José Lins do Rego: diferenças entre revisões

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==Obras==
 
===Menino de Engenho===
 
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*"-Pode deixar o menino, sem cuidados.Aqui eles endireitam-se, saem feitos gente- dizia um velho alto e magro para o meu tio Juca, que me levara para o colégio de Itabaiana(…) Estávamos na sala de visitas. Eu, encolhido, numa cadeira, todo enfiado para um canto, o meu tio Juca e o mestre.Queria este saber da minha idade, do meu adiantamento. O meu tio informava-o de tudo : doze nos, segundo livro do Felisberto de Carvalho, tabuada de multiplicar".(Página 115).
 
 
===Bangüé===
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*"Afastara-me uns dez anos de Santa-Rosa. O engenho vinha sendo para mim um campo de recreio nas férias do colégio e da universidade. Fizera-me um homem entre gente estranha, nos exames, nos estudos, em casas de pensão.O Mundo cresceu tanto para mim que quase Santa-Rosa se reduzira a um quase nada.Vinte e quatro anos, homem, senhor do meu destino, formado em Direito, sem saber faze nada".(Página 9).
 
===Moleque Ricardo===
 
 
===Usina===
 
 
===Pedra Bonita===
 
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*" Antônio Bento estava tocando a primeira chamada para a missa das seis horas.Do alto da torre ele via a vila dormindo, a névoa do mês de Dezembro cobrindo a tamarineira do meio da rua. Tudo calado.As primeiras badaladas do sino quebravam o silêncio violentamente (…)Dia de Nossa Senhora da Conceição, oito de Dezembro. O Padre Amâncio celebrava duas missas, a das seis e a das onze horas. Sem dúvida, já se acordara com o toque do sino".(Página 11).
 
===Riacho Doce===
 
===Riacho Doce===
 
 
===Fogo Morto===
 
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– Vou ao Santa-Rosa. O Coronel mandou-me chamar para um serviço de pintura na casa-grande (…) O mestre José Amaro, seleiro dos velhos tempos(…) trabalhava à porta de casa(…) e grita :
– Vai trabalhar para o velho José Paulino? É bom homem, mas eu lhe digo:estas mãos que o senhor vê nunca cortaram sola para ele.Não sou criado de nunguém.Grito comigo não vai ".(Página 13).
 
 
===Dias Idos e Vividos===
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* "Tenho quarenta e seis anos, moreno, cabelos pretos, com meia dúzia de fios brancos, um metro e 74 centímetros, casado, com três filhas e um genro, 86 quilos bem pesados, muita saúde e muito medo de morrer. Não gosto de trabalhar, não fumo, durmo com muitos sonhos, e já escrevi 11 romances. Se chove, tenho saudades do sol, se faz calor, tenho saudades da chuva. Vou ao futebol, e sofro como um pobre diabo. Jogo tênis, pessimamente, e daria tudo para ver meu clube campeão de tudo. Sou homem de paixões violentas. Temo os poderes de Deus, e fui devoto de Nossa Senhora da Conceição. Enfim, literato da cabeça aos pés, amigo de meus amigos e capaz de tudo se me pisarem nos calos. Perco então a cabeça e fico ridículo. Não sou mau pagador. Se tenho, pago, mas se não tenho, não pago, e não perco o sono por isso. Afinal de contas, sou um homem como os outros. E Deus queira que assim continue."
:- ''José Lins do Rego falando de si mesmo, em dezembro de 1947''
 
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[[Categoria:Escritores do Brasil]]