Érico Veríssimo: diferenças entre revisões

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[[w:Érico Veríssimo|Érico Veríssimo]] ''([[w:Cruz Alta|Cruz Alta]], [[17 de dezembro]] de [[1905]] [[Rio Grande do Sul]], [[28 de novembro]] de [[1975]]), foi um dos escritores mais populares do [[Brasil]].
 
[[w:Érico Veríssimo|Érico Veríssimo]] ''([[w:Cruz Alta|Cruz Alta]], 17 de dezembro de 1905 —[[Rio Grande do Sul]], 28 de novembro de 1975), foi um dos escritores mais populares do Brasil.
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*"Via de regra, não se empregam nesses compêndios as cores intermediárias, pois os seus autores parecem desconhecer a virtude dos matizes e o truísmo de que a História não pode ser escrita apenas em preto e branco.”
 
* “-Será que um dia não vai haver mais em toda a Terra um lugar em que um homem possa ser dono pelo menos do seu nariz, dizer o que pensa, ter uma quota razoável de liberdade? Talvez em alguma ilha deserta do Pacífico...
: -Não te iludas. Nem numa ilha deserta poderemos fugir à História. Um dia quando estiveres estendido na areia, nu e comendo a tua banana gratuita, um país qualquer que está querendo entrar para a “família nuclear”, testará a bomba atômica e te levará pelos ares em pedaços...”
 
*“-Sei que a senhora gosta de ler – digo.
: - Muito. Não se ria se eu disser que o romance mais bonito que li em toda a minha vida foi a Joana Eira de Carlota Bronte. Conhece? Uma jóia. Acho que li esse livro umas vinte vezes. Devorei também todo o Walter Scott e o [[Alexandre Dumas]]. Nunca suportei o [[Émile Zola|Zola]] nem o [[Flaubert]]. Mas gostava do [[Liev Tolstói|Tolstoi]]. Ah! Leio também os modernos. Estrangeiros e nacionais, naturalmente.
: -Já leu [[Jorge Amado]]?
: -Por alto, É bandalho e comunista.
: -E o nosso Érico Veríssimo?
: -Nosso? Pode ser seu, meu não é. Li um romance dele que fala a respeito do Rio Grande de antigamente. O [[Zózimo]], meu falecido marido, costumava dizer que por esse livro se via que o autor não conhece direito a vida campeira, é “bicho da cidade”. Há uns anos o Veríssimo andou por aqui, a convite dos estudantes, e fez uma conferência no teatro. Fui, porque o Zózimo, insistiu. Não gostei, mas podia ter sido pior. Quem vê a cara séria desse homem não é capaz de imaginar as sujeiras e despautérios que ele bota nos livros dele.
: -A senhora diria que ele também é comunista?...
: ...-O Prof. Libindo costuma dizer que, em matéria de política, o Érico Veríssimo é um inocente útil.”