Viktor Frankl

neuropsiquiatra austríaco, fundador da Logoterapia e sobrevivente do Holocausto, conhecido por "Em Busca de Sentido"

Viktor Emil Frankl (26 de março de 1905 - 2 de setembro de 1997), foi um psicólogo austríaco, sobrevivente do Holocausto.

Viktor Frankl
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O Homem em Busca de um Sentido

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FRANKL, V., O Homem em Busca de um Sentido, Lua de Papel, Lisboa 2021. ISBN 9789892319919.
  • "(...) tudo pode ser tirado a um homem, menos uma coisa: a última das liberdades humanas - a possibilidade de escolhermos a nossa atitude em quaisquer circunstâncias, de escolhermos a nossa maneira de fazer as coisas (p. 76).
  • "Se existe um sentido na vida, então tem de haver um sentido no sofrimento. O sofrimento é uma parte inextirpável da vida, tal como o destino e a morte. Sem o sofrimento e a morte, a vida humana não está completa" (p. 77).
  • "A forma como o homem aceita o seu destino e todo o sofrimento que ele acarreta, a forma como carrega a sua cruz, concede-lhe vastas oportunidades - mesmo nas circunstâncias mais difíceis - para dar um sentido mais profundo à sua vida" (p. 77).
  • "As observações psicológicas dos prisioneiros mostraram que apenas os homens que deixaram esmorecer a ligação interior ao seu eu moral e espiritual é que acabaram por ser arrastados pelas influências degenerativas do campo" (p. 79).
  • "A vida significa, em última instância, assumir a responsabilidade de encontrar a resposta adequada aos seus problemas e ultrapassar os desafios que constantemente apresenta a cada indivíduo" (p. 86).
  • "Quando já não temos capacidade para alterar uma situação - basta pensar numa doença incurável, tal como um cancro terminal -, somos desafiados a mudar quem somos" (p. 114).

A Falta de Sentido na Vida

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FRANKL, V., A Falta de Sentido na Vida, Pergaminho, Lisboa 2017. ISBN 9789896873356.
  • "Quando sou questionado sobre como explico o aparecimento deste vácuo existencial, costumo apresentar a seguinte breve fórmula: ao contrário do que acontece com o animal, não há nenhum instinto que diga ao homem o que este tem de fazer, e ao contrário do homem do passado, já não há tradições que digam ao homem de hoje o que este deve fazer. Ora, não sabendo o que tem de fazer nem sabendo o que deve fazer, parece muitas vezes já não saber muito bem o que no fundo quer. Assim, quer apenas o que os outros fazem, o que conduz ao conformismo! Ou então, faz apenas o que os outros querem - isto é, querem dele, que por sua vez leva ao totalitarismo"(p. 12).
  • "(…) a vontade de sentido representa uma motivação sui generis, que nem é originada por outras necessidades nem é derivada delas" (p. 19).
  • "Na realidade, [o homem] só poderá autorrealizar-se na medida em que se esquece de si próprio, em que ele não se vê a si próprio" (p. 20).
  • "A pessoa que valoriza especialmente o prazer e a diversão revela-se, ao fim e ao cabo, como alguém que, no que respeita à sua vontade de sentido, portanto - referindo-se de novo à teoria de Maslow - no seu desejo «primário», se tinha mantido frustrado" (p. 20).
  • "O ódio e o amor são fenómenos humanos, porque são intencionais, porque o homem tem sempre um motivo para odiar algo ou amar alguém" (p. 25).
  • "Enquanto a investigação da paz interpretar apenas o fenómeno sub-humano de «agressão» e não analisar o fenómeno humano de «ódio», estará condenada a uma esterilidade. O homem não parará de odiar se for levado a acreditar que é dominado por mecanismos e impulsos" (p. 26).
  • "A libido sexual prolifera justamente num vácuo existencial" (p. 27).
  • "Quanto mais nos concentramos no prazer, mais ele nos escapa" (p. 28).
  • "A sexualidade é desvalorizada na medida em que é desumanizada. Pois, a sexualidade humana é mais do que uma mera sexualidade, e é mais do que uma simples sexualidade na medida em que - a nível humano - é um veículo de relações transsexuais e pessoais" (p. 28-29).
  • "A evolução e a maturação sexual normal tende a uma crescente integração da sexualidade na estrutura global da própria pessoa. Deduz-se daí que, ao inverso, qualquer isolamento da sexualidade se opõe a todo o tipo de tendências de integração, fomentando, consequentemente, tendências neurotizantes" (p. 30).
  • "O sentido não só deve, como pode ser encontrado e é a consciência que guia o homem na sua busca. Numa palavra, a consciência é o órgão do sentido" (p. 35).
  • "Não existe nenhuma situação em que a vida deixasse de nos oferecer uma possibilidade do sentido, e não existe nenhuma pessoa a quem a vida não reservasse uma tarefa. A possibilidade de cumprir o sentido é sempre única, e a personalidade que o pode realizar é sempre singular" (p. 38).
  • "Não existe nenhuma situação de vida que não tenha verdadeiramente sentido" (p. 40).
  • "Se preenchermos o sentido do sofrimento, então realiza-se o que há de mais humano no homem, nós amadurecemos, nós crescemos, crescemos para além de nós próprios" (p. 42).
  • "Justamente onde nos sentimos desamparados e desesperados na medida em que não podemos alterar uma situação - justamente aí somos chamados e é-nos exigido que nos modifiquemos a nós próprios" (p. 43).

Citações

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  • "Em última análise, torna-se claro que o tipo de pessoa em que o prisioneiro se transformava era o resultado de uma decisão interior, e não o resultado só das influências do campo de concentração. Portanto, fundamentalmente, qualquer ser humano, mesmo sob tais circunstâncias, pode decidir o que vai ser dele - mentalmente e espiritualmente."
- Citado em Você Nasceu para Vencer‎ - Página 39, de Mirtes Carneiro, Publicado por Universo dos Livros Editora LTDA ISBN 859918749X, 9788599187494
  • "O ser humano não é completamente condicionado e definido. Ele define a si próprio seja cedendo às circunstâncias, seja se insurgindo diante delas. Em outras palavras, o ser humano é, essencialmente, dotado de livre-arbítrio. Ele não existe simplesmente, mas sempre decide como será sua existência, o que ele se tornará no momento seguinte."
- Citado em Você Nasceu para Vencer‎ - Página 38, de Mirtes Carneiro, Publicado por Universo dos Livros Editora LTDA ISBN 859918749X, 9788599187494
  • "Encontrei o significado da minha vida, ajudando os outros a encontrarem o sentido das suas vidas"
- I believe the meaning in your life is to help people find meaning in theirs
- Citado em "This unbearable boredom of being: a crisis of meaning in America‎" - Página 49, Genrich Krasko - iUniverse, 2004, ISBN 0595313094, 9780595313099 - 299 páginas