Ernest Gellner: diferenças entre revisões

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Citações

  • "É um facto curioso mas indiscutível que todo o bébé filosófico nascido com vida se tornará ou num pequeno positivista ou num pequeno Hegeliano. Também é interessante que filosoficamente, a Europa permanece no século 18, tal como era antes da "Revolução Diplomática" (1756): de um lado a aliança Anglo-Austríaca, do outro a Franco-Prussiana. Muscovy (actual Rússia) e os estados e principados da área mediterrânica tendem a estar alinhados com o eixo Paris-Berlim, enquanto que o lado escandinavo luta pelo campo oposto. Encontramos Polacos de distinção em ambos os lados". - De "Relativism and the social sciences", 1985.
    • Nota: O eixo Paris-Berlim-Moscovo abraçou a tradição hegeliana da Filosofia, enquanto que Londres e o Círculo de Viena estão do lado da filosofia racional ou "positivista", como ele lhe chama. Não se referiu aos EUA mas parece óbvio que os EUA ou a Austrália se enquadram na tradição positivista ao lado de Londres.
  • ..."os Bolcheviques falharam conspicuamente em emular os Jesuítas. A contra-reforma comunista na Europa de Leste não teve êxito em repetir de alguma forma a performance da Contra-Reforma original na Europa do Sul depois de 1648, que enviou metade de um continente para dormir por séculos". - The Plough, the Sword and the Book, 1990
  • "O período do início da industrialização caracteriza-se (em contraste com a anterior ordem da sociedade) talvez pela sobriedade, retenção, reserva, parcimónia, economia, método, e a tendência a reinvestir os lucros, em vez de os desperdiçar em diversões e ostentação do poder e riqueza. Se os Puritanos eram sóbrios no trabalho, nas suas horas de lazer eram ainda mais sóbrios". De "Reason and Culture: The historic role of rationality and rationalism", 1992.
  • "Tal como cada rapariga deverá obter um marido, de preferência o seu, todas as culturas devem ter o seu Estado, de preferência o seu". - De "The Coming of Nationalism and Its Interpretation: The Myths of Nation and Class in Mapping the Nation"
  • "Um homem deve ter uma nacionalidade, assim como deve ter um nariz e duas orelhas. Tudo isso parece óbvio, embora, sinto, não seja verdade."
  • "Quando o conhecimento é o escravo de considerações sociais, ele define uma classe especial; quando ele serve apenas os seus próprios fins, já não é assim. Há obviamente uma lógica neste paradoxo: o conhecimento genuíno é igualitário, uma vez que ele não permite fontes privilegiadas, intermediários, mensageiros da Verdade. Não tolera dados privilegiados e circunscritos. A autonomia do conhecimento é um nivelador". - De "Plough, Sword and Book", 1988
  • "Descartes deseja ser ao nível da cognição um self-made-man. Ele é o Samuel Smiles do empreendimento cognitivo" - de Reason and Culture, Oxford 1992, p. 3.
  • "A ideia de um homem não-alienado, liberto da coerção social nas suas escolhas e valores, é quase tão realista como a de uma cebola quintessencial que é o que resta quando todas as folhas tiverem sido removidas". De "Contemporary thought and politics", 1974.
  • "Não recomendo qualquer acção legislativa contra a Hermenêutica. Sou uma pessoa liberal oposta a toda a limitação desnecessária de liberdades individuais pelo estado. A hermenêutica entre adultos e vacinados não deve, na minha opinião, ser objecto de restrições estatutórias. Eu sei sei bem o que isso acarretaria. Tasquinhas hermenêuticas iriam surgir por toda a parte, grossas descrições contrabandeadas iriam ser trazidas de camião desde o Canadá pela Máfia; sangue e significado espesso iriam coagular pelas sarjetas à medida que gangs rivais de contrabandistas simiotas o farão jorrar numa série de tiroteios e emboscadas sangrentas. Viciados seriam sujeitos a chantagem. O consumo de significados profundos e as suas consequências psíquicas resultantes não iriam diminuir de forma alguma, mas o mundo do crime iria beneficiar, e toda a sociedade civil iria ser posta sobre forte tensão. Nunca!" -Anthropology and Politics, 1995
  • Em "Encounters with Nacionalism", de 1994, Gellner faz o seguinte comentário a propósito do carácter do exército turco: "Há uma piada antiga, julgo que será de Mark Twain, que dizia que deixar de fumar é fácil: ele já o tinha feito muitas vezes. A classe dos oficiais turcos pode afirmar ter demonstrado um idêntico compromisso com a democracia: ela restaurou-a tantas vezes". (Ver Kemal Atatürk)

Citações de terceiros sobre Gellner

"Ernest Gellner, um proeminente sociólogo da vida muçulmana", Daniel Pipes, In the path of God, 1983