María Galindo

ativista boliviana, militante anarcofeminista, psicóloga e comunicadora

María Galindo (La Paz, Bolivía, 1964); é uma ativista boliviana, militante anarcofeminista, psicóloga e comunicadora, cofundadora do colectivo Mujeres Creando (1992)

María Galindo
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  • "Para mim, a prostituição não é um debate que deva acontecer somente entre putas, porque a prostituição afecta-nos a todos, não apenas a puta, o cliente e o proxeneta. Por isso, também não vamos admitir a criação de uma nova zona vermelha no debate, e circunscrever o assunto entre putas. Afecta-nos como sociedade, como comunidade, como Estado, como nação, porque é aqui que se engendra a violência, a expropriação, a exploração, que é a prostituição, sobre os nossos corpos e subjectividades."
- "Para mí la prostitución no es un debate que se debe hacer entre putas, porque la prostitución nos afecta a todas y todos, no sólo a la puta, el prostituyente y el proxeneta. Así que tampoco en el debate vamos a admitir una nueva zona roja, la de cerrar los contenidos entre putas. Nos afecta como sociedad, como comunidad, como Estado, como nación, porque allí mismo es donde se engendra la violencia, la expropiación, explotación, que es la prostitución, sobre nuestros cuerpos y subjetividades."
- Ninguna mujer nace para puta, María Galindo y Sonia Sánchez - Mujeres Creando, 2013, p. 28, ISBN: 9789995406219
- O qualificativo "zonas rojas" em espanhol, é amplamente utilizado em muitos países da América Latina para identificar, de forma geral e pejorativa, aquelas áreas das cidades de estratos socioeconómicos mais baixos e com baixa prestação de serviços públicos por parte do Estado, onde se atribui maior incidência de delinquência, vandalismo, prostituição, consumo e/ou tráfico de drogas.[1] Este qualificativo também pode ser encontrado como "zona vermelha" em artigos em Portugal, usado para identificar áreas associadas ao consumo e/ou tráfico de drogas.[2]
  • "Quando as identidades se tornam condições absolutas, para se salvarem, precisam se constituir em fundamentalismos. É assim que surgem fundamentalismos identitários em movimentos subalternos."
- A bastardice é um lugar político, Entrevista de Fabiana e Nathy a María Galindo, Jornal Mapa, nº 43, julho de 2024, Lisboa
  • "A transcendência e a universalidade são pré-requisitos para a preservação das hegemonias racistas, classistas, coloniais, geográficas e homofóbicas que constituem o mundo."
- "La trascendencia y universalidad tiene como requisito la preservación de las hegemonías racistas, clasistas, coloniales, geográficas y homofóbicas que constituyen al mundo."
- Feminismo Bastardo, María Galindo - Mujeres Creando, 2022, p.74, 4ª ed., p.74 ISBN:9789917983439
  • "É proibido dizer que perante o poder não se tem poder, mas que perante o poder se rebela?"
- "¿Está acaso prohibido decir que frente al poder no te empoderas, sino que frente al poder te rebelas?"
- Feminismo Bastardo, María Galindo - Mujeres Creando, 2022, p.74, 4ª ed., p.77 ISBN:9789917983439
  • "Dá vontade de desbiologizar a palavra “mulher” e de abraçar as pessoas trans, num abraço que confunda um corpo com o outro."
- "Dan ganas de desbiologizar la palabra “mujeres” y abrazarse con l@s trans en un abrazo que confunda un cuerpo con el otro."
- Feminismo Bastardo, María Galindo - Mujeres Creando, 2022, p.80, 4ª ed., p.77 ISBN:9789917983439
  • "Dá vontade de desmembrar os moldes do conceito de “mulher” e montar um novo Frankenstein: colocar no mesmo corpo a vulva da p_a, o pescoço da operária, os olhos da louca, as pernas da velha, a barriga da parturiente, os pés da migrante, os braços da mulher trans, as orelhas e os cabelos do índio, a saliva do autista, e entender que somos uma metáfora política de índias, p_as e lésbicas unidas em rebelião."
- "Dan ganas de desmembrar los moldes del concepto “mujer” y armar un nuevo Frankenstein: poner en un mismo cuerpo la vulva de la p_a, el cuello de la fabril, los ojos de la loca, las piernas de la vieja, la barriga de la parturienta, los pies de la migrante, los brazos de la trans, las orejas y el cabello de la india, la saliva de la autista, y entender que somos una metáfora política de indias, p_as y lesbianas hermanadas en rebelión."
- Feminismo Bastardo, María Galindo - Mujeres Creando, 2022, p.80, 4ª ed., p.80 ISBN:9789917983439
  • "María Galindo e Mujeres Creando desenvolveram, nos últimos 15 anos, uma prática política, artística e literária singular que, atrevo-me a dizer, surge hoje como uma das mais inovadoras e radicais do continente americano."
- "María Galindo y Mujeres Creando han elaborado durante los últimos 15 años una práctica política, artística y literaria singular, que, me atrevo a afirmar, aparece hoy como una de las más innovadoras y radicales del continente americano"
- Paul B. Preciado no prólogo de Feminismo Bastardo, María Galindo - Mujeres Creando, 2022, p.12, 4ª ed.,ISBN:9789917983439

Referências

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  1. Ramírez, Rodrigo (21 de maio de 2021). «Desigualdad digital: transformar las mal llamadas "zonas rojas" en territorios de oportunidades». Flacso. Consultado em 4 de dezembro de 2024 
  2. Lito, Raquel (16 de outubro de 2024). «Zonas vermelhas de Lisboa e do Porto: na rota dos bairros da droga». Jornal Sábado. Consultado em 4 de dezembro de 2024