Maria Nikolaevna Romanova

Terceira filha do czar Nicolau II e de Alexandra Feodorovna

Maria Nikolaevna Romanova (?) foi uma monarca russa.

Maria Nikolaevna Romanova
Maria Nikolaevna Romanova
Nascimento 26 de junho de 1899
Peterhof
Morte 17 de julho de 1918 (19 anos)
Casa Ipatiev
Residência Palácio de Alexandre, Tsarskoye Selo
Sepultamento Catedral de Pedro e Paulo
Cidadania Império Russo
Progenitores
Irmão(ã)(s) Olga Nikolaevna Romanova, Tatiana Nikolaevna Romanova, Anastásia Nikolaevna Romanova, Alexei Nikolaevich Romanov
Ocupação aristocrata
Prêmios
  • Order of Saint Catherine
Título Grand Duchess
Religião Igreja Ortodoxa Russa
Causa da morte perfuração por arma de fogo
Assinatura

Verificadas

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  • "Que complicado é tudo agora. Vivemos tão pacificamente durante 8 meses e agora começou tudo de novo. (...) É difícil escrever sobre alguma coisa feliz, porque existem muito poucas coisas felizes aqui. Por outro lado, Deus não nos abandonará. O Sol brilha, os pássaros cantam, e esta manhã ouvimos os sinos a tocar as suas matinas...
-Parte de uma carta escrita pela Grã-duquesa Maria durante o exílio em Ekaterinburgo

Citações sobre Maria Nikolaevna

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  • "A Maria era uma menina bonita, alta para sua idade e um retrato de saúde e rubor. Ela tinha grandes e bonitos olhos cinzentos. Os seus gostos eram muitos simples e com o seu caloroso coração ela tinha uma grande bondade. As suas irmãs tiravam vantagem da sua boa natureza e a chamavam-na de 'cãozinho gordo'. Ela certamente tinha a benevolência e a desajeitada devoção de um cãozinho"
- Pierre Gilliard em "Thirteen Years at the Russian Court",
  • "Maria tinha olhos esplêndidos e bochechas rosadas. Ela era inclinada à robustez e tinha lábios um tanto grossos, que diminuiam um pouco a sua beleza. Maria tinha uma disposição naturalmente doce e uma mente muito boa."
- Anna Vyrubova em "Memories of the Russian Court",
  • "A Maria Nikolaevna era igual à Olga em cores e feições, mas com tudo mais acentuado e vivo. Ela tinha o mesmo sorriso encantador, a mesma forma da cara, mas os olhos dela, “os pires de Maria”, como eram conhecidos entre os seus primos, eram magníficos, de um azul profundo. O cabelo dela tinha madeixas douradas e, quando foi cortado depois da doença dela em 1917, encaracolou-se naturalmente em volta da cabeça. Maria Nikolaevna era a única das irmãs que tinha um decidido talento para o desenho, e fazia esboços bastante -bem, sempre com a mão esquerda. "Mashka", como suas irmãs a chamavam, era comandada inteiramente pela sua irmã mais nova, Anastásia Nikolaevna, chamada de “criança mal-comportada” pela sua mãe.
-Baronesa Sofhie Buxhoeveden em "The Life and Tragedy of Alexandra",
  • "Em Peterhof, durante o tempo quente de Junho, a pequena Grã Duquesa Maria nasceu. Ela já nasceu bondosa e, penso, com o menor traço possível do pecado original. O Grão-Duque Vladimir Alexandrovich apelidou-a de "o bebé amável", porque ela era sempre bondosa e estava sempre alegre e sorridente. Ela era uma criança muito encantadora e bonita, com grandes olhos azuis escuros e as finas e niveladas sobrancelhas da família Romanov. Mais tarde, conversando com a criança, um senhor disse que ela tinha o rosto de um dos anjos de Botticelli. Mas apesar do seu temperamento bondoso e doce, ela também era muito humana, como a seguinte história irá revelar. Quando ela era muito pequena, ela estava um dia no quarto da Imperatriz, onde ela e o Imperador estavam a tomar chá. A Imperatriz tinha wafers recheados de baunilha, chamados biblichen, de que as crianças gostavam muito, mas não lhes era permitindo pedir nada da mesa de chá. A Imperatriz dispensou-me e quando eu estava a sair do quarto, a pequena Maria estava sentada por perto, com lágrimas a cair pelos olhos, devorando apressadamente algo "Eu comi tudo", disse ela "Agora tu já não vais poder comer". A Imperatriz ficou chocada por este comportamento surpreendente e eu sugeri que ela fosse mais cedo para cama, como punição apropriada. A Imperatriz disse "Muito bem, leve-a.". Mas o Imperador interveio e pediu que ela pudesse permenecer ali, dizendo "Eu sempre tive medo de suas asinhas que lhe estavam a crescer. Estou satisfeito por ver que ela é apenas humana."
-Margaretta Eagar em "Six Years at the Russian Court",
  • "Ela era constantemente mostrada como um exemplo às suas irmãs mais velhas. Elas diziam que ela era uma meia-irmã. Então eu disse que em todos os contos de fadas, eram as irmãs mais velhas que eram as meias-irmãs, e que a terceira é que era a irmã verdadeira. Elas não me ouviam e excluíam-na das suas brincadeiras. Eu disse-lhes que elas não poderiam esperar que ela aguentasse aquele tipo de tratamento, e que, algum dia elas seriam castigadas. Um dia elas fizeram uma casa de cadeiras numa extremidade do quarto e abandonaram a pobre Maria, dizendo que ela deveria ser a serva e por isso, tinha de ficar fora da casa. Eu fiz outra casa na outra parte para o bebé [Anastásia], com apenas alguns meses, e para ela, mas seus olhos desviavam-se sempre para o outro lado do quarto e para a interessante brincadeira que lá se passava. Ela então, correu pelo quarto, enfiou-se dentro da casa, deu um estalo no rosto de cada irmã e correu para o próximo quarto, despindo uma boneca vestida com uma capa e com um chapéu, e com as mãos cheias de pequenos brinquedos. "Eu não quero ser a serva, quero ser a tia generosa e bondosa, que traz presentes"disse ela. E depois distribuiu os presentes, beijando as "sobrinhas" e saiu. As outras crianças, olharam envergonhadas uma para a outra e então, Tatiana disse "Nós fomos muito cruéis com a pobre Maria e ela não podia fazer outra coisa senão bater-nos." Elas aprenderam a lição a partir desse dia, aprenderam a respeitar cada posição na família."
-Margaretta Eagar
  • “Quando ele estava com febre tifóide na Crimeia, o seu desgosto por não o poder ver era excessivo. Eu tinha de manter a porta do quarto de brincar trancada ou então ela teria fugido para o corredor para o incomodar com os seus esforços para chegar até ele. Todas as tardes, depois do chá, ela sentava-se no chão do lado de fora do quarto de brincar a ouvir atentamente todos os sons que saiam do quarto dele. Se ela ouvisse a voz dele, ela esticava os seus braçinhos e chamava “Papá! Papá!”, e a alegria quando a deixaram vê-lo foi grande. Quando a Imperatriz veio ver as crianças na primeira noite depois de ter sido dada a notícia de que o Czar tinha febre tifóide, por acaso, ela estava a usar uma miniatura de São Nicolau ao pescoço. A meio dos seus soluços e lágrimas, a pequena Maria reparou nela e então subiu para o joelho da Imperatriz e cobriu a fotografia de beijos, e, partir daí, não houve nenhuma noite durante a sua doença em que ela fosse para a cama sem beijar a miniatura.”
-Margaretta Eagar sobre a devoção de Maria ao seu pai, o czar Nicolau II
  • “Quando regressamos a Czarskoe Selo, a Imperatriz mostrou sintomas de tosse compulsiva. A tosse espalhou-se rapidamente às suas quatro filhas. A ama russa e eu também a apanhamos. Eu tinha dito às crianças para que tivessem muito cuidado para não tossir para ninguém, ou então essa pessoa poderia contrair a doença. Elas foram muito obedientes. Um dia a pequena Grã-Duquesa Anastásia estava a tossir e espirrar muito, quando a Grã-Duquesa Maria foi ter com ela e, pondo a sua cara perto da dela, disse-lhe, “Bebê, querida, tosse para cima de mim.” Espantada com esta atitude, perguntei-lhe o que queria ela dizer e a criança disse, “Tenho tanta pena de ver a minha irmã mais nova tão doente. Pensei que se pudesse ficar com tosse ela pudesse melhorar.”
-Margaretta Eagar
  • “Um dia a Maria estava a ver uma imagem de Nydia, a rapariga cega de Pompeia. Ela perguntou-me por que razão era ela cega. Eu respondi que Deus, às vezes, põe as pessoas cegas e ninguém sabe porquê. Então ela disse, “Eu conheço alguém que sabe.” Eu disse, “Não, querida, acho que não. Ninguém sabe. “A prima Ella (Isabel de Hesse) sabe,” respondeu ela, “ela está no céu a falar com Deus e Ele está-lhe a dizer como é que Ele o fez e porquê.”
-Margaretta Eagar
  • "Um dia a pequena Grã-Duquesa Maria estava a olhar pela janela para um regimento de soldados que marchavam por perto e exclamou: "Adoro estes soldados queridos; Quem me dera poder beijá-los a todos!" Eu disse: "Maria, meninas bem comportadas não beijam soldados." Alguns dias mais tarde, houve uma festa para crianças e os filhos do Grão-Duque Constantino estavam entre os convidados. Um deles tinha já 12 anos, tinha entrado para os cadetes e veio envergando o seu uniforme. Ele queria cumprimentar a pequena prima com um beijo, mas ela cobriu a boca com a mão, afastou-se e disse com grande dignidade: "Vai-te embora soldado! Eu não beijo soldados." O rapaz ficou satisfeito por ser confundido com um soldado de verdade."
-Margaretta Eagar
  • "Quando eu vi a Grã Duquesa Maria pela primeira vez, ela era uma criança quieta, mas durante a Revolução ela tornou-se muito devota à mim e eu a ela. Passávamos a maior parte do tempo juntas... ela era uma menina maravilhosa, tinha uma tremenda força interior e nunca entendeu a sua natureza generosa até esses dias terríveis. Ela era excessivamente bela, com a beleza clássica dos Romanovs; os seus olhos eram azuis escuros, emoldurados por cílios longos, e ela tinha longos cabelos castanho claros. Maria era gorducha e a Imperatriz ocasionalmente implicava com isso; ela não era tão viva quanto suas irmãs, mas ela era mais decidida em seus pontos de vista. A Grã Duquesa Maria sabia desde o inicio o que queria e porquê."
-Lili Dehn em "The Real Tsarita"