Hannah Arendt
escritora e pensadora judia, nascida na Alemanha e radicada nos EUA
Hannah Arendt (?) foi uma filósofa alemã.
Hannah Arendt | |
---|---|
Nascimento | Johanna Arendt 14 de outubro de 1906 Lindener Marktplatz 2, Hannover (Reino da Prússia) |
Morte | 4 de dezembro de 1975 (69 anos) Upper West Side |
Residência | Hanôver, Nova Iorque, Marburg, Heidelberg, Königsberg, Berlim, Lindener Marktplatz 2, Hannover |
Sepultamento | Bard College Cemetery |
Cidadania | Prússia, apátrida, Estados Unidos da América |
Cônjuge | Günther Anders, Heinrich Blücher |
Alma mater |
|
Ocupação | filósofa, historiadora, escritora, cientista política, ensaísta, professora universitária, socióloga, teórico político, autora, membro da resistência |
Prêmios |
|
Empregador(a) | Universidade de Princeton, Universidade Northwestern, Universidade Wesleyan, Universidade da Califórnia em Berkeley, Universidade de Chicago, Universidade Yale, Universidade Columbia, The New Yorker, Brooklyn College, New School for Social Research, Jewish Cultural Reconstruction, Inc., Schocken Books, Conference on Jewish Social Studies |
Obras destacadas | As Origens do Totalitarismo, A condição humana, Eichmann em Jerusalém, Da revolução, Rahel Varnhagen, Natality |
Movimento estético | fenomenologia |
Religião | Judaísmo |
Causa da morte | enfarte do miocárdio |
Assinatura | |
Verificadas
editar- - Nicht der Mensch bewohnt diesen Planeten, sondern Menschen. Die Vielzahl ist das Gesetz der Erde.
- - Vom Leben des Geistes. Das Denken, das Wollen. - página 29, de Hannah Arendt - 1998
- "Politicamente falando, o nacionalismo tribal [patriotismo] sempre insiste que seu próprio povo é cercado por "um mundo de inimigos" - "um contra todos"- e que existe uma diferença fundamental entre este povo e todos os outros. Alega que seu povo nasceu para ser original, individual, incompatível com todas as outras culturas, e nega teoricamente a própria possibilidade de uma humanidade comum a longo do tempo, antes de ser usado para destruir a humanidade do homem".
- - Politically speaking, tribal nationalism [patriotism] always insists that its own people are surrounded by 'a world of enemies' - 'one against all' - and that a fundamental difference exists between this people and all others. It claims its people to be unique, individual, incompatible with all others, and denies theoretically the very possibility of a common mankind long before it is used to destroy the humanity of man.
- - As Origens do Totalitarismo, 1951
- - Vom Leben des Geistes. Das Denken, das Wollen. - página 29, de Hannah Arendt - 1998
- - As Origens do Totalitarismo, 1951
- "As mentiras sempre foram consideradas instrumentos necessários e legítimos, não somente do ofício do político ou do demagogo, mas também do estadista".
- - Lügen scheint zum Handwerk nicht nur des Demagogen, sondern auch des Politikers und sogar des Staatsmannes zu gehören
- - Wahrheit und Lüge in der Politik: Zwei Essays - Página 44, de Hannah Arendt - Publicado por R. Piper, 1972 ISBN 3492003362, 9783492003360 - 92 páginas
- "O mais radical revolucionário tornar-se-á um conservador no dia seguinte à revolução".
- - Es ist allgemein bekannt, daß der radikalste Revolutionär am ersten Tag nach der Revolution zum Konservativen wird.
- - "Zur Zeit: politische Essays" - página 139, Hannah Arendt, Marie Luise Knott - Deutscher Taschenbuch Verlag, 1989, ISBN 3423111526, 9783423111522 - 206 página
- "Num mundo incompreensível e em perpétua mudança, as massas haviam chegado a um ponto em que, ao mesmo tempo, acreditavam em tudo e em nada, julgavam que tudo era possível e que nada era verdadeiro. A própria mistura, por si, já era bastante notável, pois significava o fim da ilusão de que a credulidade fosse fraqueza de gente primitiva e ingênua, e que o cinismo fosse o vício superior dos espíritos refinados. A propaganda de massa descobriu que o seu público estava sempre disposto a acreditar no pior, por mais absurdo que fosse, sem objetar contra o fato de ser enganado, uma vez que achava que toda afirmação, afinal de contas, não passava de mentira Os líderes totalitários basearam a sua propaganda no pressuposto psicológico correto de que, em tais condições, era possível fazer com que as pessoas acreditassem nas mais fantásticas afirmações em determinado dia, na certeza de que, se recebessem no dia seguinte a prova irrefutável da sua inverdade, apelariam para o cinismo; em lugar de abandonarem os líderes que lhes haviam mentido, diriam que sempre souberam que a afirmação era falsa, e admirariam os líderes pela grande esperteza tática."
- - As origens do totalitarismo - Parte III, Capítulo 2.
- "O totalitarismo apela às necessidades emocionais muito perigosas de pessoas que vivem em completo isolamento e com medo umas das outras."
- - Entrevista da New York Review of Books com o escritor francês Roger Errera (1978)
Atribuídas
editar- "O conservadorismo, no sentido da conservação, faz parte da essência da atividade educacional, cuja tarefa é sempre abrigar e proteger alguma coisa"
- - Fonte: Nova Escola
- "A escola não é de modo algum o mundo, nem deve ser tomada como tal; é antes a instituição que se interpõe entre o mundo e o domínio privado do lar"
- - Fonte: Nova Escola
- - Fonte: Nova Escola
- "A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele"
- - Fonte: Nova Escola
Sobre
editar- "Hannah Arendt gostava de contar histórias e eventos para, a partir deles, esclarecer conceitos e categorias. Não é fácil, no entanto, contar a história de Hannah Arendt e, a partir dela, iluminar a sua obra, respeitando o ponto de vista que ela consistentemente manifestou a respeito de biografias."
- "Hannah Arendt não era, evidentemente, uma pessoa fácil, mas foi sem dúvida uma personalidade fascinante. Sempre teve a capacidade de maravilhar-se diante do espetáculo do mundo."
- - Celso Lafer
- - "Posfácio: Hannah Arendt: vida e obra" in: "Homens em Tempos Sombrios", Hannah Arendt (Companhia das Letras, São Paulo, 1987, trad.: Denise Bottmann)
- - Lafer assinou esse "posfácio" no livro citado de Hannah Arendt em "julho de 1982 - janeiro de 1987" e sobre ela afirmou "a importância de sua obra como também o seu deslumbrante poder pessoal de iluminação, que como seu aluno posso testemunhar".
- - "Posfácio: Hannah Arendt: vida e obra" in: "Homens em Tempos Sombrios", Hannah Arendt (Companhia das Letras, São Paulo, 1987, trad.: Denise Bottmann)