Kurt Cobain: diferenças entre revisões
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==I Hate Myself and I Want to Die (Odeio-me e quero morrer)==
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*"Por aquilo de que me consigo lembrar, os primeiros anos da minha vida foram anos muito felizes. Quando tinha sete anos, os meus pais separaram-se. Lembro-me de sentir vergonha disso sem saber explicar bem porquê. Não conseguia olhar de frente para alguns dos meus amigos na escola. Desejava desesperadamente ter uma [[familia]] clássica, típica, com [[pai]] e [[mãe]], desejava essa segurança. Durante alguns anos custou-me muito a [[perdão|perdoar]] isso aos meus pais...
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*"Depois do divórcio dos meus pais, de repente tudo ficou preto para mim, vivia sempre em depressão. Ia para a cama e passava horas e horas acordado, gritando dentro da minha cabeça, ou então, continha a respiração o mais que podia porque queria que a cabeça estourasse... Daí a pouco, a depressão dava lugar a uma raiva surda..."
*"Depois do divórcio dos meus pais, sentia um forte ressentimento em relação a eles porque não tinham sido capazes de resolver os seus problemas. Na escola comecei a sentir-me diferente das outras crianças; tinha-me convencido que valia menos do que elas, porque elas tinham uma [[família]] ao passo que eu já não a tinha. Isolava-me cada vez mais... e esta situação tornou-se definitiva por volta dos onze-doze anos
*"Os meus [[família|familiares]] tinham um terror danado da [[pobreza]] e, mesmo que no fundo fossem uns pobretanas, faziam tudo para parecer abastados. A minha [[mãe]] repetia-me continuamente que eu tinha absolutamente de evitar "as más companhias", ou seja os rapazes das famílias [[pobreza|pobres]], aqueles mais pobres do que nós. Assim, aquela coisa dos "pobretanas" tornou-se para mim uma verdadeira obsessão que muitas vezes me levava a insultar os rapazes mal arranjados de Aberdeen... Mas, alguns anos depois, comecei a aperceber-me que os rapazes das famílias abastadas - ou seja aqueles que para os meus pais eram as "boas companhias" - eram os verdadeiros "fedorentos" ao passo que os pobretanas eram, ao fim e ao cabo, melhores, mais verdadeiros e sinceros."
*"No Liceu, o corpo estudantil dividia-se em três categorias diferentes: rapazes e raparigas "marronas", super-fêmeas "raparigas pon-pon", e super-machos "megadesportistas". A primeira categoria fazia-me tristeza e as outras duas odiava-as com todo o meu coração
*"Quero compor um novo tema no mesmo género de "Polly" (no album Nevermind), tratando de maneira explícita a questão da violação. Estou convencido que a violação é um dos [[crime]]s mais odiosos e, infelizmente, um dos mais frequentes. Era necessário que eu fizesse alguma coisa porque havia e há ainda uma grande necessidade de educar os [[homem|machos]]. Existem grupos que se ocupam deste problema, mas, de momento, não vão além do fato de ensinarem ás [[mulher]]es algumas técnicas de defesa física - o que também está bem, mas de certeza que não resolve a questão. Seria preciso uma obra radical de reeducação dos machos, para resolver um problema tão grave e difuso e para os irremidiáveis não restaria senão a solução mais simples e mais drástica: a castração."
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*"A única coisa que me reconcilia com o [[mundo]] é dormir. Adoro dormir, considero-o um dos poucos prazeres da [[vida]]. Ás vezes adormeço enquanto como ou se me encontro numa situação aborrecida, o que me acontece frequentemente... Preferia viver num eterno estado de letargia... Sinto há muitos anos que não tenho mais nada para dizer e as conversas de chacha aborrecem-me de [[morte]], é muito melhor dormir e acordar só quando vale realmente a pena."
*"Em [[infância|criança]], lia tudo o que apanhava. Ia muito á biblioteca
*"No liceu eu era o bode expiatório. Mas não naquele sentido em que estivessem sempre a meter-se comigo. Não implicavam comigo nem me batiam porque, nessa altura, eu já vivia num grande isolamento. Era tão anti-[[sociedade|social]] que raiava a demência. Sentia-me tão diferente e louco que as pessoas deixavam-me em [[paz]]. Não me admirava nada se, então, me considerassem o tipo mais provavelmente capaz de matar alguém no baile do liceu..."
*"
*"No curso de [[Arte]] dos complementares fiz amizade com um rapaz que se chamava Myer Loftin... Myer era um tipo maravilhoso e fascinava-me exactamente pela sua diferença em relação á banalidade que nos circundava; ele tinha sempre um ponto de vista original, completamente seu, diferente da massa de jovens bem-pensantes de Aberdeen. Myer não era um frango do aviário: tinha um cérebro próprio, uma personalidade própria uma originalidade toda sua e eu gostava dele exactamente por isso."
[[Image:Naya, Carlo (1816-1882) - n. 553a - Carpaccio V. 1506 - Dettaglio del sogno di Santa Orsola (La testa della Santa) - Academia, Venezia.jpg|thumb|"A única coisa que me reconcilia com o mundo é dormir. Adoro dormir, considero-o um dos poucos prazeres da vida. (...) é muito melhor dormir e acordar só quando vale realmente a pena."]]
*"No Liceu, a minha amizade com Myer Loftin criou-me alguns problemas. Cada vez com mais frequência troçavam de mim e insultavam-me e, nos balneários do ginásio, desencadeava-se o furor homofóbico dos megadesportistas: quando estávamos nus, parece que eles se sentiam "ameaçados" pela minha presença e, muitas vezes, acabavam por me agredir. Mas eu, desse momento, comecei a sentir-me orgulhoso de ser considerado gay, mesmo que na realidade não o fosse
*"Certo dia arranjei uma guitarra eléctrica e comecei a compor temas meus, até porque não tinha nenhuma intenção de perder tempo a tocar versões dos Van Halen: queria tentar desenvolver um estilo pessoal, queria começara exprimir-me na primeira pessoa."
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*"Estou farto de ser considerado uma estrela de [[rock and roll|rock]] de merda só porque as minhas canções agradaram a tanta gente: daqui em diante, se isso servir para me restituir um pouco de [[liberdade]], sentir-me-ei no dever de escrever somente canções de merda!"
==Sobre==
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