Guimarães Rosa: diferenças entre revisões

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[[w:João Guimarães Rosa|'''João Guimarães Rosa''']] ''(27 de junho de 1908 – 19 de novembro de 1967), escritor mineiro. Foi membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e sua obra mais marcante foi "Grande Sertão: Veredas" (1956)''.
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__TOC__
 
* "Falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras [[língua]]s ajuda muito à compreensão mais profunda do [[idioma]] nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração."
:- ''trecho de carta-entrevista para sua prima Lenice Guimarães de Paula Pitanguy <ref>http://www.germinaliteratura.com.br/pcruzadas_guimaraesrosa_ago2006.htm</ref>''
 
*"Mas quem é que sabe como? Viver... o senhor já sabe: viver é etcétera..."
 
*"O [[homem]] nasceu para aprender, aprender tanto quanto a [[vida]] lhe permita."
 
*"[[Saudade]] é ser, depois de ter."
 
*"Eu não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa".
 
*"O [[amor]] é sede depois de se ter bem bebido."
 
*"Esperar é reconhecer-se incompleto."
 
*"A [[colheita]] é comum, mas o capinar é sozinho.
 
*"[[Amor]] é [[futuro]] à vista."
 
*"Cada [[palavra]] é, segundo a sua essência, um [[poema]]."
 
*"Infelicidade é questão de prefixo."
 
*"Na [[vida]], o que aprendemos mesmo é a sempre fazer maiores perguntas."
 
*"O correr da [[vida]] embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é [[coragem]]."
 
*"Viver é perigoso."
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*"As pessoas não morrem, ficam encantadas."
 
*"Pãos[[Pão]]s ou pães é questão de opiniães."
 
* "Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras[[palavra]]s, gostaria de ser um [[crocodilo]] vivendo no [[rio]] São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muitos vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens."
 
==Grande Sertão Veredas==
* "As pessoas nao morrem, ficão encantada"
 
* "Qualquer [[amor]] é um pouquinho de [[saúde]], um descanso na [[loucura]]."
 
* "Ah, não; amigo, para mim, é diferente. Não é um ajuste de um dar serviço ao outro, e receber, e saírem por este mundo, barganhando ajudas, ainda que sendo com o fazer a [[injustiça]] dos demais. Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios[[sacrifício]]s. Ou - amigo - é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é."
 
* "Porque a [[cabeça]] da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total."
 
* "Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende."
 
* "Que [[Deus]] existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe - mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?"
 
* ""[[Vida]]" é noção que a gente completa seguida assim, mas só por lei duma idéia falsa. Cada dia é um dia."
 
* "O senhor não esteve lá. O senhor não escutou, em cada anoitecer, a lugúmem do canto da mãe-da-lua. O senhor não pode estabelecer em sua [[idéia]] a minha [[tristeza]] quinhoã. Até os pássaros[[pássaro]]s, consoante os lugares, vão sendo muito diferentes. Ou são os tempos, travessia da gente?"
 
* "Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas."
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* "Viver é negócio muito perigoso."
 
* "[[Raiva]] tampa o espaço do mêdo, assim como do mêdo raiva vem."
 
* "Conto o que fui e vi, no levantar do dia. Auroras[[Aurora]]s."
 
==A Terceira Margem do Rio==
* "Sofri o grave [[frio]] dos medos[[medo]]s, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a [[vida]], nos rasos do [[mundo]]. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, [[rio]] a dentro — o rio."
 
==Sobre==
 
* "Ele é um ícone da [[língua]] portuguesa, inventa o [[idioma]] ao mesmo tempo que constrói seus personagens. Não cheguei a ter dúvidas. Ela faz parte da minha vida pessoal. Guimarães Rosa é um profundo conhecedor da alma humana e o livro tem um diálogo com a morte, a coragem, os desejos. Algo que te dá mais intimidade contigo mesmo"
:-''Lessa, sobre Grande Sertão: Veredas. http://www.saopaulo.sp.gov.br/sis/leimprensa.php?id=70133
 
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* [[Grande Sertão: Veredas]] (livro, 1956)
 
==Referências==
{{wikipédia}}
<references />
 
 
 
[[Categoria:Pessoas]]