William Somerset Maugham

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William Somerset Maugham, conhecido simplesmente como W. Somerset Maugham (25 de Janeiro de 1874 - 16 de Dezembro de 1965) - famoso romancista e dramaturgo inglês, nasceu em Paris, onde o pai servia como advogado da embaixada inglesa.

William Somerset Maugham
William Somerset Maugham
Nascimento 25 de janeiro de 1874
8.º arrondissement de Paris
Morte 16 de dezembro de 1965 (91 anos)
Nice
Cidadania Reino Unido, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
Progenitores
  • Robert Ormond Maugham
  • Edith Mary Snell
Cônjuge Syrie Maugham
Filho(a)(s) Mary Elizabeth Maugham
Irmão(ã)(s) Henry Neville Maugham, Frederic Maugham, 1st Viscount Maugham
Alma mater
  • King's College de Londres
  • Universidade de Heidelberg
  • St Thomas's Hospital Medical School
Ocupação dramaturgo, romancista, médico escritor, roteirista, prosista, crítico literário, army scout, escritor, médico
Prêmios
  • Companheiro de Honra
  • doctor honoris causa from the University of Toulouse (1947)
Empregador(a) MI6
Obras destacadas Servidão humana (Barata 1959), The Razor's Edge
Causa da morte pneumonia
Assinatura

O Fio da Navalha (1944)

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  • "É possível que, ao atingir o fim da vida, não deixe, de sua passagem pela terra, vestígio maior que aquele que a pedra , atirada ao rio, deixa na superfície das águas." (Sobre Larry Darrell)
  • "Pois os homens não são somente eles; são também a região onde nasceram, a fazenda ou o apartamento da cidade onde aprenderam a andar, os brinquedos com que brincaram em crianças, as lendas que ouviram dos mais velhos, a comida de que se alimentaram, as escolas que frequentaram, os esportes em que se exercitaram, os poetas que leram e o Deus em que acreditaram. Todas essas coisas fizeram deles o que são, e essas coisas ninguém pode conhecê-las somente por ouvir dizer, e sim se as tiver sentido. Só pode conhecê-las quem é parte delas."
  • "O mundo não é coisa criada, pois do nada pode provir, e sim uma manifestação da natureza eterna; tanto quanto o bem, o mal é uma direta manifestação da divindade."
  • "A gente procura mostrar-se indiferente à opinião pública, mas não é assim tão fácil. Quando essa opinião é antagônica, excita em nós antagonismo e isto nos perturba."
  • "Quem sou eu para quebrar minha cabeça sobre isso, aquilo e aquele outro? Mas talvez eu não passe de um pedante pretensioso. Não seria melhor seguir o caminho que os outros trilharam e deixar que os acontecimentos venham como têm de vir? Mas então a gente se lembra de um sujeito que uma hora antes estava cheio de vida e de alegria e agora está morto. Tudo tão cruel e sem significação! É difícil deixar de perguntar a si próprio que finalidade tem a vida, se ela tem algum sentidou se não passa de um erro trágico por parte do destino cego" (Larry Darrell)
  • "O coração tem razões que a razão desconhece. A paixão é destruidora. Destruiu Antônio e Cleópatra, Tristão e Isolda, Parnell e Kitty O'Shea. E, Quando não destrói, morre. É possível que então a pessoa se veja na amarga contingência de reconhecer que desperdiçou anos de vida, que se desgraçou inutilmente, que sofreu a tortura do ciúme, engoliu toda espécie de humilhações, tendo dado a sua ternura, as riquezas da sua alma a um ser insignificante, idiota, uma estaca onde dependurou seus sonhos, e que não valia dois tostões de mel coado."

Um gosto e seis vinténs

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  • "Confesso que quando conheci Charles Strickland nem por um momento percebi que havia nele algo de diferente."
  • “Nunca deixo de ler o Suplemento Literário do Times. É uma disciplina salutar ver o grande número de livros que é escrito, as esperanças com que seus autores os vêem publicados e o destino que os espera. Qual é a chance que existe de um livro se destacar entre tantos? E os livros de sucesso são apenas sucessos de uma temporada. Sabe Deus o que o autor sofreu, por que experiências desagradáveis passou e que dores de cabeça teve, para dar a um leitor qualquer algumas horas de descanso, ou para aliviar o tédio de uma viagem. E pelo que posso julgar das críticas, muitos desses livros são bem escritos; exigiram muita reflexão em sua composição; muitos são mesmo o resultado de um trabalho angustioso de uma existência. A moral que deduzo daí é a de que o autor deve buscar sua recompensa no prazer de executar sua obra e na libertação do fardo de seus pensamento; e, indiferente a tudo o mais, não se importar com os elogios ou críticas, fracasso ou sucesso.”
  • “Naquela época, era uma honra ter 40 anos, mas agora ter mais de 25 é absurdo. Acho que naquele tempo éramos um pouco tímidos ao demonstrar nossas emoções, e o medo do ridículo à castidade, não me lembro de tamanha promiscuidade como a que é praticada hoje. Não achávamos que houvesse hipocrisia em praticar nossas excentricidades em um silêncio decente. A vulgaridade não tomara conta de nossa linguagem. A mulher ainda não se havia liberado completamente.”
  • “A Sra. Strickland tinha o dom da simpatia. É uma qualidade encantadora, mas da qual aqueles que sabem possuí-la abusam: pois existe algo de sádico na avidez com que estes se agarram à desgraça dos amigos, para que possam exercitar sua qualidade, que jorra como um poço de petróleo. E os simpáticos derramam sua simpatia com um abandono que às vezes embaraça suas vítimas.”
  • “Ainda não tinha aprendido o quanto a natureza humana é contraditória; não sabia quanta hipocrisia existe nas pessoas sinceras, quanta baixeza existe nos nobres de espírito, nem quanta bondade existe nos maus.”
  • “É preciso ter o temperamento feminino para repetir a mesma coisa três vezes com a mesma energia.”
  • “Sempre me surpreendi um pouco com a paixão que as mulheres têm por se comportar de maneira tão perfeita no leito de morte daqueles que amam. Às vezes parece que lamentam a longevidade que adia sua oportunidade de representar uma cena tão comovente.”

Histórias dos Mares do Sul

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Muitos leitores de Maugham não relutam em considerar "Histórias dos Mares do Sul" seu melhor livro de contos. E dentre os contos enfeixados no livro, "Vermelho" é tido como um dos melhores, senão o melhor. Da primeira à última linha, "Vermelho" é puro Maugham, com seu realismo amargo sobre o amor.

Poucas vezes ele descreveu um relacionamento amoroso de modo tão idílico e apaixonante como o fez ao narrar o romance entre "Vermelho" e Sally. A narrativa embala o leitor no sonho de ser possível viver o Paraíso neste mundo. Mas logo adiante o desperta, pois Maugham faz questão de não o deixar esquecer (nessa e em outras de suas obras) aquilo que os amantes preferem ignorar: que o amor morre, seja por descuido, por maltrato, por alguma fatalidade, ou pela inexorável e corrosiva ação do tempo.

Ler Maugham pode ser um prazer (e o é, para muitos), mas é preciso renunciar a qualquer ilusão de eternidade.

Frases

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  • "O amor é um sórdido embuste pelo qual a natureza nos leva a continuar a espécie".
- L'amour est un sale tour qu'on nous joue pour assurer la perpétuation de l'espèce
- W Somerset Maugham, 1949, como citado no "12ème congrès de l'International Society of Sexual Medicine (ISSM)"
  • "Sentimentalismo é o único sentimento que fricciona você do jeito errado."
- Sentimentality is only sentiment that rubs you up the wrong way.
- A Writer's Notebook (1946); "1941"
  • "Quando se vai a um jantar, deve-se comer sabiamente mas não muito bem, e falar bem porém não muito sabiamente."
- A Writer's Notebook (1946)

Atribuídas

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  • "É possível, sim, fazer três ótimas refeições por dia na Inglaterra. Basta pedir o breakfast três vezes por dia.
- you should eat breakfast three times a day if you want to eat well in England.
- William Somerset Maugham citado em "Saturday review", Volume 46‎ - Página 61, 1963