Charles Bukowski: diferenças entre revisões
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Linha 88:
*"O enterro de meu pai. Atravessamos a rua e entramos na casa mortuária. Alguém dizia que meu pai tinha sido um bom homem. Me deu vontade de contar a eles o outro lado. Que ele era um homem ignorante. Cruel. Patriótico. Com fome de dinheiro. Mentiroso. Covarde. Um impostor. Minha mãe só estava há um mês debaixo do chão e ele já estava chupando os peitos e dividindo o papel higiênico com outra mulher. Depois alguém cantou. Nós desfilamos diante do caixão. Talvez eu cuspa nele, pensei."
*"O que mata não é a bebida, mas sim trabalhar antes do meio dia..."
*"Nós matamos o filho de Deus. Acha que aquela Sacana vai nos perdoar? Eu posso ser louco, mas sei que Ele não nos vai perdoar."
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*"Glendoline puxou uma cadeira e começou a falar. E como falava. Se fosse uma esfinge, ia falar, se fosse uma pedra, ia falar. Quando é que ela vai se cansar e sair, fiquei pensando. Mesmo quando parei de escutar, era como se eu estivesse sendo bombardeado com minúsculas bolinhas de pingue-pongue. Glendoline não tinha nenhuma noção do tempo e não se tocava que podia estar incomodando. Ela falava, falava."
*"Eu nunca forço a minha vulgaridade. Deixo ela buscar seus próprios meios de expressão."
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