Mário Quintana

escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro (1905-1994)
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Mário Quintana (?) foi um poeta brasileiro.

Mário Quintana
Mário Quintana
Nascimento 30 de julho de 1906
Alegrete
Morte 5 de maio de 1994 (87 anos)
Porto Alegre
Cidadania Brasil
Ocupação poeta, tradutor, jornalista, escritor
Prêmios
  • Prêmio Jabuti (1981)
  • Prêmio Machado de Assis (1980)

Verificadas

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  • "A eternidade é um relógio sem ponteiros."
- Mário Quintana, Volume 16 de Coleção Esses gaúchos - Página 94, Tché!, 1985 - 97 páginas
  • "Sua alma dilacerada pelas renas da madrugada/ Enevoa a minha vidraça./ "Deixaste mais uma vez a lâmpada acesa!" - diz ela./ Essa tia Élida.../ Tão viva, a coitada/ Que eu ainda me irrito com ela!"
- Tia Élida, Mário Quintana - L&PMPocket, 2013,- p. 73
  • "A vida é louca/ a vida é uma sarabanda/é um surrupio.../ A vida múltipla dá-se as mãos como um bando de raparigas em flor/ e está cantando em tono a ti: Como eu sou bela amor!/ Entra em mim, como em uma tela de Renoir/ enquanto a primavera/ enquanto o mundo não poluir o azul do ar/ Não vás ficar/ Não vás ficar ai.../ como um salso chorando na beira do rio.../ (Como a vida é bela! como a vida é louca!)
- A canção da vida, Mário Quintana - L&PMPocket, 2013,- p. 120
  • "Quem pretende apenas a glória não a merece."
— Caderno H - página 80, Mário Quintana - Globo Livros, 2006, ISBN 978‐85‐250‐4203‐3 - 416 pp.
  • "Um autor, primeiro, é assunto. Mas a glória, mesmo, é quando ele vira falta de assunto..."
Caderno H - página 178, Mário Quintana - Globo Livros, 2006, ISBN 978‐85‐250‐4203‐3 - 416 pp
  • "Não sei por que, sorri de repente. E um gosto de estrela me veio na boca."
"Noturno" in: Mario Quintana: poesia completa [em um volume] - página 204, Mário Quintana, Tânia Franco Carvalhal - Nova Aguilar, 2005, ISBN 978‐85‐210‐0087‐7 - 1019 pp.
- Porta giratória, Mário Quintana - Globo, 1988, ISBN 978‐85‐250‐0499‐4 - 252 pp.
  • "O cigarro é uma maneira disfarçada de suspirar."
- Sapato florido‎ - página 27, Mário Quintana - Globo, 1948, 131 pp.
  • "713.789
O bom das segundas-feiras, do primeiro de cada mês e do Primeiro do Ano é que nos dão a ilusão de que a vida se renova... Que seria de nós se a folhinha estivesse marcando hoje o dia 713.789 da Era Cristã?"
— Da Preguiça como Metodo de Trabalho p. 648 [2]
  • "I. Da Observação:
Não te irrites, por mais que te fizerem...

Estuda, a frio, o coração alheio. Farás, assim, do mal que eles te querem, Teu mais amável e sutil recreio...

(In: Espelho Mágico) p. 211 [2]
  • "XII. Das Utopias
Se as coisas são inatingíveis...ora!/Não é motivo para não querê-las.../ Que tristes os caminhos, se não fora/A mágica presença das estrelas!
- (In: Espelho Mágico) p. 213 [2]
  • "LXXV. Das Confidências
Quiseste expor teu coração a nu.../
E assim, ouvi-lhe todo o amor enleio./
Ah, pobre amigo, nunca saibas tu/
Como é ridículo o amor... alheio...
- (In: Espelho Mágico) p. 225 [2]
  • "A Carta
Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito, muito séria: tinha até ponto-e-vírgula! Nunca fiquei tão impressionado na minha vida."
- (In: Caderno H) p 261 [2]
  • "A Laranja
A laranja cortada ao meio,
Úmida de amor, anseia pela outra…
É assim, é bem assim que eu te desejo
- (In: Preparativos de Viagem) p.773 [2]
  • "Ah! Essas Precauções…
Para desespero de seus parentes, o velho rei Mitridates, como todo mundo sabe, conseguiu tornar-se imune a todos os venenos... até que um bom tijolaço na cabeça liquidou o assunto.
- (In: A Vaca e o Hipogrifo) p. 496 [2]
  • "A Revelação
Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!
- (In: A Vaca e o Hipogrifo) p. 532 [2]
  • "A Saudade
A saudade é o que faz as coisas pararem/no Tempo.
- (In: Preparativos de Viagem) p.773 [2]
  • "A Saudade
O que faz as coisas pararem no tempo é a saudade.
- (In: Da Preguiça como Método de Trabalho) p. 656 [2]
  • "A Voz
Ser poeta não é dizer grandes coisas, mas ter uma voz reconhecível dentre todas as outras.
- (In: Caderno H) p. 295 [2]
  • "As Falsas Recordações
Se a gente pudesse escolher a infância que teria vivido, com que enternecimento eu não recordaria agora aquele velho tio de perna de pau, que nunca existiu na família, e aquele arroio que nunca passou aos fundos do quintal, e onde íamos pescar e sestear nas tardes de verão, sob o zumbido inquietante dos besouros...
- (In: Sapato Florido) p. 183 [2]
  • "As pessoas sem imaginação/podem ter tido as mais/imprevistas aventuras, podem/ter visitado as terras mais/estranhas. Nada lhes ficou. Nada/lhes sobrou. Uma vida não basta/apenas ser vivida: também/precisa ser sonhada.
- (Epígrafe, In: Lili Inventa o Mundo) p. 937 [2] (In: Caderno H) p. 365 [2] tendo como título: Nada Sobrou
  • "Acidente de Tráfego
Nós vivemos a temer o futuro; mas é o passado quem nos atropela e mata.
- (In: Caderno H) p. 322 [2]
  • "Amizade
Quando o silêncio a dois não se torna incômodo.
- (In: Poemas Para a Infância) p. 980 [2]
  • "Boas Maneiras
Os anjos não dão os ombros, não; quando querem mostrar indiferença os anjos dão as asas.
- (In: Caderno H) p. 338 [2]
  • "Canção do Dia de Sempre para Norah Lawson Tão bom viver dia a dia... /A vida assim, jamais cansa.../Viver tão só de momentos/Como estas nuvens no céu... /E só ganhar, toda a vida, /Inexperiência... esperança... /E a rosa louca dos ventos/Presa à copa do chapéu. /Nunca dês um nome a um rio:/ Sempre é outro rio a passar. /Nada jamais continua, /Tudo vai recomeçar!/E sem nenhuma lembrança /Das outras vezes perdidas, /Atiro a rosa do sonho/Nas tuas mãos distraídas...
- (In: Canções) p. 145 [2]
  • "Carreto
Amar é mudar a alma de casa.
- (In: Sapato Florido) p. 170 [2]
  • "Cartaz Para Uma Feira do Livro
Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.
- (In: Caderno H) p. 238 [2]
  • "Cumplicidade
A "boa ação do dia" predileta dos Anjos da Guarda é fazer gambás atravessarem o tráfego maluco: quando estes se dão conta, já estão do outro lado...
- (In: Caderno H) p. 323 [2]
  • "Da Alma
A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.
- (In: Caderno H) p. 315 [2]
  • "Da Amizade
A amizade é uma espécie de amor que nunca morre...
- (In: Porta Giratória) p. 829 [2]
  • "Das Viagens
Conhecer o mundo não adianta nada: as viagens apenas complicam a ignorância.
- (In: Caderno H) p.347 [2]
  • "Democracia
Democracia? É dar, a todos, o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, isso depende de cada um."
-(In: Caderno H) p. 271 [2]
  • "Democracia
O que há de mais admirável nas democracias é a facilidade com que qualquer pessoa pode passar da crônica policial para a crônica social."
- (In: Caderno H) p. 378 [2]
  • "Diálogo Bobo
- Abandonou-te?
- Pior ainda: esqueceu-me…
- (In: Da Preguiça como Método de Trabalho) p. 677 [2]
  • "Do Caderno de um Peripatético
Se eu fosse acreditar mesmo em tudo o que penso, ficaria louco.
- (In: Caderno H) p. 346 [2]
  • "Do Estilo
Se alguém acha que estás escrevendo muito bem, desconfia... O crime perfeito não deixa vestígios.
- (In: A Vaca e o Hipogrifo) p. 508 [2]
  • "Do Sonho
Sonhar é acordar-se para dentro.
- (In: Caderno H) p. 346 [2]
  • "Dos Grilos
Toda noite os grilos fritam não sei o quê. A madrugada chega, destampa o panelão: a coisa esfria...
- (In: Caderno H)p. 298 [1]
  • "Dos Livros
Há duas espécies de livros: uns que os leitores esgotam, outros que esgotam os leitores.
- (In: Caderno H) p. 248 [2]
  • "Dolorosa Interrogação
Por que será que a gente vive chorando os amigos mortos, e não agüenta os que continuam vivos?
- (In: Caderno H) [1]
  • "DO ESPETÁCULO DE SI MESMO.
Conhecer a si mesmo é inútil, parece,
Mas sempre diverte um pouco...
Coisa assim como um louco que tivesse
consciência de que é louco."
- (In: Espelho Mágico) [1] em [2] p. 218, XLII.
  • XL. "DO SABOR DAS COISAS
Por mais raro que seja, ou mais antigo,
Só um vinho é deveras excelente:
Aquele que tu bebes calmamente
Com o teu mais velho e silencioso amigo...
-(In: Espelho Mágico)"
  • "E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão."
- (In: Revista Isto É, 14 de novembro de 1984)
  • "Dogma e ritual"
- Os dogmas assustam como trovões
- e que medo de errar a sequência de ritos!
- Em compensação,
- Deus é mais simples do que as religiões.
- In: Apontamentos de História Sobrenatural,
- p. 420 [2]
  • "Educação
O mais difícil, é a arte de desler.
- (In: Caderno H) p. 281 [2]
  • "Entomologia
A borboleta mais difícil de caçar é o adjetivo.
- (In: Caderno H) p. 373 [2]
  • "Estilo
Deficiência que faz com que um autor só consiga escrever como pode.
- (In: Caderno H) p. 378 [2]
  • "Estranha Curiosidade
O crítico é um camarada que contorna uma tapeçaria e vai olhá-la pelo lado avesso.
- (In: Caderno H) p. 333 [2]
  • "Eu não tenho paredes. Só tenho horizontes... Excerto de: Paredes
- (In:Ora Bolas O humor de Mario Quintana 130 historinhas compiladas e adaptadas por Juarez Fonseca) p. 17 [4]
  • "Exame de Consciência
Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?
- (In: Caderno H) p. 248
  • "Excerto de: 5005618912 (...)Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas. Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha, nem desconfia que se acha conosco desde o início das eras. Pensa que está somente afogando os problemas dele, João Silva... Ele está bebendo a milenar inquietação do mundo!
- (In: A Vaca e o Hipogrifo) p. 495 [2]
  • "Excerto de: Emergência
Quem faz um poema abre uma janela. (...)
- (In: Apontamentos de História Sobrenatural) p. 395 [2]
  • "Excerto de: De Gramática e de Linguagem (...) Eu sonho com um poema/Cujas palavras sumarentas escorram/Como a polpa de um fruto maduro em tua boca,/ Um poema que te mate de amor/Antes mesmo que tu saibas o misterioso sentido:/Basta provares o seu gosto…
- (In: Apontamentos de História Sobrenatural) p. 435-6 [2]
  • "Excerto de: Leitura Dinâmica (...) "a maior dor do vento é não ser colorido.(...)"
- (In: Porta Giratória) p.788 [2]
  • "Fatalidade

Em todos os velórios há sempre uma senhora gorda que, em determinado momento, suspira e diz: - Coitado! Descansou...

- (In: Porta Giratória) p. 175 [2]
  • "Felizes
Mas felizes, felizes esses peixinhos de aquário: pensam que o seu universo é infinito.
- (In: Caderno H) p. 321 [2]
  • "Hoje é Outro Dia
Quando abro cada manhã a janela do meu quarto/É como se abrisse o mesmo livro/Numa página nova...
- (In: A Cor do Invisível) p.347 [2]
  • "Horror
Com seus OO de espanto, seus RR guturais, seu hirto H, HORROR é uma palavra de cabelos em pé, assustada da própria significação.
- (In: Sapato Florido) p. 168 [2]
  • Lavoisier
"Nada se perde, tudo muda de dono" - tardia reflexão de Lavoisier ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira.
- (In: Caderno H) p. 326 [2] e (In: Da Preguiça como Método de Trabalho) p. 728 [2]
  • "Leitura
Essa mania de ler sobre autores fez com que, no último centenário de Shakespeare, se travasse entre uma professorinha do interior e este escriba o seguinte diálogo:
- Que devo ler para conhecer Shakespeare?
- Shakespeare.
- (In: Caderno H) p. 294 [2]
  • "Mãe
Mãe! São três palavras apenas/As desse nome bendito./Três letrinhas, nada mais.../E nelas cabe o Infinito./E palavra tão pequena/- confessam mesmo os ateus -/É do tamanho do Céu/ E apenas menor que Deus...
- (In: Lili Inventa o Mundo) p. 914 [2]
  • "Mentira?
A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.
- (In: Poema para a Infância) p. 938 [2]
  • "Mundos
A única coisa que nos diferencia de peixes num aquário é que temos consciência dos limites de nosso mundo...
- (In: Caderno H) p. 365 [2]
  • "Nabucodonosor V
Em Picasso, em certos Picassos, a boca, a face, o perfil, as orelhas reajuntam-se não arbitrariamente e sim para formar uma harmonia nova, de maneira que o seu arreglo final não nos amedronta como um monstro, mas tranquiliza-nos como um obra clássica. (...)
- (Excerto, in: Caderno H) p. 254-5 [2]
  • "Nota Macabra
As árvores podadas parecem mãos de enterrados vivos.
- (In: Caderno H) p. 239 [2]
  • "Nota Noturna
O silêncio é um espião..
- (In: Poema Para a Infância) p. 979 [2]
  • "Notas da Cidade
O mais triste da arquitetura moderna é a resistência de seu material."
- (In: Caderno H) p. 332 [2]
  • "Noturno
Os fantasmas também sofrem de visões: somos nós.
- (In: Poema Para a Infância) p. 962 [2]
  • "Noturno II
Os fantasmas rasgaram as fímbrias no tic-tac dos/despertadores.../Bem feito! São tão antiquados que ainda usam/ fímbrias.../Oh! esses despertadores são gatos metálicos/Que rasgam as fímbrias das almas./Das almas dos vivos e mortos.../Para eles é tudo sucata/Frágil, corosca/De barbante - coisa ótima/Para afiar os dentes eternos do Instante! A espaços,/No silêncio das casas,/Quebrando o monótono tiquetaquear do tempo,/A tosse asmática do refrigerador/Ou o fundo suspiro/(De quem?)/Que se some no ralo misterioso da pia.../Enquanto isto, nas paredes das salas,/Os velhos retratos aproveitam o escuro para/ amarelecerem/Um pouco mais/Até que chegue o dia lúcido/E seja tudo, apenas, doido sonho noturno/Que o teu sorriso.../Que o teu sorriso de criança apaga!
- (In: Apontamentos de História Sobrenatural) p. 436-7 [2]
  • "Nunca
Nunca ninguém sabe se estou louco para rir ou para chorar…/Por isso o meu verso tem/ essa quase imperceptível tremor.../A vida é triste, o mundo é louco!/Nem vale a pena matar-se por isso./Nem por ninguém./Por nenhum amor…/A vida continua, indiferente!
- (In: A Cor do Invisível) p. 882 [2]
  • "“O amor é quando a gente mora um no outro”
- (Mario Quintana) segundo informações foi expressa em uma entrevista em que se encontrava também sua amiga Bruna Lombardi.
  • "O Assunto
- E não me perguntes o assunto de um poema. Um poema sempre fala de outras coisas...
- (in: Caderno H) p. 260 [2]
  • "O Berço e o Terremoto
Os versos, em geral, são versos de embalar, como eu às vezes os tenho feito, não sei se por simples complacência... ou pura piedade.
Contudo, os verdadeiros versos não são para embalar - mas para abalar.
Mesmo a mais simples canção, quando a canta um García Lorca, desperta-te a alma para um mundo de espanto.
- (In: Caderno H) p. 334 [2]
  • "O Luar
O luar é a luz do sol que está sonhando...
- (In: Preparativos de Viagem) p. 773 [2]
  • "O Milagre
Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia... e do lábio do amigo brotam palavras e eterno encanto... Dias mágicos... em que os burgueses espiam, através das vidraças dos escritórios, a graça gratuita das nuvens...
- (In: Sapato Florido) p. 165 e (In: Poemas para a Infância) p.977 [2]
  • "O Pior
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.
- (In: Caderno H) p. 241 [2]
  • "O Supremo Castigo
Em todos os aeródromos, em todos os estádios, no ponto principal de todas as metrópoles, existe - quem é que não viu? - aquele cartaz... De modo que, se esta civilização desaparecer e seus dispersos e bárbaros sobreviventes tiverem de recomeçar tudo desde o princípio - até que uma dia também tenham os seus próprios arqueólogos - estes hão de sempre encontrar, nos mais diversos pontos do mundo inteiro, aquela mesma palavra. E pensarão eles que Coca-Cola era o nome do nosso Deus!
- (In: Caderno H) p. 273 [2]
  • "O Tempo
O tempo é a insônia da eternidade.
- (In: Caderno H) p. 376 [2]
  • "Outono
É uma borboleta amarela? Ou uma folha que se desprendeu e que não quer tombar?
- (In: Caderno H) [2] p.276 [2]
  • "Os Girassóis
Os girassóis são as flores da retórica.
- (In: Da Preguiça como Método de Trabalho) p. 717 [2]
  • "Os Rios
Há na vida tanta coisa,/ Tanta coisa e um só olhar!/Toda a tristeza dos rios/É não poderem parar...
- (In: A Cor do Invisível) [2]
  • "Os Sonhos das Lagartas
As lagartas não podem acreditar na lenda das borboletas - tão antiga entre o seu rastejante e esforçado povo... mas sua felicidade consiste em relembrar, às vezes, o absurdo e maravilha desse velho sonho: o de se transformarem, um dia, em borboletas.
- (In: Poemas para a Infância)[2]
  • "Parceira
...e eu imagino uma velhinha por trás da vidraça, jogando paciência com esta chuva tão sem pressa...
- (In: Poemas Para a Infância) p. 971 [2]
  • "Pássaros
As mãos que dizem adeus são pássaros/Que vão morrendo lentamente...
- (In: A Cor do Invisível) p. 887 [2]
  • "Paz
Os caminhos estão descansando.
- p. 556 (In: A Vaca e o Hipogrifo) [2]
  • "Pensamento Para O Teu Aniversário
Nem todos podem estar na flor da idade, é claro!
Mas cada um está na flor da sua idade...
- (In: Caderno H) p. 296 [2]
  • "Pergunta Errada
Se eu acredito em Deus? Mas que valor poderia ter minha resposta, afirmativa ou não? O que importa é saber se Deus acredita em mim.
- (In: Caderno H) p. 367 [2]
  • "Picasso
Famoso precursor da Talidomida.
- (In: Caderno H) p. 305 [2]
  • "Poeminho do Contra
Todos esses que aí estão/Atravancando meu caminho,/Eles passarão.../Eu passarinho!
- (In: Caderno H) p. 257 [2]
  • "Pudor
Se tua vida não puder ser uma tragédia grega.
- por amor de Deus!
- não faças um tango argentino... (In: Caderno H) p. 367 [2]
  • "Se Eu Fosse Um Padre
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,/não falaria em Deus nem no Pecado/- muito menos no Anjo Rebelado/e os encantos das suas seduções,/não citaria santos e profetas:/nada das suas celestiais promessas/ou das suas terríveis maldições.../Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,/Rezaria seus versos, os mais belos,/desses que desde a infância me embalaram/ e quem me dera que alguns fossem meus!/Porque a poesia purifica a alma/... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -/ um belo poema sempre leva a Deus!
- p. 105 [3]
  • "Segredos da Natureza
Todas as noites os grilos fritam incessantemente não se sabe o quê. Chega a madrugada, destampa o panelão: a coisa esfria.
- (In: Da Preguiça como Método de Trabalho) p. 649 [2]
  • "Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil
das horas.
- (In: Esconderijos do tempo)p. 477 [2]
  • "Sinônimos
Confesso que até hoje só conheci dois sinônimos perfeitos: "nunca" e "sempre".
- (In: Caderno H) p. 290 [2]
  • "(...) Tão bom morrer de amor! e continuar vivendo... Excerto de: Conversa fiada,
- (In: Baú de Espantos) p. 596 [2]
  • "Três Amores
Três amores... Quem me deu/Tão estranha sorte assim?/Três amores, tenho-os eu/E nenhum me tem a mim!
- (In: Preparativos de Viagem) p. 767 [2]
  • "Tão Linda e Serena e Bela
Tão lenta e serena e bela e majestosa
vai passando a vaca
Que, se fora na manhã dos tempos, de rosas a coroaria
A vaca natural e simples como a primeira canção
A vaca, se cantasse,
Que cantaria?
Nada de óperas, que ela não é dessas, não!
Cantaria o gosto dos arroios bebidos de madrugada,
Tão diferente do gosto de pedra do meio-dia!
Cantaria o cheiro dos trevos machucados.
Ou, quando muito,
A longa, misteriosa vibração dos alambrados...
Mas nada de superaviões, tratores, êmbolos
E outros truques mecânicos!
- (In: Poesia Completa) p. [ ]
  • "Uma Arte Perdida
O que estraga as viagens, agora, é o seu rápido destino: de repente já estás em Pequim... Benditos, mil vezes benditos aqueles carrosséis que ensinaram aos meninos de meu tempo a pura alegria de viajar!
- (In: Caderno H) p. 323 [2]
  • "Uma espécie de corrida
Atravessar de um ano para o outro parece-nos uma espécie de corrida. Chega-se daquele jeito que bem sabemos, mas com a careta de triunfo na face...
- (In: Porta Giratória) p. 790 [2]
  • "Verbetes
Infância - A vida em tecnicolor./ Velhice - A vida em preto-e-branco.
- (In: A Vaca e o Hipogrifo) p. 527 [2]
  • "Verbete
Nós - o pronome do rebanho.
- (In: Caderno H) p. 363 [2]
  • "Verso Avulso
Senhor! Que buscas Tu pescar com a rede das estrêlas?
- (In: Caderno H) p.271 [2]
  • "Verso Avulso
Suavidade do musgo nos muros gretados...
- (In: Caderno H) p. 250 [2]
  • "Verso Avulso
O meu amor é belo como um barco!
- (In: Caderno H) p. 290 [2]
  • "Verso Avulso

...O luar é a luz do sol que está dormindo...

Da Preguiça como Método de Trabalho p. 672 [2]
  • "Vida
A vida era muito mais intensa quando não passava, na média, de 40 anos. Agora é um longo, um indeterminável arrastar de correntes: nós somos as almas penadas deste mundo.
Caderno H p. 267 [2]
  • "Vida

Não sei
o que querem de mim essas árvores
essas velhas esquinas
para ficarem tão minhas só de as olhar um momento.

Ah! se exigirem documentos aí do Outro Lado,
extintas as outras memórias,
só poderei mostrar-lhes as folhas soltas de um álbum
de imagens:
aqui uma pedra lisa, ali um cavalo parado
ou
uma nuvem perdida...

Meu Deus, que modo estranho de contar uma vida!

— Esconderijos do Tempo p. 477 [2]

Falsas atribuições

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  • "A fita métrica do amor, é uma das crônicas de Martha Medeiros
  • "As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as delas. Temos que nos bastar, nos bastar sempre, (....) [Autor Desconhecido]
  • "Amor é síntese por Myrtes Mathias, In: Bom dia amor! Juerp, 1990 (Nota: Eu lírico feminino)
  • "Antes de julgares a minha vida ou meu caráter, calça os meus sapatos e percorre o caminho que eu percorri; vive as minhas tristezas, as minhas dúvidas, as minhas alegrias (...) Autor desconhecido
  • "Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja.(...) por Adriana Falcão.
  • "(Trecho) "...Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele cara que você AMA (ou acha que AMA), que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. (Citação de D. Ehlers) no final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você! (Texto atribuído a Kátia Cruz)
  • Chapéu Violeta "(...) 3 anos: Ela olha para si mesma e vê uma rainha./Aos 8 anos: Ela olha pra si e vê Cinderela.(...) - Circula como sendo de Quintana, e às vezes de "Autor Desconhecido". Na verdade é de Erma Bombeck (Age 3: Looks at herself and sees a Queen!/Age 8: Looks at herself and sees herself as Cinderella/Sleeping Beauty.Age 15: Looks at herself and sees herself as Cinderella/Sleeping Beauty/Cheerleader;).
  • " 'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
'Louco' é quem não procura ser feliz.
'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.
'Surdo' é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
'Paralítico' é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
'Diabético' é quem não consegue ser doce.
'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer.
E 'Miserável' somos todos que não conseguimos falar com Deus."
- Professora Renata Vilella, da Escola Flor Amarela: [1]
  • "E que fique muito mal explicado/Não faço força para ser entendido/Quem faz sentido é soldado (...) Letra de Carlos Moreira, composição de Glaucio Giordanni na voz de Alice Ruiz
  • "Espalhe que o amor não é banal. E que, embora estejam distorcendo o sentido verdadeiro dele nos tempos modernos de hoje, ele existe e é o ingrediente mais importante da vida, a própria porção mágica da Felicidade". Menino... desejo seus desejos como meus desejos!!!" [Autor Desconhecido]
  • "Existe somente uma idade para a gente ser feliz/somente uma época na vida de cada pessoa/

em que é possível sonhar e fazer planos(...) A idade de ser feliz por Geraldo Eustáquio de Souza.

  • "Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes (...) Felicidade Realista, é uma crônica de Martha Medeiros"
  • "Homem sem conteúdo/É como criado-mudo/Ali parado/Ao nosso lado (...)" Paula Taitelbaum, in: Ménage à Trois, p. 52
  • "Lambuze-se de Vida (...) Não coma a vida com garfo e faca, lambuze-se. Muita gente guarda a vida para o futuro. Mesmo que a vida esteja na geladeira, se você não a viver, ela se deteriora. é por isso que tantas pessoas se sentem emboloradas na meia-idade. Elas guardaram a vida, não se entregaram ao amor, ao trabalho, não ousaram, não foram em frente... (...) Roberto Shinyashiki, in: O sucesso é ser feliz, Editora Gente, 124a. ed. 1997, p.181-2
  • "Certezas (vulgo título) = "Não quero" (...) Não quero alguém que morra de amor por mim. Só preciso de alguém que viva por mim (...) Autora: Adriana Britto
  • "Trecho inicial (...) Me leva por caminhos de amor e prazer,se inflame na chama do meu corpo,(...)/Trecho final: (...) me embriague no perfume do seu corpo, para que possamos viajar nesse amor tão bonito,Te Adoro. (...) Autor: Ronaldo Leitão
  • "(...) O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.(...) Crônica de Martha Medeiros, A impontualidade do Amor.
  • "O que muda a gente não é o que a gente fala, é o que gente cala." (em busca da autoria)
  • "O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."

[Em busca da autoria]

  • "O laço e o abraço" (...) Então o amor e amizade são isso... não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço! é de Maria Beatriz Marinho dos Anjos
  • "O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores". (Autor Desconhecido) Those who are poor, smile at what they have, yet those who have good fortune, frown at what they do not have." (Unknown)
  • "Os livros não mudam o mundo. O que muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas!" (Atribuído a Mirta Dourado e/ou Caio Graco)
  • "Pedro é um nome que a gente conhece em muitas línguas:/Pedro, Pierre, Pietro, Peter, Pether, Petrus./Pedro pintou, um dia, em alguma parte do mundo, o retrato/ de uma borboleta.(...)In: PEDRO: O MENINO QUE TINHA O CORAÇÃO CHEIO DE DOMINGO por Bartolomeu Campos de Queiros
  • "Promessas Matrimonais" é uma crônica de Martha Medeiros.
  • "QUASE" - Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.(...)" Não é de Quintana, nem é da autoria de Luis Fernando Verissimo; a crônica é de Sarah Westphal Batista da Silva.
  • "Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar. Olhe-se no espelho...” (Lya Luft)
  • "Quem não entende um olhar jamais entenderá uma longa explicação" é um provérbio árabe = "Who does not understand a look, neither will understand a long explanation (arabic)
  • "Sentir primeiro, pensar depois.

Perdoar primeiro, julgar depois.

Amar primeiro, educar depois. Esquecer primeiro, aprender depois.

Libertar primeiro, ensinar depois. Alimentar primeiro, cantar depois.

Possuir primeiro, contemplar depois. Agir primeiro, rezar depois.

Navegar primeiro, aportar depois. Viver primeiro, morrer depois."

Paulo Roberto do Carmo In: Estação de força - Poesia - Paulo Roberto do Carmo Ed. Movimento/IEL (Instituto Estadual do Livro), 1987, Porto Alegre (Coleção Poesiasul, v.61)

  • "(...) Somos donos dos nossos atos mas não somos donos dos nossos sentimentos. (...) Não se pode prometer sentimentos." (Rubem Alves, Quarto de Badulaques LXXXVII, 2006)
  • "Sermão do Casamento" Título correto "O casamento da igreja", crônica de Martha Medeiros.
  • "Sou... Sou/Seu/Cio/Sou/Seu/Ócio/Sou/Seu/Sócio/no/Prazer - Autor: Paulo Lins
  • "Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz." (Autor Desconhecido)

Mario Quintana e a Pornografia

Pergunta: - Mario Quintana escreveu um poema que tem circulado “net” com conteúdo pornográfico?
Resposta: Se nada foi encontrado em Mario Quintana – Poesia Completa, da Editora Nova Aguilar não foi ele quem escreveu, logo o óbvio não é de Mario Quintana!
  • "Incorrigível
O fantasma é um exibicionista póstumo.
- (In: Caderno H) p. 236 [2]
  • "CII. Da Vergonha
Ora, o que sentes é puro/Receio de seres visto./Não, vergonha não é isto:/Vergonha é a que tens no escuro...
- (In: Espelho Mágico) p. 230 [2]
  • "Indecência
Na verdade, a coisa mais pornográfica que existe é a palavra “pornografia”.
- (In: Caderno H) p . 243 [2]
  • "Refinamentos
Escrever o palavrão pelo palavrão é a modalidade atual da antiga arte pela arte.
- (In: Caderno H) p. 247 [2]
  • "Restaurante II
...e essa tentação de roçar na face a pele perfumada do pêssego, como se ele fosse uma pêssega...
- (In: A Vaca e o Hipogrifo) p. 497 [2]
  • "Trecho de: O que a Patricia queria saber
(...) PB - E os palavrões, fazem parte de seu vocabulário? Em que circunstâncias costuma proferí-los?
MA - Só quando me pisam os calos, ou, como dizem os gaúchos, só quando me pisam no poncho. (...)
- (In: Da Preguiça como Método de Trabalho) p. 739 [2]
  • "Uma Vaca
Sim, uma vaca – uma abençoada vaca – muge... O seu mugido é um rio de veludo morno.
- (In: Poemas Para a Infância) p. 959 [2]
  • "A Bem-amada na Praia
Sua bundinha/Deixou na areia/A forma exata/De um coração!
- (In: Da Preguiça como Método de Trabalho) p. 692 e em (In: Preparativos de viagem) p. 775 [2]
- OBS: Muitas poemas têm sido incorretamente atribuídos a Mario Quintana, principalmente na internet, o referido autor não escreveu textos com conteúdos pornográficos, versos por demais açucarados, como também não consta em seu acervo: auto ajuda. Favor conferir sempre as fontes (livros/artigos/entrevistas).

Referências

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Mario Quintana [[2]]

Bibliografia

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[1] - Dicionário Universal de Citações, Paulo Rónai, Ed Nova Fronteira

[2] - Mario Quintana: Mario Quintana - Poesia Completa, RJ: Editora Nova Aguilar, 2005

[3] - Mario Quintana, Nova Antologia Poética, 2a. ed, Rio de Janeiro, Editora Codecri, 1981

[4] - Ora Bolas O humor de Mario Quintana 130 historinhas compiladas e adaptadas por Juarez Fonseca, 4a. ed Porto Alegre, RS: L&PM POCKET, 2006

[5] - Mario Quintana: Quintana de Bolso - Rua dos Cataventos & Outros Poemas, 1a. ed, Porto Alegre, RS: L&PM POCKET, 2013.