Pierre Michon: diferenças entre revisões

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'''[[w: Pierre Michon | Pierre Michon]]''',nascido em [[28 de março]] de [[1945]], é um importante escritor francês.
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*"O que é um pintor, além do acaso do talento pessoal ? É sem dúvida alguém cujo excessivo apetite de ascensão social se desencaminhou numa prática que ultrapassa as distinções sociais, e que desde então nenhuma notoriedade poderá preencher : tal é a aventura do pintor que nestas páginas leva o nome de [[Goya]].’’
 
:-Qu’est-ce qu’un grand peintre, au-delà des hasards du talent personnel ?C’est quelqu’un sans doute dont le trop violent appétit d’élévation sociale s’est fourvoyé dans une pratique qui outrepasse les distinctions sociales, et que dès lors nulle renommée ne pourra combler : telle est l’aventure du peintre qui dans ces pages porte le nom de Goya.
 
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*"Goya pegou o seu chapéu em cima do tamborete onde ele o havia lançado, e assentou-se lentamente, olhando o chapéu nas mãos. Ele se pôs a pensar lentamente.Pensou num [[burro]] sem dúvida morto há muito tempo e lançado aos [[cachorros]], a quem havia falado de Rafael, mas rindo às gargalhadas com suas grandes orelhas ; ele pensou num cachorro vesgo que tinha medo dos santos coxos de Francisco Goya ; ele pensou nas bochechas azuis dos camponeses aragonêses, nas bochechas louras dos príncepes de Habsbourg, nas bochechas azuis dos príncipes Bourbons ;(…) ele pensou que os reis são melhores ou piores do que os outros homens, se eles precisam, ao se levantarem a cada manhã, de uma avalanche de espectros na [[cabeça]]. Em pensou nos muitos caminhos percorridos inutilmente.(…)Ele lembrou-se de tudo isto, enquanto o seu chapéu dava voltas maquinalmente em suas mãos. Por fim ele ergueu a cabeça na direção dessas grandes coisas enfáticas que parecem homens.’’
 
:-"Goya prit sur le tabouret où il l’avait jeté son tricorne, et s’assit doucement, ce tricorne entre les mains, qu’il regardait Il se mit à penser doucement. Il pensa à un âne depuis longtemps sans doute mort et jeté aux chiens, à qui il avait parlé de Raphaël, honteux mais plié de rire sur les grandes oreilles ; il pensa à un chien borgne qui avait peur des saints boiteux de Francisco Goya ; il pensa à des paysans aragonais, les joues bleues, à des princes Habsbourg aux joues blondes, à des princes Bourbons, les joues bleues ; (…) il pensa que les rois sont meilleurs ou pires que les autres hommes, s’il leur faut chaque matin au lever sur la tête une avalanche de spectres. Il pensa à beaucoup de chemin fait en pure perte. (…) Il fit le tour de cela, tandis que le tricorne entre les mains machinalement tournait. Il releva pour finir la tête vers ces grandes choses emphatiques qui paraissaient des hommes.‘’
 
::- '' Maîtres et serviteurs’’- <ref>Maîtres et serviteurs, Verdier, 1990, pages: 43-44, ISBN 2-86432-110-6</ref>