Nicolau II da Rússia: diferenças entre revisões

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| Nome = Nicolau II da Rússia
| Foto = TsarNicholas nikolaiII of Russia.jpg
| Wikisource =
| Wikipedia = Nicolau II da Rússia
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[[w:Nicolau II da Rússia|'''Nicolau II da Rússia''']] ''ou '''Nicolau II Romanov''', pseudônimo de '''Nicolau Alexandrovich Romanov''' (significando Nicolau, filho de Alexandre Romanov), (Николáй Алексáндрович Ромáнов), ([[18 de maio]] de [[1868]] — [[17 de julho]] de [[1918]]); foi o último czar da Rússia.
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* "Hoje eu terminei definitiva e eternamente minha educação."
:-''Anotação de Nicolau em seu diário em maio de 1890, pouco antes de seu aniversário de 22 anos''
 
* "O que será de mim e da Rússia? Eu não estou preparado para ser czar e nunca o quis ser. Não percebo nada dos negócios do [[governo]]. Não sei nem sequer como hei de falar com os ministros".
:-''Logo ao assumir o governo da Rússia, após a morte de Alexandre III da Rússia|Alexandre III.''
 
* "Chegou-me...chegou aosao ouvidosmeu conhecimento que durante os últimos meses, seforam têmouvidas ouvidoem assembléias de zemstvos, vozes daqueles que imergiramse emsatisfazem [[sonho|sonhos]]de semum sentidotolo sonho de que os zemstvos (conselhos do povo) seriam chamadosconvidados para participar nado governaçãogoverno do país. QueroEspero que todos saibam que eu voudevoto dedicartodas todaas aminhas minha forçaforças para manter, para opelo bem dade toda a nação, o principioprincípio deabsoluto da autocracia, tão firme e fortemente como oquanto meu lamentado pai o fez."
:-''Parte do discurso no seu dia de coroação no dia 26 de Maio de 1896''
 
* "Me deixa doente ouvir as notícias! Greves em escolas, policiais, soldados e cossacos assassinados, tumultos, desordens, amotinações. Mas os Ministros, ao invés de tomarem uma decisão rápida, somente reúnem-se em conselhos como um bando de galinhas assustadas e cacarejam sobre providenciar uma unida ação ministerial...".
* "Nunca irei consentir uma forma de [[governo]] representativo, porque sou da [[opinião]] que ela é perniciosa para as pessoas que [[Deus]] me confiou".
:- ''Em uma carta à mãe durante a Revolução de 1905.''
:- ''Quando recusou as reformas propostas pelo seu ministro Mirski em 1904.''
 
* "Vieram tropas de fora da cidade para reforçar a guarnição. Até agora, os operários têm se mantido calmos. O seu número deve andar à volta de 120.000. Encabeçando-os encontra-se uma espécie de sacerdote socialista chamado Gapon. Mirsky veio aqui esta noite para apresentar o relatório das medidas tomadas."
:- ''Entrada em seu diário na véspera do Domingo Sangrento.''
 
* "Um dia doloroso. Ocorreram desordens graves em Petersburgo quando os trabalhadores tentaram aproximar-se do Palácio de Inverno. As tropas foram obrigadas a abrir fogo em vários pontos da cidade e houve muitos mortos e feridos. Senhor, como tudo isto é triste e doloroso!"
:- ''Entrada em seu diário no dia do Domingo Sangrento.''
 
* "Uma deputação grotesca vem da Inglaterra (para ver os membros liberais da Duma). Tio Bertie informou-nos que lamenta muito, mas que não podia fazer nada para impedir a vinda deles. A famosa “liberdade”, está claro.Como eles se enfureceriam se nós enviássemos uma deputação até junto dos irlandeses para desejar-lhes êxito na sua luta contra o governo."
:- ''Carta à mãe, a Imperatriz Maria Feodorovna.''
 
* "Tudo estaria bem se tudo o que se dissesse na Duma ficasse dentro de suas paredes. No entanto, todas as palavras pronunciadas aparecem nos jornais do dia seguinte, que são lidos avidamente por todas as pessoas. Em muitos pontos, a população está de novo desassossegada. Recomeçam a falar das terras e aguardam o que Deus fará a esse respeito. Recebo telegramas de toda a parte, pedindo-me que ordene a dissolução, mas é ainda cedo demais para isso. Temos de os deixar fazer qualquer coisa manifestamente estúpida ou mesquinha, e depois – slap! Acaba-se com eles!"
:- ''Carta à mãe, referindo-se a Duma.''
 
* "Não se pode acusar esta Duma de tentar apoderar-se do poder, e não é necessário discutir com ela."
:- ''Comentando sobre a Terceira Duma com Stolypin, em 1909''
 
* "Apesar dos argumentos muito convincentes para se adotar uma decisão positiva neste assunto, uma voz interior insiste cada vez mais comigo para que não assuma responsabilidades a esse respeito. Até aqui a minha consciência não me enganou. Por isso, tenciono seguir as sua diretivas neste caso. Eu sei que você também acredita que “o coração de um czar está nas mãos de Deus”. Que assim seja. Por todas as leis estabelecidas por mim, respondo perante Deus e estou pronto a responder em qualquer momento por esta decisão!"
:- ''Nota escrita por Nicolau a Stolypin, justificando porque não assinou um documento .''
 
* "Não se trata de uma questão de confiança ou falta dela; é a minha vontade. Lembre-se que vivemos na Rússia e não no estrangeiro... e por isso não levarei em consideração a possibilidade de uma demissão."
:- ''Ao recusar a demissão de Stolypin.''
 
* "A Duma começou cedo demais. Agora vai mais devagar, mas melhor. E é mais duradoura."
:- ''Referindo-se à Quarta Duma ao Sir Bernard Pares.''
 
* "Neste tempo de grande luta contra o inimigo externo que já há quase três anos tenta escravizar nossa pátria, o Senhor Deus julgou por bem enviar à Rússia nova provação. Revoltas populares internas ameaçam refletir calamitosamente na conduta de uma guerra que continua. O destino da Rússia, a honra do Exército heróico, o bem do povo, todo o futuro de nossa querida pátria, exigem que saiamos vitoriosos dessa guerra a qualquer custo. Nestes dias decisivos para a vida da Rússia, julgamos uma questão de consciência facilitar para nosso povo, a união e a formação das fileiras de forças populares ao redor desse objetivo, que é um rápida vitória, e assim, de acordo com a Duma, reconhecemos a necessidade de abdicarmos ao trono do Estado Russo e nos desembaraçarmos do poder supremo. Não desejando a separação de nosso amado filho, transferimos o legado ao nosso irmão, Grão-duque Miguel Alexandrovich e o abençoamos em sua ascensão ao trono do Estado russo. Recomendamos ao nosso irmão que governe em união plena e inviolável com os representantes do povo, de acordo com os princípios que serão estabelecidos. Que o Senhor salve a Rússia!"
:- ''Manifesto escrito por Nicolau após sua abdicação, em 1917.''
 
==Sobre==
[[Imagem:Nikolaus II. (Russland).jpg|right|thumb|últimaUma fotodas últimas fotos de Nicolau II.]]
* "Os primeiros dez anos do reinado de Nicolau são em grande parte a história de uma tendência a fuga dos trabalhos do cérebro de um homem (...) que era desesperadamente incapacitado para compreender e controlar a Rússia".
:- ''[[Alan Moorehead]]''.
 
* "Os últimos dois czares eram abertamente anti-semitas — ambos associavam os judeus com a ameaça da cidade moderna, o [[capitalismo]] e o [[socialismo]] — e em círculos oficiais era moda repetir os seus [[preconceito|preconceitos]] racistas. Em especial Nicolau II tendia mais e mais a ver os pogromas durante o seu regime como um acto de patriotismo e lealdade do 'bom e simples [[povo]] russo"
:- ''[[Orlando Figes]] em A tragédia de um povo.
:- ''[[Orlando Figes]].
 
 
* "Eu ainda tenho uma impressão deles que ficará para sempre em minha alma. O czar não era jovem, sua barba já estava ficando grisalha... [Ele vestia] uma blusa de soldado com um cinto de oficial amarrado por uma fivela em volta da cintura. A fivela era amarela... a blusa era cáqui, a mesma cor de suas calças e das botas gastas. Seus olhos eram bondosos, e ele tinha no geral, uma expressão benévola. Eu tinha a impressão de que ele era uma pessoa bondosa, simples, franca e tagarela. Às vezes eu sentia que ele ia falar comigo. Ele nos olhava como se gostaria de conversar conosco. A czarina não era nada como ele. Ela parecia severa e tinha as maneiras e aparência de uma mulher arrogante e grave. Às vezes, tínhamos o hábito de discutir sobre eles entre nós e decidimos que ela era diferente e parecia exatamente com uma czarina. Ela parecia que era mais velha que o czar. Cabelos grisalhos eram claramente visíveis em suas têmporas e seu rosto não era o de uma mulher jovem. Todos os meus maus pensamentos sobre o czar desapareceram depois que eu permaneci um certo tempo entre os guardas. Depois de vê-los várias vezes, eu comecei a sentir algo inteiramente diferente em relação a eles; comecei a sentir pena deles. Pena deles como seres humanos. Estou falando a você a completa verdade. Você pode acreditar ou não em mim, mas eu dizia a mim mesmo:"Eles que fujam... Alguma coisa deve ser feita para que eles fujam."
:- ''Anatoly Yakimov, guarda da prisão de Nicolau e sua família em Ekaterimburgo.''
 
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