Viktor Frankl: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Sem resumo de edição
m Revertidas edições por 201.0.97.60, para a última versão por Chico
Linha 2:
----
 
*"Em última análise, torna-se claro que o tipo de pessoa em que o prisioneiro se transformava era o resultado de uma decisão interior, e não o resultado só das influências do campo de concentração. Portanto, fundamentalmente, qualquer ser humano, mesmo sob tais circunstâncias, pode decidir o que vai ser dele - mentalmente e espiritualmente."
*O credo psiquiátrico.
 
*"O ser humano não é completamente condicionado e definido. Ele define a si próprio seja cedendo às circunstâncias, seja se insurgindo diante delas. Em outras palavras, o ser humano é, essencialmente, dotado de livre-arbítrio. Ele não existe simplesmente, mas sempre decide como será sua existência, o que ele se tornará no momento seguinte."
"Não se pode conceber algo que condicione o ser humano a ponto de deixá-lo sem a menor liberdade. Por isso, um resíduo de liberdade, por mais limitado que seja, ainda resta à pessoa em caso de neurose ou mesmo de psicose. Na verdade, o mais íntimo cerne da personalidade de um paciente nem é tocado pela psicose.
Um indivíduo incuravelmente psicótico pode perder sua utilidade, mas conservar a dignidade de um ser humano. Este é meu credo psiquiátrico. Sem ele, para mim não valeria a pena ser psiquiatra. Por amor a quem? Simplesmente por amor a uma máquina cerebral danificada, que não pode ser consertada? Se o paciente não fosse categoricamente algo mais do que isso, a eutanásia estaria justificada."
 
*Reumanizando a psiquiatria.
 
"Por longo tempo, durante meio século, a psiquiatria tentou interpretar a mente como mero mecanismo, e, conseqüentemente, a terapia da doença mental simplesmente foi encarada como uma técnica. Eu acredito que esse sonho acabou. O que está despontando agora no horizonte não são os contornos de uma medicina psicologizada, mas antes, de uma psiquiatria humanizada.
Um médico, entretanto, que continuasse entendendo o seu próprio papel principalmente como o de um técnico confessaria que não vê em seu paciente mais do que uma máquina, em vez de enxergar o ser humano que está por trás da doença!
O ser humano não é uma coisa entre outras; coisas se determinam mutuamente, mas o ser humano, em última análise, se determina a si mesmo. Aquilo que ele se toma — dentro dos limites dos seus dons e do meio ambiente — é ele que faz de si mesmo. No campo de concentração, por exemplo, nesse laboratório vivo e campo de testes que ele foi, observamos e testemunhamos alguns dos nossos companheiros se portarem como porcos, ao passo que outros agiram como se fossem santos. A pessoa humana tem dentro de si ambas as potencialidades; qual será concretizada, depende de decisões e não de condições.
Nossa geração é realista porque chegamos a conhecer o ser humano como ele de fato é. Afinal, ele é aquele ser que inventou as câmaras de gás de Auschwitz; mas ele é também aquele ser que entrou naquelas câmaras de gás de cabeça erguida, tendo nos lábios o Pai-Nosso ou o Shemá Yisrael."
 
* Liberdade
 
"A liberdade, no entanto, não é a última palavra. Não é mais que parte da história e metade da verdade. Liberdade é apenas o aspecto negativo do fenômeno integral cujo aspecto positivo é a responsabilidade. Na verdade, a liberdade está em perigo de degenerar, transformando-se em mera arbitrariedade, a menos que seja vivida em termos de responsabilidade. É por este motivo que propus a construção de uma Estátua da Responsabilidade na Costa Oeste dos Estados Unidos, para complementar a Estátua da Liberdade na Costa Leste."