Florestan Fernandes

Sociólogo e político brasileiro

Florestan Fernandes (nasceu dia 22 de julho de 1920, em São Paulo, Brasil - morreu dia 10 de agosto de 1995, em São Paulo, Brasil). Foi um sociólogo.

Florestan Fernandes
Florestan Fernandes
Nascimento 22 de julho de 1920
São Paulo
Morte 10 de agosto de 1995
São Paulo
Cidadania Brasil
Alma mater
  • Universidade de São Paulo
Ocupação antropólogo, escritor, político, sociólogo, professor universitário, escritor de não ficção
Prêmios
  • Prêmio Jabuti (1996)
  • Prêmio Anisfield-Wolf (1970)
Empregador(a) Universidade de Toronto, Universidade de São Paulo

  • "É muito complicada a vida de um intelectual na sociedade de consumo de massa".
- Em entrevista à Folha de São Paulo, em julho de 1977
  • "Afirmo que iniciei a minha aprendizagem sociológica aos seis anos, quando precisei ganhar a vida como se fosse um adulto e penetrei, pelas vias da experiência concreta, no conhecimento do que é a convivência humana e a sociedade"
- Ciências Sociais: na ótica do intelectual militante; Estudos Avançados; Print ISSN 0103-4014; Estud. av. vol.8 no.22 São Paulo Sept./Dec. 1994; doi: 10.1590/S0103-40141994000300011; [1]
  • "Em nossa época, o cientista precisa tomar consciência da utilidade social e do destino prático reservado a suas descobertas"
- Fonte: Nova Escola
  • "Um povo educado não aceitaria as condições de miséria e desemprego como as que temos"
- Fonte: Nova Escola, 1991
  • “Sou um marxista que acha que a solução para os problemas dos países capitalistas está na revolução. Dizes isso não é uma fanfarronice. É assumir, de forma explícita, o dever político mínimo que pesa sobre alguém que é militante, embora não esteja em um partido comunista e que, afinal de contas, tentou, durante toda a vida, manter uma coerência que liga a responsabilidade intelectual à condição de socialista militante e revolucionário”.
- Fonte: FERNANDES, Florestan. Que tipo de República?. 2.ed. São Paulo : Ed. Brasiliense, 1986.
  • “Eu, felizmente, não cumpri o caminho comum entre imigrantes, de aspirar à ascensão social e adotar as técnicas das classes dominantes. Fiquei fiel a minha origem social”.
- Fonte: Folha de São Paulo, 22/01/95
  • “Eu tenho uma vida vivida. Isso é muito importante. Agora, é preciso ver qual o horizonte intelectual da pessoa, porque a idade não é um valor. A pessoa pode viver vegetativamente ou de uma forma criadora, não importam as suas origens”.
- Fonte: Folha de São Paulo, 22/01/95
  • “...a minha formação acadêmica superpôs-se a uma formação humana que ela não conseguiu destorcer nem esterilizar. Portanto, ainda que isso pareça pouco ortodoxo e antiintelectualista, afirmo que iniciei a minha aprendizagem <<sociológica>> aos seis anos, quando precisei ganhar a vida como se fosse um adulto e penetrei, pelas vias da experiência concreta, no conhecimento do que é a convivência humana e a sociedade, em uma cidade na qual não prevalecia a <<ordem das bicadas>>, mas a <<relação de presa>>, pela qual o homem se alimentava do homem, do mesmo modo que o tubarão come a sardinha ou o gavião devora os animais de pequeno porte. A criança estava perdida neste mundo hostil e tinha de voltar-se para dentro de si mesma para procurar nas <<técnicas do corpo>> e nos <<ardis dos frascos>> os meios de autodefesa para a sobrevivência. Eu não estava sozinho. Havia a minha mãe. Porém a soma de duas fraquezas não compõe uma força. Éramos varridos pela << tempestade da vida>> e o que nos salvou foi o nosso orgulho selvagem, que deitava raízes na concepção agreste do mundo rústico, imperante nas pequenas aldeias do norte de Portugal, onde as pessoas se mediam com o lobo e se defendiam a pau do animal ou de outro ser humano”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Se tinha pouco tempo para aproveitar a infância, nem por isso deixava de sofrer o impacto humano da vida nas trocinhas e de ter résteas de luz que vinham pela amizade que se forma através do companheirismo (nos grupos de folguedos, de amigos de vizinhança, dos colegas que se dedicavam ao mesmo mister, como meninos de rua, engraxates, entregadores de carne, biscateiros, aprendizes de alfaiate e por aí a fora). O caráter humano chegou-me por essas frestas, pelas quais descobri que o <<grande homem>> não é o que se impõe aos outros de cima para baixo ou através da história; é o homem que estende a mão aos semelhantes e engole a própria amargura para compartilhar a sua condição humana com os outros, dando-se a si próprio, como fariam os meus Tupinambá. Os que não tem nada que dividir repartem com os outros as suas pessoas – o ponto de partida e de chegada da filosofia de <<folk>> dentro da qual organizei a minha primeira forma de sabedoria sobre o homem, a vida e o mundo”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “O menino que eu era vivia essa amalgamação convertendo-se em um ser humano de tipo especial, fascinado pelo luxo de uns ou pela pompa dos que desciam de carros com motoristas de libré, abrindo as portas, diante do Teatro Municipal ou do Cine Paramount; passando o dia-a-dia oscilando entre a fome e a fartura, trabalhando como se fosse adulto – o código de honra de ninguém evitava esse <<fardo da criança>> - e tendo de admitir que a limpeza exigente de minha mãe não excluía a presença das baratas, a roupa remendada e larga – ganha de famílias generosas ou herdada dos mais velhos – a intolerância destes e a fulga pelo sonho. Em suma, para os que gostam de um toque artístico, um <<mundo>> de Dickens ou de Carlitos, rebentado como uma floração de belle époque provinciana”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “A minha socialização prebéia poderia ser mais rica. Porém, o submundo dentro do qual circulava, de engraxates, entregadores de carne, aprendizes de barbeiro ou de alfaiates, balconistas de padarias, copeiros, garçons, ajudantes de cozinheiro, etc., fechava-se dentro de um círculo pobre. Os seus componentes não acompanhavam com ardor os conflitos operários e com freqüência formavam a própria opinião através das pessoas a que serviam ou de jornais sensacionalistas”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Pretendia fazer, não me lembro por que – se é que cheguei a saber – o curso de Engenharia Química, na Politécnica. Contudo, teria de ser aluno de tempo integral, o que me era impossível, pois tinha de manter a casa. A escolha das Ciências Sócias e Políticas correu por conta das oportunidades que coincidiam com os meus interesses intelectuais mais profundos. No caso, a <<escolha de uma profissão>> quase não contou. Queria ser professor e poderia atingir esse objetivo através de vários cursos. O meu vago socialismo levou-me a pensar que poderia conciliar as duas coisas, a necessidade de ter uma profissão e o anseio reformista de <<modificar a sociedade>>, cuja natureza eu não conhecia bem, mas me impulsionava na escolha das alternativas. Decidi-me pela secção de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Esta herdava um <<bicho da cidade>>, em processo de desabrochamento intelectual e da descoberta de si mesmo. Seguindo a ótica atual, alguém poderia escrever: o lumpen-proletariado chega à Universidade de São Paulo. Todavia não era o lumpen-proletariado que chegava lá; era eu, o filho de uma ex-lavadeira, que não diria para a cidade de São Paulo<<agora nós>>, como um célebre personagem de Balzac. Eu levava comigo intenções puras, o ardor de aprender e, quem sabe, de tornar-me um professor de escola secundária”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “A cultura dos meus mestres estrangeiros me intimidava. Eu pensava que jamais conseguiria igualá-los. O padrão era demasiado alto para nossas potencialidades provincianas – para que o ambiente poderia suportar – e especialmente para mim, com a minha precária bagagem intelectual e as dificuldades materiais com que me defrontava, as quais roubavam grande parte do meu tempo e das minhas energias do que gostaria de fazer. Contudo, como me propunha a ser um professor de nível médio, as frustrações e os obstáculos não interferiam no meu rendimento possível. O desafio era trabalhado psicologicamente e, na verdade, reduzido à sua expressão mais simples: as exigências diretas das aulas, das provas e dos trabalhos de aproveitamento. Com isso, empobrecia o meu horizonte intelectual e humano. No entanto, não poderia sobrepujar-me e resolver os meus problemas concretos sem essa redução simplificadora, que se corrigiu por si própria, na medida em que progredi como estudante e adquiri uma nova estatura psicológica. Em suma, o Vicente que eu fora estava finalmente morrendo e nascia em seu lugar, de forma assustadora para mim, o Florestan que eu iria ser”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Na esfera humana, a experiência universitária iria produzir aos poucos seus efeitos psicossociais e intelectuais. Seria preciso, aí, distinguir dois planos. O das relações com os colegas; e o das relações com os professores. Quanto ao primeiro plano, a chamada lógica dos pequenos números não simplificou a minha trajetória, ela a complicou, tornando mais difícil a minha aceitação pelos colegas. Eu era como que um estranho e, a vários respeitos, um intruso. O núcleo daquele pequeno grupo não só procedia de famílias tradicionais de classe média ou alta. Ele era composto por estudantes que vinham do pré e que tinham, portanto, laços intensos de camaradagem e de solidariedade intelectual. Se não se revelaram hostis, também não abriram as comportas do seu <<círculo>>. Eu ficava de fora e sentia que não me cabia alterar as regras táticas do jogo, o que tornaria meu forte cheiro de ralé insuportável. Deixei que o tempo corresse, sem abrandar o meu caráter agreste, nascido na insegurança e da inexperiência. Também nunca me fizeram algo de que me devesse queixar, em termos de boas maneiras ou dos mínimos que regulam a convivência formal dos estudantes de uma mesma classe. O que quebrou o gelo foi a situação de convivência comum, prolongada e destituída de áreas pessoais de conflito”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “A outros respeitos, a Escola Livre valeu-me como experiência pedagógica nova por três razões especiais. Primeiro, foi nela que conheci e convivi com um professor como Herbert Baldus, um homem generoso e de inteligência invulgar, sempre pronto para estimular os jovens de talento ou para apoiar inovações promissoras. Ficamos amigos íntimos para o resto da vida. Segundo, o seminário do Dr. Donald Pierson dava-me azo para estudar melhor a célebre <<escola de Chicago>>, da qual ele se considerava um representante. Dadas as analogias entre Chicago e São Paulo e os nossos propósitos de expandir aqui a investigação sociológica, a tentativa de converter Chicago em um laboratório (ou um campo especial de trabalho concentrado dos sociólogos) atraía o melhor da minha imaginação. Terceiro, ao corpo docente da Escola Livre pertenciam professores brasileiros recém-chegados dos Estados Unidos. Inscrevi-me nos cursos de Mário Wagner Vieira da Cunha e Octávio da Costa Eduardo, pois estava curioso em verificar até onde haviam chegado, realizando a pós-graduação e o doutoramento em algumas das melhores universidades norte-americanas. O problema, para mim, consistia em indagar se se podia fazer a mesma coisa a partir da Universidade de São Paulo e, nesta hipótese, que estratégia (ou estratégias) se deveria montar. Uma avaliação que, quando chegou o momento, me ajudou a imprimir uma diretriz diversa da que prevalecia antes (e à qual fora submetido), na orientação dos candidatos a doutoramento. Além desses três pontos, a Escola Livre ficou presa à minha carreira acadêmica. Nela enfrentei e venci o primeiro <<ritual>> por que deveria passar, para a obtenção do grau de mestre em Ciências Sociais (em 1947, com A Organização social dos Tupinambá). Esse não é um liame secundário, mesmo depois de rompidos os vínculos com a profissão”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Tudo isso indica que, no inicio da década de 50, o período de formação chegava ao fim e, simultaneamente, revelava os seus frutos maduros. Eu já estava terminando a redação de A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá e dispunha de condições não só para colaborar com Bastide em uma pesquisa tão complexa como a que fizemos sobre o negro em São Paulo, mas para ser encarregado do planejamento da mesma e da redação do projeto de investigação. Estávamos em uma nova era, para mim, e as minhas responsabilidades sofriam uma transformação rápida, quantitativa e qualitativa. Graças à transferência para a Cadeira de Sociologia I (oficializada em 1952) e, em seguida, ao contrato como professor em substituição a Roger Bastide, eu me via diante da oportunidade de contar com uma posição institucional para pôr em prática as concepções que formara a respeito do ensino da Sociologia e da investigação sociológica. Converti essa cadeira (como se verá adiante) em um pião para atingir fins que são inacessíveis ao professor e ao investigador isolados”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Mais importante, quanto ao meu futuro e à evolução da cadeira de Sociologia I, foi a revisão a que submeti minhas idéias sobre a estratégia de trabalho recomendável ao sociólogo brasileiro, tendo em vista suas possibilidades de contribuição original ao desenvolvimento de teoria sociológica e à solução (ou, pelo menos, ao equacionamento sociológico) dos problemas sociais e dos dilemas históricos do país. Pareceu-me que devíamos optar por uma franca especialização, pela qual se desse maior amplitude empírica e teórica às condições particulares ou específicas de uma sociedade capitalista subdesenvolvida e sujeita aos controles externos”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Apesar da minha condição de socialista militante, não tentei vincular a estratégia de trabalho apontada exclusivamente ao marxismo. Tanto no plano do ensino quanto no da pesquisa não procurei romper com o ecletismo, herdado dos professores europeus e posto por mim em uma outra órbita, com uma compreensão mais rigorosa da interdependência dos vários modelos de explicação na Sociologia. Evoluí rapidamente, portanto, para um ecletismo balanceado e que convergia, criticamente, para o significado lógico e empírico específico de cada solução metodológica e de cada contribuição teórica. Em termos operacionais, deixava o campo aberto para que os estudantes e os pesquisadores jovens pudessem receber um treino sociológico capaz de prepará-los, de fato, para colocarem em prática a estratégia de trabalho mencionada. Pelo menos três campos da sociologia saíram privilegiados – o da Sociologia Descritiva, o da Sociologia Comparada e o da Sociologia Diferencial ou Histórica – e o adestramento sociológico precisaria cobrir, naturalmente, pelo menos esses três campos. Não obstante, o caminho percorrido envolvia rupturas profundas. Primeiro, com minhas ambições científicas anteriores. De início, senti-me fortemente inclinado a concentrar-me nos problemas teóricos da Sociologia e vários dos meus ensaios revelam essa preocupação, pela qual, no fundo, o <<colonizado>> procurava igualar-se ao <<colonizador>>”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Foi, portanto, sob forte perturbação intelectual e emocional que me defrontei com algo que, para mim, pareceu uma realidade: a descoberta de que pertenço a uma geração perdida, um conjunto de intelectuais que enfrentou os seus papéis e, em sentido concreto, cumpriu suas tarefas. Mas, nem por isso, chegou a atingir os seus objetivos e a ver o seu talento aproveitado pela sociedade”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Portanto, a instituição – digamos: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, a Universidade de São Paulo, a Escola Livre de Sociologia e Política – não deve ser vista em si por si mesma, isoladamente. Ela expunha o intelectual em formação a uma segregação espacial e a um isolamento cultural, que eram irremediáveis mas também eram produtivos; porém ela interagia com a sociedade. A cidade a provocava de várias maneiras e era para a cidade, em última análise, que ela funcionava, se não a cidade como um todo, pelo menos os centros onde as forças sociais de conservantismo, de reforma e de revolução operavam com maior intensidade ou com alguma virulência”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “As classes burguesas cerram os olhos diante das duas realidades ou lançam-se ao combate para que elas se tornem possíveis, pois lhes cabe esse triste papel de associar a anulação da revolução nacional à industrialização maciça, à aceleração do desenvolvimento capitalista e à absorção das empresas multinacionais. O intelectual divergente, considere-se ou não parte da burguesia, tem de seguir outro caminho. Para explicar-se, ele precisa começar pela verdade – não uma parte da verdade, mas toda a verdade. Todavia, fazer isso não é o mesmo que procurar uma justificação. Ao contrario, é repor o intelectual no circuito das relações e dos conflitos de classes, para poder descobrir como e por que numa sociedade capitalista dependente mesmo a intelligentsia crítica e militante é importante, enquanto as forças de transformação ou de destruição dessa sociedade não chegam constituir-se e a operar revolucionariamente, engendrando ou uma ordem burguesa efetivamente democrática ou uma transição para o socialismo. Por sua vez, de nada adiantaria uma retórica ultra-radical, de condenação e expiação: o intelectual não cria o mundo no qual vive. Ele já faz muito quando consegue ajudar a compreendê-lo e a explicá-lo, como ponto de partida para a sua alteração real”.
- Fonte: FERNANDES, FLORESTAN. A Sociologia no Brasil. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • “Não me preparei para ser um universitário, mas fui universitário no sentido pleno da palavra. A tal ponto que quando deixei de ser universitário, fiquei desarvorado. Eu não sei pra onde vou. Estou numa crise que é psicológica, é moral e é política... (pois) ...perdi um ponto de referência e de identidade que poderia ser muito vantajoso para minha sobrevivência e o meu trabalho”.
- Fonte: Entrevista de Florestan Fernandes. Transformação, Assis, 1975. p.74.
  • "Minha família não quer mais ver o nome de meu pai vinculado ao instituto. Pelos valores éticos que ele sempre defendeu, não merece tudo isso."
- Florestan Fernandes Jr., anunciando que vai pedir a mudança do nome do Instituto Florestan Fernandes depois que a entidade foi envolvida em um esquema para beneficiar aliados políticos do PT
- Fonte: Revista Veja, Edição 1954