Luiz Cristóvão dos Santos: diferenças entre revisões

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:- ''[http://www.fundaj.gov.br/docs/text/baiao.html Fundação Joaquim Nabuco]''
 
* "É um homem do [[Pageú]] que agora conquista a casa de [[Carneiro Villela]]"
:- ''Jornal [[Diário de Pernambuco]] - Capa - [[20 de abril]] de [[1972]]''
 
* "A atitude dos estudantes de [[Pernambuco]] é de repulsa a todas as formas de fascismo e é de apoio as formas democraticas de governo."
:- ''Fundação Gilberto Freire''
 
* "Espigado, de falar macio e andar cauteloso de gato do mato, cujo nome varava o [[Sertão]] como uma legenda de bravura."
:- ''Sobre Manuel Neto, Capitão do Esquadrão de Cavalaria de [[Pernambuco]] em [[1940]]''
:- ''Jornal do Commércio - [[02 de Dezembro]] de [[1982]]''
 
* "Nenhum recanto pode se orgulhar de possuir pôr de sol mais belo que esse pedaço de sertão. À tarde o sol se afoga nas nuvens sangrentas do ocaso. E toda cidade parece tocada da estranha beleza daquela hora de luz esmaecida e suave. Faixas de ouro velho correm paralelas por sobre o perfil das serranias que se erguem no horizonte, na meia luz da tarde agonizante. E nuvens tarjadas de roxo e de vermelho fazem o ocaso um quadro de beleza impressionante. Aos poucos a escuridão vai apagando a fogueira do poente. E quando as trevas já dominam o céu fulvo, pedaços de nuvens afogueadas e faixas imensas de luz ainda se debatem contra a noite que se aproxima. Então envolta na claridade mortiça, se destaca no meio de larga praça a imponente Matriz da cidade, construída por um sacerdote ali chegado em 1910."
:- ''Sobre [[Afogados da Engazeira]], cidade da Microregião do Vale do [[Pajeú]].''
:- ''Periodico [[A voz de Pesqueira]] - [[1953]]''
 
 
* "Na verdade ninguém esquece os caminhos da infância. O pequeno país que ficou sepultado na bruma. Todo homem guarda no coração a mensagem que lhe entrou pelos olhos, mal-abertos para os mistérios da vida. O importante, porém, é reconquistar a paisagem perdida. Encontrar, novamente, os velhos caminhos. E por eles andar, de alma alegre, vendo desfilar o rosário das emoções ressuscitadas".
:- ''Sobre a cidade de Arco-Verde[[Arcoverde]]''
:- ''Crônica''
 
* "A princípio o taumaturgo descreveu as delícias do céu, os querubins tocando harpa e uma nuvem de incenso vagando no azul, entre anjos e santos. A multidão ouvia em silêncio, maravilhada e boquiaberta. Então, de repente, o frade mudou. Sacudiu os braços e soltou a maldição terrível: - Homens sem Deus, mergulhados na lama do pecado. Amancebados! Mentirosos! Adúlteros! Arrependei-vos de vossos pecados! - E passou a descrever as torturas do inferno. Labaredas subiam, tochas ardendo, um relógio marcando: Sempre! Sempre! Nunca! Nunca! Que são as horas da Eternidade. E no meio da fornalha, o suplício do fumaceiro de enxofre sufocando tudo. Aí a multidão se abateu, lábias ciciavam. "Eu pecador, me confesso a Deus", almas tremendo de pavor, como corpos sacudidos de maleita. Junto de mim um matuto de Quitimbu tinha os olhos esgazeados. Cheguei mesmo a ver o suor lhe empastando a fronte morena. Uma velha traçou o xale com força, cobrindo a cabeça tôda, temendo a baforada do satanás. E ao meu lado um soldado desatou o lenço que trazia ao pescoço, como se a coisa lhe abafasse a respiração. E, voltando-se para um companheiro, avisou que ia tomar uma "bicada" pois o cheiro de enxofre estava lhe sufocando a garganta. Depois, Frei Damião baixou os braços, serenou a voz. Nunca, na minha vida, vi silêncio maior. A praça parada, o povo de lábios chumbados, os ohos fitos no frade (...) então o frade rezou. E a multidão respondeu, contrita e imóvel, como se, ao invés de milhares de vozes ali estivesse apenas uma só pessoa, postada diante do pregador famoso, na hora do juízo final, prestando contas ao Altíssimo."
:- ''Sobre pregações de [[Frei Damião]]''
:- ''Crônica do livro - [[Frei Damião - O Missionário dos Sertões]] (1953)''