Julian Assange

jornalista e ativista australiano

Julian Paul Assange (1971 -) é um jornalista e ciberativista australiano, atualmente morando na embaixada do Equador no Reino Unido. É um dos nove membros do conselho consultivo do Wikileaks, um wiki de denúncias e vazamento de informações. É também o principal porta-voz do site.

Julian Assange
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Julian Assange em outros projetos:


  • "Espero que as pessoas julguem alguém não pelo calibre de seus amigos, mas de seus inimigos."
- Fonte: Famoso hacker diz ter informações que “abalariam as eleições no Brasil”, Época, [1], Acessado em 09/11/2010


Sobre a espionagem dos EUA no Brasil editar
  • "A estatística de um dos programas da NSA [National Security Agency] mostra que os EUA interceptam mais sobre o Brasil do que sobre qualquer outro país latino-americano, pelo tamanho econômico, número de empresas americanas, contratos de equipamento, petróleo."
- Fonte: SÁ, Nelson. Entrevista Julian Assange. Internet levará à distopia ou a uma cultura mais forte. Folha de São Paulo, Caderno Ilustrada, p. E1, 23 de setembro de 2013. Disponível em: [2] Acessado em 16/09/2013
  • "O problema de comprar equipamento de criptografia para a Petrobras ou a presidente é: você pode confiar no fornecedor? Os EUA são especializados em se infiltrar no chip dos equipamentos criptográficos. O que o país precisa é conseguir o talento brasileiro para suas próprias agências de criptografia, para que desenvolvam tecnologia que seja confiável."
- Fonte: SÁ, Nelson. Entrevista Julian Assange. Internet levará à distopia ou a uma cultura mais forte. Folha de São Paulo, Caderno Ilustrada, p. E1, 23 de setembro de 2013. Disponível em: [3] Acessado em 16/09/2013
Internet e nova sociedade editar
  • "Se a internet, por um lado, ampliou imensamente o poder dos Estados Unidos como Estado, por outro também produziu uma nova sociedade. É um tempo muito interessante, porque ou vamos derivar para essa distopia ou para esta nova cultura internacional fortalecida, que vai fornecer uma força prática e política de equilíbrio."
- Fonte: SÁ, Nelson. Entrevista Julian Assange. Internet levará à distopia ou a uma cultura mais forte. Folha de São Paulo, Caderno Ilustrada, p. E1, 23 de setembro de 2013. Disponível em: [4] Acessado em 16/09/2013
Cypherpunks editar
  • "A internet, nossa maior ferramenta de emancipação, está sendo transformada no mais perigoso facilitador do totalitarismo que já vimos."
- Fonte: ASSANGE, Julian. Um chamado à luta criptográfica in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • " O Estado, tal qual um exército ao redor de um poço de petróleo ou um agente alfandegário forçando o pagamento de suborno na fronteira, logo aprenderia a alavancar seu domínio sobre o espaço físico para assumir o controle [da internet]."
- Fonte: ASSANGE, Julian. Um chamado à luta criptográfica in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "A criptografia é a derradeira forma de ação direta não violenta."
- Fonte: ASSANGE, Julian. Um chamado à luta criptográfica in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "Uma criptografia robusta é capaz de resistir a uma aplicação ilimitada de violência. Nenhuma força repressora poderá resolver uma equação matemática."
- Fonte: ASSANGE, Julian. Um chamado à luta criptográfica in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "Se voltarmos àquela época, no início dos anos 1990, quando tivemos a ascensão do movimento cypherpunk como uma reação às proibições da criptografia por parte do Estado, muitas pessoas acreditavam no poder da internet de proporcionar comunicações muito mais livres de censura se em comparação com a grande mídia. Mas os cypherpunks sempre souberam que, na verdade, com isso também vinha o poder de vigiar todas as comunicações. Temos agora uma maior comunicação versus uma maior vigilância. Uma maior comunicação significa que temos mais liberdade em relação às pessoas que estão tentando controlar as ideias e criar o consenso, e uma maior vigilância significa exatamente o contrário."
- Fonte: ASSANGE, Julian. Maior comunicação versus maior vigilância in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "Em 2011, em um manual que foi um dos documentos mais importantes utilizados na Revolução Egípcia, a primeira e a última páginas recomendavam: "Não use o Twitter nem o Facebook" para distribuir o manual. Mesmo assim, muito egípcios usaram o Twitter e o Facebook. Eles só sobreviveram porque a revolução foi um sucesso. Caso contrário, essas pessoas estariam numa posição muito, muito difícil."
- Fonte: ASSANGE, Julian. Maior comunicação versus maior vigilância in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "Quando nos comunicamos por internet ou telefonia celular, que agora está imbuída na internet, nossas comunicações são interceptadas por organizações militares de inteligência. É como ter um tanque de guerra dentro do quarto. É como ter um soldado entre você e a sua mulher enquanto vocês estão trocando mensagens de texto. Todos nós vivemos sob uma lei marcial no que diz respeito às nossas comunicações, só não conseguimos enxergar os tanques - mas eles estão lá."
- Fonte: ASSANGE, Julian. A militarização do Ciberespaço in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "Então agora se sabe com certeza que a tecnologia viabiliza a vigilância total de todas as comunicações. Temos, então, o outro lado da moeda, que é o que fazer com isso. Seria possível admitir algumas utilizações legítimas para a chamada vigilância tática – investigadores atrás de criminosos e de suas redes poderiam precisar usar, sob a supervisão da autoridade judicial, ferramentas como essas –, mas a questão é em que ponto traçar os limites para essa supervisão judicial, em que ponto traçar os limites para o controle que os cidadãos podem ter sobre a utilização dessas tecnologias. Essa é uma questão política."
- Fonte: ASSANGE, Julian. A militarização do Ciberespaço in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "A interceptação dos metadados implica a necessidade de construir um sistema que intercepte fisicamente todos os dados e depois os jogue fora, mantendo apenas os metadados. Mas não é possível confiar em um sistema assim. Não há como saber se ele de fato está interceptando e armazenando todos os dados sem engenheirosaltamente capacitados com autorização de verificar exatamente o que está acontecendo, e não há interesse político nenhum em conceder esse tipo de acesso."
- Fonte: ASSANGE, Julian. A militarização do Ciberespaço in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "Um celular é um dispositivo de monitoramento que também faz ligações."
- Fonte: ASSANGE, Julian. A militarização do Ciberespaço in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.
  • "É assim que se garante que não teremos regimes totalitaristas – as pessoas estão armadas e, caso se irritem o suficiente, simplesmente pegam suas armas e retomam o controle pela força. É interessante refletir se esse argumento continua válido nos dias de hoje, devido à evolução dos tipos de armamentos que tem ocorrido nos últimos trinta anos. De acordo com essa declaração, a codificação – comunicar-se em códigos criptográficos secretos para evitar a espionagem por parte do governo – de fato poderia ser considerada uma arma."
- Fonte: ASSANGE, Julian. A militarização do Ciberespaço in Cypherpunks. Boitempo Editorial. São Paulo, 2013.