Albert Camus: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
AnankeBot (discussão | contribs)
ArthurBot (discussão | contribs)
m Bot: Modificando: uk:Альбер Камю; mudanças triviais
Linha 16:
----
 
== O mito de sísifo ([[1942]]) ==
: ''CAMUS, Albert. ''O mito de sísifo''. São Paulo: Record, 2004''
 
* "Começar a [[pensamento|pensar]] é começar a ser atormentado." (p. 18)
 
* "[[morte|Morrer]] por vontade própria supõe que se reconheceu, mesmo instintivamente, o [[caráter]] ridículo desse [[costume]], a ausência de qualquer motivo profundo para viver, o caráter insensato da agitação cotidiana e a inutilidade do [[sofrimento]]." (p. 19)
 
* "Cenários desabarem é coisa que acontece. Acordar, bonde, quadro horas no [[escritório]] ou na [[fábrica]], almoço, bonde, quatro horas de trabalho, jantar, sono e segunda terça quarta quinta sexta e sábado no mesmo ritmo, um percurso que transcorre sem problemas a maior parte do [[tempo]]. Um belo [[dia]], surge o “por quê” e tudo começa a entrar numa lassidão tingida de assombro. “Começa”, isto é o importante. A lassidão está ao final dos atos de uma vida maquinal, mas inaugura ao mesmo tempo um [[movimento]] da [[consciência]]. Ela o desperta e provoca sua continuação. A continuação é um retorno [[inconsciente]] aos grilhões, ou é o despertar definitivo. Depois do despertar vem, com o tempo, a conseqüência: suicídio ou restabelecimento." (p. 27)
 
* "Uma coisa apenas: essa densidade e essa estranheza do [[mundo]], isto é o absurdo." (p. 29)
 
* "No plano da [[inteligência]], posso então dizer que o absurdo não está no [[homem]] (se semelhante metáfora pudesse ter algum sentido) nem no [[mundo]], mas na sua presença comum." (p. 45)
 
* "A negação é o [[Deus]] dos existencialistas." (p. 55)
 
* "O absurdo me esclarece o seguinte ponto: não há [[amanhã]]." (p. 70)
 
* "O [[homem]] cotidiano não gosta de demorar. Pelo contrário, tudo o apressa. Ao mesmo tempo, porém, nada lhe interessa além de si mesmo, principalmente aquilo que poderia ser." (p. 92)
 
* "A expressão começa onde o pensamento acaba." (p. 114)
 
* "Saber se o [[homem]] é livre exige saber se ele pode ter um amo. A absurdidade particular deste [[problema]] é que a própria noção que possibilita o problema da [[liberdade]] lhe retira, ao mesmo [[tempo]], todo o seu sentido. Porque diante de [[Deus]], mais que um problema da [[liberdade]], há um problema do [[mal]]. A alternativa conhecida: ou não somos livres e o responsável pelo mal é Deus todo-poderoso, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é todo-poderoso. Todas as sutilezas das [[escola]]s nada acrescentaram nem tiraram de decisivo a este paradoxo."
 
* "Deixo Sísifo no sopé da montanha! Encontramos sempre o nosso fardo. Mas Sísifo ensina a fidelidade superior que nega os deuses e levanta os rochedos. Ele também julga que tudo está bem. Esse universo enfim sem dono não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada estilhaço mineral dessa montanha cheia de noite, forma por si só um mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta para encher um coração de homem. É preciso imaginar Sísifo feliz."
 
* "Não há destino que não se transcenda pelo desprezo."
 
* "Uma atitude saudável inclui também defeitos."
 
* "Um homem sem memória é um homem sem passado. Mas um homem que não sabe fantasiar é um homem sem futuro."
 
* "Sim, o homem é o seu próprio fim. E é o seu único fim."
Linha 53:
* "Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida é responder uma questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vem depois. Trata-se de jogos; é preciso primeiro responder. E se é verdade, como quer Nietzsche, que um filósofo, para ser estimado, deve pregar com o seu exemplo, percebe-se a importância dessa reposta, porque ela vai anteceder o gesto definitivo. São evidências sensíveis ao coração, mas é preciso ir mais fundo até torná-las claras para o espírito. Se eu me pergunto por que julgo que tal questão é mais premente que tal outra, respondo que é pelas ações a que ela se compromete. Nunca vi ninguém morrer por causa do argumento ontológico. Galileu, que sustentava uma verdade científica importante, abjurou dela com a maior tranqüilidade assim que viu sua vida em perigo. Em certo sentido, fez bem. Essa verdade não valia o risco da fogueira. Qual deles, a Terra ou o Sol gira em redor do outro, é-nos profundamente indiferente."
 
* "O [[absurdo]] é a [[razão]] lúcida que constata os seus [[limite]]s".
::- ''L'absurde, c'est la raison lucide qui constate ses limites''
:::- ''Le mythe de Sisyphe‎ - Página 70, de [[Albert Camus]] - Publicado por Gallimard, 1960 - 187 páginas''
 
== Homem Revoltado ==
 
* "O [[ateísmo]] [[marxista]] é absoluto. No entanto, ele restabelece o ser supremo ao nível do [[homem]]. A crítica da [[religião]] chega a esta doutrina na qual o homem é para o homem o ser supremo. Sob este ângulo, o [[socialismo]] é um empreendimento de divinização do homem e adquiriu certas características das religiões tradicionais."
Linha 69:
* "Certa manhã, após tantos desesperos, uma irreprimível vontade de viver virá anunciar-nos que tudo acabou e que o sofrimento não possui mais sentido do que a felicidade."
 
== A Queda ==
 
* "... Ser Senhor dos seus humores é o privilégio dos grandes animais."
 
* "Nós não estamos senão mais ou menos em todas as coisas."
 
* "Em cada caso, minha sensualidade, para só falar dela, era tão real que, mesmo por uma aventura de dez minutos, eu renegaria pai e mãe, mesmo que se tivesse de lamentá-lo amargamente. Que digo eu! Sobretudo por uma aventura de dez minutos, e mais ainda, se eu tivesse a certeza de que ela não teria futuro. Eu tinha princípios, é claro; por exemplo: a mulher dos amigos era sagrada. Simplesmente, eu deixava, com toda sinceridade, alguns dias antes, de ter amizade pelos maridos."
 
* "A idéia mais natural para o homem, a que lhe surge ingenuamente, como no fundo da sua natureza, é a idéia da sua inocência. Sob esse aspecto, somos todos como aquele francesinho que, em Buchenwald, teimava em querer apresentar um reclamação ao escrivão, prisoneiro como ele, que registrava sua chegada. Uma reclamação? O escrivão e os seus colegas riam: 'Inútil, meu velho. Aqui, não se reclama.' 'Mas, veja bem, meu senhor', dizia o francesinho, 'o meu caso é excepcional. Sou inocente!'"
 
* "Não é necessário existir Deus para criar a culpabilidade, nem para castigar. Para isso, bastam os nossos semelhantes, ajudados por nós mesmos. O senhor me falava do Juízo Final. Permita-me rir disso respeitosamente. Posso esperá-lo com tranqüilidade: conheci o que há de pior, que é o julgamento dos homens."
 
* "Não podemos afirmar a inocência de ninguém, ao passo que podemos afirmar com segurança a culpabilidade de todos. Cada homem é testemunha do crime de todos os outros, eis a minha fé e a minha esperança."
 
* "Se os proxenetas e os ladrões fossem sempre condenados em toda parte, as pessoas de bem, julgar-se-iam todas e incessantemente inocentes."
Linha 99:
* "Caminho noites inteiras e sonho, ou falo sozinho interminavelmente."
 
== O Estrangeiro ==
 
* "Compreendi, então, que um homem que houvesse vivido um único dia, poderia sem dificuldades passar 100 anos numa prisão. Teria recordações suficientes para não se entediar. De certo modo, isto era uma vantagem."
Linha 115:
* "Hoje, morreu mamãe, Ou talvez, ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: sua mãe faleceu. Enterro amanhã. Sentidos pêsames. Isto não esclarece nada. Talvez tenha sido ontem."
 
== A morte feliz ==
 
* "Ao imaginar alguns recomeços, ao tomar consciência de sua vida passada, tinha definido o que queria e o que não queria ser. (...) decidido a aproveitar o impulso para se instalar (...)para harmonizar sua respiração com o ritmo profundo do tempo e da vida."
Linha 123:
* "Tenho certeza(...) de que não se pode ser feliz sem dinheiro. Só isso. Não gosto nem da facilidade, nem do romantismo. Gosto de compreender. Pois bem, reparei que em certas pessoas da elite há uma espécie de esnobismo espiritual em acreditar que o dinheiro não é necessário à felicidade. É bobagem, está errado e, de certa forma, é covardia."
 
== A peste ==
 
* "Sabiam agora que, se há qualquer coisa que se pode desejar sempre e obter algumas vezes, essa qualquer coisa é a ternura humana."
Linha 147:
* "Essa tristeza era também sua e o aperto que sentia no coração nesse momento era a imensa cólera que surge no homem diante da dor que todos os homens compartilham."
 
== Núpcias ==
 
* "Penso agora em flores, sorrisos, desejo de mulher, e compreendo que todo o meu horror de morrer está contido em meu ciúme de vida. Sinto ciúme daqueles que virão e para os quais as flores e o desejo de mulher terão todo o seu sentido de carne e de sangue. Sou invejoso porque amo demais a vida para não ser egoísta... Quero suportar minha lucidez até o fim e contemplar minha morte com toda a exuberância de meu ciúme e de meu horror."
Linha 153:
* "O meu reino é todo deste mundo."
 
== Calígula ==
 
* "O mundo assim como está não é suportável, por conseguinte, preciso da lua, da felicidade ou da imortalidade, de qualquer coisa que seja loucura, talvez, mas que não pertença a este mundo."
 
== Cadernos ==
 
* "Não há uma coisa que se faça por um ser (que se faça verdadeiramente) que não negue um outro. E quando não nos podemos resignar a negar os seres, há uma lei que nos estiriliza para sempre. De certo modo, amar um ser é matar todos os outros."
 
== Atribuídas ==
 
* "[[Charme]] é conseguir a resposta 'sim' sem ter feito nenhuma pergunta clara".{{carece de fontes}}
 
* "Uma [[imprensa]] livre pode, é claro, ser boa ou má, mas uma imprensa sem [[liberdade]] é sempre má".{{carece de fontes}}
 
* "[[Outono]] é outra [[primavera]], cada folha uma [[flor]]."{{carece de fontes}}
 
* "Antes, a questão era descobrir se a [[vida]] precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado."{{carece de fontes}}
 
* "O [[homem]] é a única criatura que se recusa a ser o que é."{{carece de fontes}}
 
* "O significado da [[vida]] é a mais urgente das questões."{{carece de fontes}}
 
* "A grandeza consiste em tentar ser grande. Não há outro meio."{{carece de fontes}}
 
* "Nenhum [[homem]] é [[hipocrisia|hipócrita]] nos seus [[prazer]]es."{{carece de fontes}}
 
* "Não quero ser um [[génio]]... Já tenho problemas suficientes ao tentar ser um [[homem]]."{{carece de fontes}}
 
* "Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade."{{carece de fontes}}
 
* "Já é vender a [[alma]] não saber contentá-la."{{carece de fontes}}
 
* "O [[homem]] tem duas [[face]]s: não pode [[amor|amar]] ninguém, se não se amar a si próprio."{{carece de fontes}}
 
* "Fazer [[sofrimento|sofrer]] é a única maneira de nos enganarmos."{{carece de fontes}}
 
* "O [[heroí]]smo de pouco vale, a [[felicidade]] é mais difícil."{{carece de fontes}}
 
* "A [[política]] e os [[destino]]s da [[humanidade]] são forjados por [[homens]] sem ideais nem grandeza. Aqueles que têm grandeza interior não se encaminham para a política."{{carece de fontes}}
 
* "Os [[tristeza|tristes]] têm duas razões para o ser: [[ignorância|ignoram]] ou [[esperança|esperam]]"{{carece de fontes}}
 
* "[[amor|Amar]] é... [[sorriso|sorrir]] por nada e ficar [[tristeza|triste]] sem motivos, / é sentir-se só no meio da multidão, / é o [[ciúme]] sem sentido, / o [[desejo]] de um [[carinho]]; / é abraçar com certeza e beijar com vontade, / é passear com a [[felicidade]], / é ser feliz de [[verdade]]!"{{carece de fontes}}
 
* "A [[juventude]] é sobretudo uma soma de possibilidades."{{carece de fontes}}
 
* "Criar é dar forma ao próprio [[destino]]"{{carece de fontes}}
 
* "Não há [[amor]] generoso senão aquele que se sabe ao mesmo tempo passageiro e singular."
:- ''Fonte: [http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/frases/coletanea-02.html Coletânea de Pensamentos]''
 
Linha 244:
[[sr:Албер Ками]]
[[tr:Albert Camus]]
[[uk:Камю Альбер Камю]]
[[zh:阿爾貝·加繆]]