aron
14 de março de 1905
6.º arrondissement de Paris (França)
Morte 17 de outubro de 1983 (78 anos)
4.º arrondissement de Paris (França)
Residência França
Cidadania França
Ocupação jornalista, filósofo, escritor, cientista político, sociólogo, professor, economista
Assinatura

Verificadas

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  • "Demasiado liberal para o partido de onde ele provém, não muito entusiasta por ideias novas aos olhos dos republicanos, ele não foi adoptado nem pela direita nem pela esquerda, ele permanece suspeito a todos"
- Aron, Les Étapes de la pensée sociologique, Paris, Gallimard, 1967, pg. 18
- Referindo-se a Tocqueville, Aron faz possivelmente uma descrição não muito diferente da sua própria situação.
  • "A civilização do prazer autocentrado se condena à morte quando perde o interesse pelo futuro."
-Fonte: Revista Caras, Edição 665.
  • "Ninguém é responsável pelo seu nascimento, cada um é livre de escolher a morte, portanto de rejeitar o fardo que recebeu sem o ter pedido."
- Personne n'est responsable de sa naissance, chacun est libre de choisir sa mort, donc de rejeter le fardeau qu'il a reçu sans l'avoir demandé.
- Raymond Aron in "Contrepoint", Edições 19-21 - Página 131, 1975
  • O homem que não espera mais mudanças milagrosas nem de uma revolução nem de um plano econômico não é obrigado a se resignar ao injustificável. É porque ele gosta de seres humanos individuais, participa de comunidades e respeita a verdade, que ele se recusa a entregar sua alma a um ideal abstrato de humanidade, a um partido tirânico e a uma escolasticidade absurda. . . . Se a tolerância nasce da dúvida, ensinemos a todos a duvidar de todos os modelos e utopias, a desafiar todos os profetas da redenção e os arautos da catástrofe. Se eles podem abolir o fanatismo, rezemos pelo advento dos céticos.
- The man who no longer expects miraculous changes either from a revolution or from an economic plan is not obliged to resign himself to the unjustifiable. It is because he likes individual human beings, participates in communities, and respects the truth, that he refuses to surrender his soul to an abstract ideal of humanity, a tyrannical party, and an absurd scholasticism. . . . If tolerance is born of doubt, let us teach everyone to doubt all the models and utopias, to challenge all the prophets of redemption and the heralds of catastrophe. If they can abolish fanaticism, let us pray for the advent of the sceptics.
- O Ópio dos Intelectuais (1955)
  • O intelectual... deve tentar nunca esquecer os argumentos do adversário, ou a incerteza do futuro, ou as falhas do seu próprio lado, ou a fraternidade subjacente dos homens comuns em todos os lugares.
- The intellectual ... must try never to forget the arguments of the adversary, or the uncertainty of the future, or the faults of one’s own side, or the underlying fraternity of ordinary men everywhere.
- O Ópio dos Intelectuais (1955)
  • Em suma, Raymond Aron era um burguês perfeito. Eu uso o termo inventado pelos críticos e inimigos da democracia liberal para descrever o tipo de homem típico dela. Ele era razoável, imune aos grandes anseios românticos à luz dos quais o presente é denegrido e o cálculo sensato sobre o futuro é feito para parecer mesquinho. Tal homem é um patriota reflexivo em vez de apaixonado, um bom marido e pai cujo apego à comunidade menor o prende mais firmemente à maior e, acima de tudo, ele acredita no poder libertador da educação.
- In short, Raymond Aron was a perfect bourgeois. I use the term invented by liberal democracy's critics and enemies to describe the kind of man typical of it. He was reasonable, immune to the great romantic longings in the light of which the present is denigrated and sensible calculation about the future is made to appear small-minded. Such a man is a reflective rather than a passionate patriot, a good husband and father whose attachment to the smaller community attaches him more securely to the larger one, and, above all, he believes in the liberating power of education.
- Allan Bloom, "Raymond Aron: last of the liberals", The New Criterion (setembro de 1985)
  • Como a Coruja de Minerva, Aron trouxe sabedoria à comunidade intelectual francesa em seus últimos anos; mas a apreciação tardia de seu trabalho e seu longo isolamento obscureceram a escala heróica de sua contribuição à vida pública francesa. Aron não era um moralista. Mas toda a sua carreira constituiu uma aposta na Razão contra a História, e na medida em que ele venceu, ele será com o tempo reconhecido como o maior dissidente intelectual de sua época e o homem que lançou as bases para uma nova partida no debate público francês.
- Like the Owl of Minerva, Aron brought wisdom to the French intellectual community in its twilight years; but the belated appreciation of his work and his long isolation have obscured the heroic scale of his contribution to French public life. Aron was no moralist. But his whole career constituted a bet on Reason against History, and to the extent that he has won he will in time be recognized as the greatest intellectual dissenter of his age and the man who laid the foundations for a fresh departure in French public debate.
- Tony Judt, O fardo da responsabilidade: Blum, Camus, Aron e o século XX francês (1998), "The Peripheral Insider: Raymond Aron and The Wages of Reason"