Fantasia é uma situação imaginada por um indivíduo ou grupo que não tem qualquer base na realidade, mas expressa certos desejos ou objectivos por parte do seu criador.



- La fantasia è tanto più robusta quanto più debole è il raziocinio.
- Principi di Scienza nuova‎ - Página 137, de Giambattista Vico - G. Truffi, 1831
  • "Abandonei a minha busca pela verdade, e agora estou procurando uma boa fantasia"
- I have abandoned my search for truth, and am now looking for a good fantasy.
- título da obra "I have abandoned my search for truth, and am now looking for a good fantasy: more brilliant thoughts", de Ashleigh Brilliant - Woodbridge Press Pub. Co., 1980, ISBN 0912800909, 9780912800905 - 160 páginas
  • "Dotado desse fino tato que o solitário adquire graças às suas perpétuas meditações e à visão apurada com que capta as coisas que caem em sua esfera, Eugênia, habituada pelo infortúnio e por sua educação dos últimos tempos a tudo advinhar, sabia que o presidente desejava a sua morte para ver-se de posse daquela imensa fortuna, acrescida ainda mais pelas heranças de seu tio abade, que Deus teve a fantasia de chamar a si."
- Honoré de Balzac; Eugênia Grandet
  • "Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!"
- Clarice Lispector; A paixão segundo G.H.
  • “Ligo a televisão. Plumas, pedrarias, dourados – é o desfile do carnaval milionário. Os holofotes estão tontos, tonto o cinegrafista porque os apelos são excessivos, tudo é importante, focalizar o passista é perder a mulata que já vem vindo no auge, fantasia de estrela, hora e vez da estrela no carro de glória mas cuidado! Lamês e lantejoulas não cubram os seios, o ventre, o traseiro – câmera abre no traseiro rebolante.”
- Lygia Fagundes Telles; A disciplina do amor
  • "Ao contrário das fantasias dos fundamentalistas, não houve conversão no leito de morte, nenhum refúgio de última hora numa visão consoladora do céu ou uma vida após a morte. Para Carl, o que mais importava era a verdade, e não apenas aquilo que poderia fazer com que nos sentíssemos melhor. Mesmo nessa hora, quando qualquer um seria perdoado por se afastar da realidade de nossa situação, Carl foi inabalável".
- Contrary to the fantasies of the fundamentalists, there was no deathbed conversion, no last minute refuge taken in a comforting vision of a heaven or an afterlife. For Carl, what mattered most was what was true, not merely what would make us feel better. Even at this moment when anyone would be forgiven for turning away from the reality of our situation, Carl was unflinching. As we looked deeply into each other's eyes, it was with a shared conviction that our wondrous life together was ending forever
- Ann Druyan, esposa de Carl Sagan, em epílogo do livro "Billions and billions: thoughts on life and death at the brink of the millennium" - página 225, Carl Sagan, Random House, 1997, ISBN 0679411607, 9780679411604, 241 páginas
  • "Homens maus fazem o que os bons só fantasiam."
- For bad men do what good men only dream.
- The collected Ewart, 1933-1980: poems‎ - Página 182, Gavin Ewart - Hutchinson, 1982, ISBN 0091410010, 9780091410018 - 412 páginas
  • "Questiono-me se a guerra não é provocada senão pelo único objectivo de permitir ao adulto voltar a ser criança, regredir com alívio à idade das fantasias e dos soldadinhos de chumbo".
- Je me demande si la guerre n'éclate pas dans le seul but de permettre à l'adulte de faire l'enfant, de régresser avec soulagement jusqu'à l'âge des panoplies et des soldats de plomb
- Le roi des Aulnes: roman‎ - Página 309, de Michel Tournier - Publicado por Gallimard, 1970 - 395 páginas
  • "...se confundirmos o dedo apontado com a lua para a qual ele aponta, certamente nos perdemos. O Fato deve ser abordado com base nos fatos; não pode ser conhecido por meio de palavras, ou por fantasias inspiradas em palavras. O reino do céu pode ser destinado a existir 'na terra'; não pode ser destinado a existir em nossa imaginação ou em nosso raciocínio discursivo. Tem de haver uma mortificação (...) da nossa tendência fatal para colocar produtos de nossa imaginação no lugar da natureza. Temos de nos livrar de nosso catálogo de simpatias e antipatias, dos modelos verbais aos quais esperamos adaptar a realidade, das fantasias nas quais nos refugiamos quando os fatos não atingem nossas expectativas..."
- Aldous Huxley; Os Demônios de Loudun, 1952

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