Nicolau II da Rússia: diferenças entre revisões

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* "Neste tempo de grande luta contra o inimigo externo que já há quase três anos tenta escravizar nossa pátria, o Senhor Deus julgou por bem enviar à Rússia nova provação. Revoltas populares internas ameaçam refletir calamitosamente na conduta de uma guerra que continua. O destino da Rússia, a honra do Exército heróico, o bem do povo, todo o futuro de nossa querida pátria, exigem que saiamos vitoriosos dessa guerra a qualquer custo. Nestes dias decisivos para a vida da Rússia, julgamos uma questão de consciência facilitar para nosso povo, a união e a formação das fileiras de forças populares ao redor desse objetivo, que é um rápida vitória, e assim, de acordo com a Duma, reconhecemos a necessidade de abdicarmos ao trono do Estado Russo e nos desembaraçarmos do poder supremo. Não desejando a separação de nosso amado filho, transferimos o legado ao nosso irmão, Grão-duque Miguel Alexandrovich e o abençoamos em sua ascensão ao trono do Estado russo. Recomendamos ao nosso irmão que governe em união plena e inviolável com os representantes do povo, de acordo com os princípios que serão estabelecidos. Que o Senhor salve a Rússia!"
:- ''Manifesto escrito por Nicolau após sua abdicação, em 1917.''
 
"Ele [Kerenky] é um homem que ama a Rússia, e eu gostaria de tê-lo conhecido mais cedo, porque ele teria sido útil para mim."
:- ''Comentando sobre o chefe do Governo Provisório, Alexandre Kerensky.''
 
==Sobre==
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:- ''[[Alan Moorehead]]''.
 
* "Para ser franco, eu estava tudo menos calmo antes do primeiro encontro com Nicolau II. Muitas coisas duras e terríveis foram associadas no passado ao seu nome... Em todo o caminho à frente do corredor sem fim, eu estava lutando para controlar minhas emoções... [Entrando no quarto]... Meus sentimentos mudaram como um relâmpago... A Família Imperial... Estava em pé... Perto da janela, ao redor de uma pequena mesa, em um pequeno grupo amontoado e perplexo. Desse grupo de humanidade amedrontada, saiu um pouco para fora, hesitantemente, um homem de altura mediana em um uniforme militar, que andou à frente para me receber com um sorriso leve e peculiar. Era o Imperador... Ele parou em confusão. Não sabia o que fazer, não sabia como eu agiria, qual atitude eu adotaria. Deveria andar adiante para me receber como anfitrião, ou esperar para eu falar primeiro? Deveria estender a mão? Em um relampejo, soube exatamente a exata posição: a confusão da família, seu medo de se encontrarem sozinhos com um revolucionário, cujo propósito desse rápido encontro, desconheciam. Respondendo com um sorriso, eu andei rapidamente em direção ao Imperador, apertei suas mãos e disse claramente: 'Kerensky'- como eu sempre faço, como apresentação... Nicolau II apertou com firmeza minhas mãos, recuperando-se imediatamente de sua confusão, e, sorrindo mais uma vez, guiou-me até a família."
* "Os últimos dois czares eram abertamente anti-semitas — ambos associavam os judeus com a ameaça da cidade moderna, o [[capitalismo]] e o [[socialismo]] — e em círculos oficiais era moda repetir os seus [[preconceito|preconceitos]] racistas. Em especial Nicolau II tendia mais e mais a ver os pogromas durante o seu regime como um acto de patriotismo e lealdade do 'bom e simples [[povo]] russo"
:- ''Alexandre Kerensky sobre seu primeiro encontro com Nicolau e sua família.''
:- ''[[Orlando Figes]] em A tragédia de um povo.
 
* "maneiras modestas e completa ausência de pose [que Nicolau tinha]. Talvez, era essa simplicidade sincera e natural que dava ao Imperador a fascinação peculiar, o charme que era reforçado ainda mais pelos seus olhos maravilhosos, profundos e tristes. Não pode ser dito que as minhas conversas com o czar se deviam a um desejo especial dele; ele era obrigado a me ver... ainda assim, o antigo czar nunca perdeu seu equilíbrio, nunca falhou em agir como um homem cortês."
:- ''Alexandre Kerensky sobre Nicolau II.''
 
* "Eu ainda tenho uma impressão deles que ficará para sempre em minha alma. O czar não era jovem, sua barba já estava ficando grisalha... [Ele vestia] uma blusa de soldado com um cinto de oficial amarrado por uma fivela em volta da cintura. A fivela era amarela... a blusa era cáqui, a mesma cor de suas calças e das botas gastas. Seus olhos eram bondosos, e ele tinha no geral, uma expressão benévola. Eu tinha a impressão de que ele era uma pessoa bondosa, simples, franca e tagarela. Às vezes eu sentia que ele ia falar comigo. Ele nos olhava como se gostaria de conversar conosco. A czarina não era nada como ele. Ela parecia severa e tinha as maneiras e aparência de uma mulher arrogante e grave. Às vezes, tínhamos o hábito de discutir sobre eles entre nós e decidimos que ela era diferente e parecia exatamente com uma czarina. Ela parecia que era mais velha que o czar. Cabelos grisalhos eram claramente visíveis em suas têmporas e seu rosto não era o de uma mulher jovem. Todos os meus maus pensamentos sobre o czar desapareceram depois que eu permaneci um certo tempo entre os guardas. Depois de vê-los várias vezes, eu comecei a sentir algo inteiramente diferente em relação a eles; comecei a sentir pena deles. Pena deles como seres humanos. Estou falando a você a completa verdade. Você pode acreditar ou não em mim, mas eu dizia a mim mesmo:"Eles que fujam... Alguma coisa deve ser feita para que eles fujam."