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Marconi
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[[w:Guglielmo Marconi|'''Guglielmo Marconi''']] ''(Bolonha, 25 de abril de 1874 — Roma, 20 de julho de 1937) foi um físico italiano, inventor do rádio, primeiro práctico sistema de telegrafia sem fios em 1896. ''
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Vida de Marconi
 
* “Deixá-lho ser assim.”
Marconi é considerado o pioneiro da transmissão via rádio. Há uns tempos, em 1896, verificou que em Itália não havia nenhum interesse nas suas experiências e foi para Inglaterra. Em 1899, teve sucesso na transmissão sem fios do código morse através do canal da Mancha. Dois anos mais tarde, conseguiu que sinais radiofónicos chegassem até a Nova Zelândia. A partir daí, fez muitas descobertas básicas na técnica radiofónica. Em 1929, em reconhecimento por seu trabalho, recebeu do rei da Itália o título de marquês.
:- ''Primeira mensagem em morse, emitida através da canaleta de Bristol, 1897''
Guglielmo Marconi nasceu em Bolonha, na Itália, em 1874. Filho de pai italiano e mãe irlandesa, sua família era bastante abastada. Estudou em Florença e depois frequentou o Instituto Tecnológico de Livorno, onde estudou física. Ainda no Instituto, em 1894, leu um artigo que chamou a sua atenção.
Heinrich Herz, que deu o nome às unidades hertz e megahertz, descobriu e produziu pela primeira vez as ondas de rádio em 1888. O referido artigo sugeria a possibilidade de usar ondas de rádio na comunicação sem fios. Marconi, fascinado pela idéia, começou a fazer experiências em casa.
Guglielmo Marconi (1874-1937)
Um ano após ele já havia enviado e recebido sinais além do alcance da visão, inclusive ultrapassando um morro. Alcançando distâncias cada vez maiores - chegou a enviar sinais elétricos a mais de 3 km - em 1896 resolveu patentear o processo. O governo italiano não mostrou interesse pela sua descoberta. A marinha britânica, no entanto, ficou vivamente interessada e instalou o equipamento de rádio de Marconi em alguns de seus navios.
O alcance das transmissões foi se tornando gradativamente maior até que, em 1899, Marconi conseguiu enviar um sinal por cerca de 15 km através do canal de Bristol e por 50 km através do Canal da Mancha até a França. Na primavera de 1899, Marconi observou que, ao contrário do esperado, a recepção era possível além do horizonte. Sinais de um transmissor em Wimereaux foram recebidos em Chelmsford, distantes 135 km. Em 1900, encorajado pelo sucesso, Marconi decidiu tentar o impossível: uma transmissão transatlântica. O conhecimento da ionosfera e os mecanismos de propagação eram absolutamente desconhecidos. Todas as análises dos especialistas da época levavam a crer na impossibilidade deste feito. A maioria afirmava que a curvatura da Terra impediria a transmissão dos sinais por mais de 300 km - Marconi provou que estavam todos equivocados.
Em Janeiro de 1901 Marconi conduziu alguns experimentos entre dois pontos da costa sul da Inglaterra, distantes 300 km (Ilha de Wight-Cornualha). A altura das estações não excedia 100 m, quando a altura deveria ser superior a 1.600m para evitar a curvatura da Terra. Conforme Marconi "Os resultados obtidos nestes testes... parecem indicar que as ondas eletromagnéticas, da forma que adotei, podem ser capazes de se propagar apesar da curvatura da Terra, e, consequentemente, mesmo entre grandes distâncias, como aquela entre a América e a Europa, o fator curvatura poderia não constituir uma barreira intransponível para a telegrafia no espaço".
Oficinas mecânicas no quintal, laboratórios no sótão, experiências financiadas por parentes e amigos. Durante os primeiros 150 anos da Revolução Industrial - entre 1760 e as primeiras décadas deste século -, as invenções brotavam espetacularmente desse cenário romântico. Guilherme Marconi, inventor do telégrafo sem fio, foi talvez o último dos inventores individuais que marcaram essa fase da civilização. Concentrado no objetivo exclusivo da transmissão radiofônica, venceu as objeções científicas de seu tempo, superou o ceticismo míope do governo italiano e tremendas dificuldades materiais para vencer ainda jovem. Como tantos outros grandes cientistas, Marconi teve de enfrentar muito cedo a discrepância entre seus interesses espontâneos e os métodos convencionais de ensino. As lições da escola eram para ele um aborrecimento intolerável. Nascido a 25 de abril de 1874, em Bolonha, desde os primeiros anos de aprendizado se entediava com o espírito acadêmico e estreito que norteava o ensino italiano da época. Era um aluno irregular, cheio de idéias próprias, que os professores puniam com más notas e repreensões. Mas a mãe, uma irlandesa, acreditava no talento do filho, estimulava seu interesse espontâneo e unilateral pela física e tomava seu partido nas divergências com os professores. Convenceu o marido a apoiar os estudos especializados do filho, que passou a tomar lições particulares. Um dos professores, Augusto Righi, de Bolonha, ele mesmo um físico de talento, viu enormes possibilidades no seu jovem aluno, e levou o velho Marconi a custear a instalação de um pequeno laboratório no sótão da casa, onde o jovem Guilherme começou a aprender o que ainda não figurava nos livros da época.
Com seus vinte anos, Marconi já tinha definido para si um objetivo de estudo e um programa de vida: desenvolver as descobertas de Hertz, publicadas sete anos antes, para encontrar um processo de telegrafia sem fio.
Nessa época, o telégrafo já era mais que uma invenção vitoriosa: era um empreendimento de grandes proporções econômicas e de vasto alcance militar. Todas as maiores cidades se achavam interligadas pelo telégrafo, inclusive através do Atlântico. Também o telefone já fora inventado havia uns vinte anos.
O mundo ainda não estava refeito da introdução dessas maravilhas. Mas, para Marconi, elas apresentavam intoleráveis imperfeições. Os cabos de cobre eram caríssimos e sujeitos a furto (como até hoje) nas regiões desabitadas que atravessavam. Além disso, as estações de recepção e de transmissão de telégrafo e de telefone tinham de ser obrigatoriamente fixas, prisioneiras da teia dos fios de cobre. Marconi sonhava com a telegrafia e a telefonia através do espaço.
Mas sonhava de pés no chão, como tantos outros pesquisadores. Em parte, os inconvenientes da telegrafia convencional já haviam sido superados pelo telégrafo óptico. Espelhos e faróis especiais eram equipamento comum de exércitos e de armadas, para comunicações em código Morse, a curta distância.
E Marconi partia dessa mesma idéia: afinal, Hertz demonstrara que as ondas eletromagnéticas se comportavam de modo semelhante ao das ondas luminosas.
Hoje parece uma idéia simples. No tempo de Marconi, contudo, ninguém sabia como superar certas dificuldades. Para transmitir mensagens pelas ondas hertzianas, seria preciso saber como é que elas poderiam transpor os obstáculos naturais do caminho. As ondas de luz, por exemplo, não podem atravessar uma colina; as de rádio o poderiam? Além disso, quando se tratasse de enviar mensagens a grandes distâncias, a curvatura da Terra estabeleceria uma dificuldade insuperável: se as ondas hertzianas se propagam em linha reta, como a luz, também elas não acompanhariam a curva do planeta. Mas, antes mesmo de pensar nessas dificuldades, Marconi tinha de resolver um problema preliminar: como modular as ondas e os sinais a serem transmitidos.
Numa primeira etapa de desenvolvimento, Marconi procurou conjugar e reproduzir as experiências de Hertz, Righi e outros pesquisadores. Objetivo: emitir ondas de um aparelho, captá-las a curta distância e "revelá-las". Isto é, tornar a recepção perceptível.
Para a transmissão, Marconi construiu osciladores elétricos excitados por uma bobina de Ruhmkorff. Para a recepção, utilizou tubinhos de vidro cheios de carvão ou limalha de ferro. Quando atravessados por ondas eletromagnéticas, esses toscos receptores se tornam condutores de eletricidade, e as próprias oscilações do fluxo da corrente assinalam a presença das ondas.
 
* "Esta nova forma de comunicação podia ter alguma utilidade."
:- ''1899''
(Primeiro transmissor, 1895)
 
Na primavera de 1895, Marconi colhia o primeiro êxito. Do laboratório onde manipulava o transmissor, viu, jubilosamente, que seu assistente, colocado a uma centena de metros, acenava um lenço branco: as ondas haviam chegado aos receptores.
 
A segunda etapa era verificar se essas ondas poderiam superar acidentes naturais do terreno. Nos Apeninos, em região próxima a Bolonha, o transmissor e o receptor foram dispostos de modo a que entre eles houvesse uma grande colina: as ondas atravessaram-na e o assistente, no receptor, acusou o recebimento com o disparo de um tiro, como combinado.
{{nobel|Física (1909)}}
Os resultados dessas experiências eram importantes sob um aspecto: provavam o princípio físico em torno do qual deveria desenvolver-se a pesquisa. Mas era apenas o fim de um longo começo. Os transmissores e os receptores precisavam ser aperfeiçoados para virem a ter sentido prático. Era preciso testar inúmeros materiais e dispositivos, em laboratórios muito mais bem equipados do que a oficina rudimentar de Marconi. Enfim, um empreendimento que só grandes empresas, milionários ou governos poderiam financiar.
 
Marconi tentou o governo. Argumentou com o alcance militar e econômico da invenção, mas não teve êxito: uma autoridade sentenciou que o telégrafo sem fio não apresentava "nenhum interesse prático" para o governo.
[[categoria:pessoas]] [[categoria:físicos da Itália]] [[categoria:inventores da Itália]]
Sem desanimar, Marconi procurou apoio externo. Seguiu para Londres, onde parentes de sua mãe o ajudaram a fazer contato com os círculos governamentais que o interessavam.
 
O apoio veio rápido, generoso e decidido, na pessoa de Sir W. Peerce, engenheiro-chefe do Ministério dos Correios. Peerce, inventor de um sistema de transmissão a curta distância, associou-se a Marconi. O invento foi patenteado e, em função dele, fundou-se a Companhia de Sinais Comerciais de Telégrafo sem Fio.
[[en:Guglielmo Marconi]]
Outras provas bem sucedidas foram efetuadas na planície de Salisbury e no canal de Bristol. A invenção estava em vias de ganhar aplicação prática. Mas, levado por um sentimento patriótico, Marconi (que recusara nacionalizar-se inglês, apesar das vantagens) voltou a oferecer suas patentes ao governo italiano, em troca de apoio ao prosseguimento das pesquisas. Sem muito entusiasmo, permitiram-lhe fazer algumas experiências a bordo do navio San Martino. Mas entre Marconi e os burocratas... O resto procurem vocês