Olga Nikolaevna Romanova

Filha mais velha do czar Nicolau II e da Imperatriz Alexandra Feodorovna

Olga Nikolaevna Romanova (?) foi uma monarca russa.

Olga Nikolaevna Romanova
Olga Nikolaevna Romanova
Nascimento 15 de novembro de 1895
Pushkino
Morte 17 de julho de 1918 (22 anos)
Casa Ipatiev
Batizado 26 de novembro de 1895
Residência Palácio de Alexandre, Tsarskoye Selo
Cidadania Império Russo
Ocupação aristocrata, enfermeira

Verificadas

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  • "Dai-nos, Senhor, a paciência, neste ano de dias de tempestade e cheios de trevas, para conseguirmos sofrer a opressão popular e as torturas dos nossos carrascos. Dai-nos a força, ó Senhor da justiça para perdoar-nos o mal dos nossos irmãos e para carregar a Cruz tão pesada e sangrenta, com a tua humildade. Nos dias em que os inimigos nos roubam, que consigamos suportar a vergonha e a humilhação, Cristo, nosso salvador, ajuda-nos. Mestre do mundo, Deus e do Universo, abençoa-nos com rezas e dá às nossas almas o humilde descanso nesta hora horrível e insuportável. No limiar da nossa sepultura, respira para os lábios dos teus humildes escravos força maior do que a força humana - para rezar pelos nossos inimigos."
-Oração escrita por Olga durante o cativeiro em Ekaterimburgo.
  • A Olga era a menina mais adorável e as pessoas gostavam dela desde o momento em que a olharam. Quando criança ela era franca, aos 15 anos ela era bela. Ela tinha menos de meia altura, com uma compleição jovial, profundos olhos azuis, muitos cabelos castanho claros, e mãos e pés bonitos. Ela levava a vida à sério, e era uma menina inteligente, com uma disposição agradável.
-Lili Dehn em "The Real Tsarita",
  • A mais velha, Olga Nikolaevna, possuía um cérebro extraordinariamente rápido. Ela tinha um grande poder de racionalização, bem como de iniciativa, tinha uma atitude muito independente e um dom para responder rapidamente. Ela deu-me muito trabalho no começo, mas os nossos desentendimentos iniciais foram rapidamente sucedidos por uma relação de franca cordialidade. Ela aprendia qualquer coisa extremamente rápido, e tentava sempre dar um significado original para o que estava aprendendo. Eu lembro-me bem como, na nossa primeira aula de gramática, quando eu estava explicando a formação dos verbos e o uso do auxiliares, ela logo me interrompeu dizendo "Eu entendi, monsieur. Os auxiliares são os servos dos verbos. Só o pobre "avoir" é que tem de se mudar sozinho.
-Pierre Gilliard em "Thirteen Years at the Russian Court",
  • Olga Nikolaevna tinha um temperamento explosivo. E às vezes contrariava-se quando se sentia ofendida.
-Baronesa Sophie Buxhoeveden,
  • Ela tinha um temperamento quente, mas não guardava ressentimentos. Tinha o coração do seu pai, mas faltava-lhe a sua consistência.
-Sydney Gibbes,
  • A Olga era talvez a mais franca de todas, a sua mente era muito rápida para compreender ideias, e absorvia tanto conhecimento que ela aprendia algo sem aplicação ou sem ter estudado a fundo. As suas principais características, eu devo dizer, eram uma forte força de vontade e um singular hábito de sinceridade no pensamento e ação. Qualidades admiráveis numa mulher, essas mesmas características eram ocasionalmente difíceis de lidar na infância, e Olga quando pequena às vezes mostrava-se incontrolável e desobediente. Ela tinha um temperamento quente o qual, aprendeu a controlar rapidamente e se fosse permitido a ela viver sua vida normalmente ela teria sido, eu acredito, uma mulher de influência e distinção.
-Anna Vyrubova em "Memories of the Russian Court",
  • As meninas eram todas muito bonitas. A mais velha, Grã-duquesa Olga Nikolaevna, era loira e alta, com risonhos olhos azuis, o nariz um tanto quanto pequeno, o qual ela chamava ‘meu humilde nariz arrebitado’, e dentes adoráveis. Ela era uma notável graciosa figura e uma bela amazona e dançarina. Ela era a mais franca das irmãs, e era muito musical, tinha, o que os professores falavam, um ‘ouvido absolutamente correto’. Ela conseguia tocar de ouvido qualquer coisa que ouvia e conseguia reproduzir peças complicadas de música, tocar o acompanhamento mais difícil só de olhar e seu toque no piano era encantador. Ela cantava belamente como mezzosoprano. Era preguiçosa ao praticar, mas quando o espírito a movia, podia tocar por horas. Olga Nikolaevna era muito direta, às vezes falava muito claramente, mas sempre sincera. Ela tinha um grande charme e podia ser a mais alegre das alegres. Quando pequena, seus infortunados professores foram vítimas de todas as brincadeiras possíveis praticadas por ela. Quando cresceu estava sempre disposta para qualquer diversão. Ela era generosa, e um apelo para ela encontrava-se com uma resposta imediata. 'Oh, alguém tem que ajudar o pobre fulano de tal. Eu devo fazer isso de alguma forma’. Ela falava... Olga Nikolaevna era devota ao pai. O horror da Revolução a afiou mais do que a qualquer dos outros. Ela mudou completamente, e todo o seu espírito vivo desapareceu.
-Baronesa Sophie Buxhoeveden em "The Life and Tragedy of Alexandra",
  • Leitora ávida e poetisa de talento considerável. A despeito da diferença de idade a Grã-duquesa Olga era particularmente amiga de meu pai, a quem ela se sentia livre para discutir qualquer coisa que a interessava ou aborrecia. Ela dizia sempre que meu pai era um ‘ poço fundo de ideias profundas’ e até mesmo dirigia-se a ele em cartas como ‘Querido Poço’ Olga e eu trabalhávamos seriamente com poesia e a Grã-duquesa ficou interessada em meus versos. Seu interesse naturalmente acrescentou mais entusiasmo em meus esforços, e daí em diante eu submeti cada novo pedaço de verso escrevendo-o a Olga, o qual ela analisava muito cuidadosamente, geralmente dando-me valiosos conselhos, e trocando opiniões sobre rimas, ritmos e outros problemas que eu suponho preocupar os poetas. Assim foi que eu conheci e apreciei o caráter fino e sensível da Grã-duquesa Olga... Ela era por natureza uma pensadora e como me pareceu mais tarde, entendia da situação geral melhor do que qualquer outro membro da família, incluindo até seus pais. Por fim, eu tive a impressão de que ela tinha poucas ilusões em relação ao que o futuro ia reservar a eles, e em consequência estava ocasionalmente triste e aflita. Mas tinha uma doçura em seu redor que evitava afetar alguém em uma maneira depressiva, até mesmo quando ela se sentia assim.
-Gleb Botkin,
  • Olga aos dezessete anos já era uma jovem senhorita, mas ela continuava a agir como uma garota. Tinha bonitos cabelos claros, seu rosto – largo e oval – era puramente russo, não particularmente regular, mas seu extraordinário colorido e seu belo sorriso, que revelavam já notáveis, dentes brancos, davam a ela grande jovialidade... O caráter de Olga era mesmo, bom, com uma amabilidade quase angelical.
-A.A. Mossolov em "At the Court of the Last Tsar"