José de Alencar

escritor e romancista brasileiro
(Redirecionado de José Martiniano de Alencar)

José de Alencar (?) foi um poeta brasileiro.

José de Alencar
José de Alencar
Nascimento 1 de maio de 1829
Fortaleza (Império do Brasil)
Morte 12 de dezembro de 1877 (48 anos)
Rio de Janeiro (Império do Brasil)
Sepultamento Cemitério de São João Batista
Cidadania Brasil
Progenitores
  • José Martiniano Pereira de Alencar
Cônjuge Georgiana Augusta Cochrane
Filho(a)(s) Mário de Alencar, Augusto Cochrane de Alencar
Irmão(ã)(s) Leonel Martiniano de Alencar
Alma mater
  • Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
Ocupação jornalista, político, advogado, crítico literário, escritor, romancista
Obras destacadas O Guarani, Iracema, Ubirajara
Movimento estético romantismo
Causa da morte tuberculose
Assinatura

Verificadas

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Cinco minutos

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(1856)

  • "É uma história curiosa a que lhe vou contar, minha prima. Mas é uma história e não um romance. Há mais de dois anos, seriam seis horas da tarde, dirigi-me ao Rocio para tomar o ônibus de Andaraí. Sabe que sou o homem menos pontual que há neste mundo; entre os meus imensos defeitos e as minhas poucas qualidades, não conto a pontualidade, essa virtude dos reis e esse mau costume dos ingleses. Entusiasta da liberdade, não posso admitir de modo algum que um homem se escravize ao seu relógio e regule as suas ações pelo movimento de uma pequena agulha de aço ou pelas oscilações de uma pêndula.Tudo isto quer dizer que, chegando ao Rocio, não vi mais ônibus algum; o empregado a quem me dirigi respondeu:
— Partiu há cinco minutos.

O gaúcho

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  • "Cada região da terra tem uma alma sua, raio criador que lhe imprime o cunho da originalidade. A natureza infiltra em todos os seres que ela gera e nutre aquela seiva própria: e forma assim uma família na grande sociedade universal."

O Guarani

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(1857)

  • "É que o prazer e o sofrimento não passam de um contraste; em lata perpétua e continua, eles se acrisolam um no outro, e se deparam: não há homem verdadeiramente feliz senão aquele que já conheceu a desgraça". (Cap IV, VI)
  • "Pouco e pouco o dia foi rompendo; o arrebol da manhã desenhou-se no horizonte, tingindo as nuvens com todas as cores do prisma. O primeiro raio do sol, desprendendo-se daqueles vapores tênues e diáfanos, deslizou pelo azul do céu, e foi brincar no cabeço dos montes". (Cap. IV, VI)
  • "Para eles esse sol era a imagem de sua vida; o ocaso era a sua hora derradeira: e as sombras da eternidade se estendiam já como as sombras da noite". (Cap. IV, IX)
  • "É ao mesmo tempo o nada com o seu vácuo profundo, imenso, infinito; e o caos com a sua confusão, as suas trevas, as suas formas incriadas; a alma sente que falta-lhe a vida ou a luz em torno". (Cap. IV, XI)
  • "As altas montanhas, as nuvens, as catadupas, os grandes rios, as árvores seculares, serviam de trono, de dossel, de manto e cetro a esse monarca das selvas cercado de toda a majestade e de todo o esplendor da natureza". (Cap. IV, XI)
  • "O sol, dissipando as trevas da noite, assomou no oriente; seu aspecto majestoso iluminou o deserto; as ondas de sua luz brilhante derramaram-se em cascatas sobre um lago imenso, sem horizontes". (Cap. IV, XI)

Iracema

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(1865)

  • "Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema (...) Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira (...) O favo de jati não era doce como seu sorriso; nem a bunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado."
- Três primeiros parágrafos do capítulo 2.
  • "Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros."
- "Iracema", capítulo I

Citações políticas

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  • "Já estava eu meio descrido das coisas, e mais dos homens;e por isso buscava na literatura diversão à tristeza que me infundia o estado da pátria entorpecida pela indiferença.Cuidava eu, porém, que você, político de antiga e melhor têmpora, pouco se preocupava com as coisas literárias, não por menosprezo, sim por vocação."
- Carta ao Dr. Jaguaribe, páginas 141-146.
- Iracema - Página 207, José Martiniano de Alencar, ‎Guilherme de Almeida - Livraria Martins, 1941 - 213 páginas

Outras citações

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  • "É na idade da ambição que se prova a têmpera dos homens."
- "Guerra dos Mascates", capítulo III
  • "Travei com José de Alencar uma polêmica, em que receio ter tratado com a presunção e a injustiça da mocidade o grande escritor"
-"Minha Formação", Joaquim Nabuco, Coleção Biblioteca Básica Brasileira, página 92.