Geraldo Lapenda: diferenças entre revisões

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m retirado os textos mais densos, que extrapolam em muito o que se poderia considerar citações (pequenos trechos relevantes)
Sem resumo de edição
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'''Citações sobre ''Geraldo Lapenda'''''
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* '''''José Carlos L. Poroca''''' (Advogado) <br>
<small>Publicado em 21.01.2005 – Diário de Pernambuco (1º Caderno – Opinião - p. A3 - Bubalus bubalu)<small>
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Antes do internamento, o comitê informa que “Bubalus bubalu” não tem nada a ver com o mambo cubano. Foi o primeiro búfalo clonado na China, sobrevivente de poucas horas. '''Também informa que este texto foi feito em homenagem ao mestre Geraldo Lapenda, que um dia me expulsou merecidamente da sala de aula. Paciente, ensinou aos seus pupilos que alface não é fruta, pitomba não é sobremesa, João se escreve com jota, geralmente com gê!'''<br><br>
* '''''Juracy Andrade''''' (Jornalista)<br>
<small>Publicado em 29.01.2005 – Jornal do Commercio (1º Caderno – Opinião - p. 13 - Tirania e Cinismo)<small>
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Desejo ainda registrar que, quando estava viajando por aí, fiquei sabendo do falecimento do professor Geraldo Lapenda. A sua família, minha solidariedade. Guardo dele a melhor lembrança, como pessoa humana, dono de vasta cultura clássica (como eu, era ex-aluno do Seminário de Olinda e da Universidade Gregoriana) e também de uma simplicidade franciscana. Eu estava sendo reintegrado à UFPE, via Lei da Anistia. O reitor era o prof. Geraldo Lafayette,que sofria uma campanha implacável de um jornal da praça, alimentada por Gilberto Freyre, que tivera um pleito recusado pela reitoria (um replay do caso João Alfredo, que o mesmo havia conseguido tirar da universidade no embalo dos expurgos do golpe e 1964). Lafayette terminou morrendo; não vítima da campanha de desestabilização, mas por infecção hospitalar. Lapenda, vice-reitor, o substituiu por uns dois anos, sem perder aquela sua simplicidade, sem a ‘magnífica pose’ característica. Como eu coordenava a Assessoria de Comunicação Social, tive muito contato com ele e aprendi a admirá-lo, a lhe querer bem.<br><br>
* '''''Nelly Carvalho''''' (Professora do Departamento de Letras - UFPE)
<small>Publicado em 11.02.2005 – Jornal do Commercio (1º Caderno – Opinião - p. 11)<small>
;'''O que é aprender'''
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O que é aprender? É conviver com o belo, o significativo, o diferente, guardando-o como tesouro em nosso espírito. <br>
Falar em aprender é lembrar os mestres. Assim, queria homenagear, agora, um grande mestre que se foi junto com o ano de 2004: professor Geraldo Lapenda. <br>
Profundo conhecedor de línguas, ensinou-nos Latim e Italiano, no curso de Graduação em Letras Neo-latinas. Tinha uma didática tão perfeita que durante toda a vida, como professora de língua portuguesa, tentei imitá-lo, em vão. Ensinou-nos italiano, conseguindo que, em dois anos, já falássemos bem e transformou o estudo do Latim em algo interessante, através do texto das Metamorfoses de Ovídio, uma lenda explicativa das origens do mundo. Sabia muito e sabia mais : espanhol, francês, alemão, inglês, tupi e foi quem primeiro descreveu a língua dos índios fulniô de Águas Belas, o iathê. Tanto no Mestrado, como no Doutorado, ensinou Fonética e Fonologia, que são o nó da Lingüística e conseguia ser entendido, sabia fazer-nos aprender.
Mestres como Lapenda já se fazem raros pelo saber, pela grandeza de espírito e pela simplicidade.
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[[categoria:pessoas]] [[categoria:filólogos do Brasil]]