Louis Riboulet: diferenças entre revisões

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Louis Riboulet foi um pedagogo francês, autor do livro Rumo à Cultura (titulo original: Conseils sur le Travail Intellectuel).


  • "Desde já, venho convidar-vos, caros amigos, a vos propordes, nos estudos, um fim que os enobreça; que os torne fecundos e sustente vosso labor diário.(...) Visar à conquista de um ideal é um dever. Não é permitido a um ser racional viver à toa sem jamais indagar qual a missão que lhe é destinada. Nada mais funesto do que a indiferença neste ponto. Vida sem ideal é vida falha. Esta preocupação perante o porvir é sinal de distinção e de nobreza de alma. Aos quinze anos, Victor Hugo dizia: Serei Chateaubriand ou ninguém." (Rumo à Cultura, p.3).
  • "O talento é amiúde um fator secundário no sucesso. Convencemos-nos deste fato ao ler a vida dos homens célebres. Todos, poetas, oradores, historiadores, filósofos, estadistas, foram sobretudo trabalhadores incansáveis, mais viris na labuta que os jornaleiros e operários; consumiam-se nos seus livros e afazeres como a lâmpada que presidia às suas vigílias. Foram vistos trabalhar doze, quatorze, dezesseis horas por dia durante largos anos. Antes da aurora levantavam-se; no verão, madrugavam mais do que a cotovia e quando o ceifador ia colher paveias, já tinha amontoado tesouros." (Idem, p.28).
  • "O meio de avantajar-se na ciência, é concentrar demoradamente o espírito num assunto apenas. (...) Littré concentrou, durante largos anos, todas as suas faculdades à preparação do seu Dicionário. Empreendeu aos 62 anos, a obra que exigiria os conhecimentos de todos os membros da Academia durante uma geração, porque tal obra não é somente um dicionário da linguagem; encerra o histórico de cada vocábulo, a nomenclatura, a definição, a pronúncia, o significado, os sinônimos, as citações dos grandes escritores. Jamais um só homem produziu tamanha soma de trabalho. A obra foi começada em 1863 e os quatro volumes, somando um total de 3.000 páginas de três colunas, viram a luz em 1878. Ainda ficava para redigir um suplemento de umas 400 páginas cheias de erudição que ele completou a despeito de uma interrupção momentânea causada pela doença." (Idem, p.31).
  • "Por princípio, e com o fim de fortalecer em vós a constância, não deixeis perder nem um só dos minutos preciosos de que dispondes. Aproveitai-vos, como vo-lo diz o Pe. Sertillanges, para aprofundar uma idéia que vos passou pelo espírito sem deixar um sulco nítido, para consultar no dicionário um vocábulo ou uma expressão, para dar a última mão a algum trabalho escrito, assentar notas, classificar documentos" (Idem, p.37).
  • "Bendizei a Providência, meus caros amigos, se vos deu o amor pelo estudo. Ela dotou vossa alma de um título de nobreza. Não deixeis apagar esta chama preciosa, alimentai-a sem cessar pelo trabalho constante, por resoluções enérgicas e muitas vezes renovadas." (Idem, p.69).
  • "Desde a mais tenra infância, Tomás de Aquino deixava de chorar quando se lhe apresentavam livros e manuscritos. Erasmo dizia na juventude: Quando tiver dinheiro, comprarei primeiro livros, em seguida roupas. Luís Veuillot antes mesmo de saber ler experimentava grande alegria quando era presenteado com livros. Consagrou os primeiros e magros recursos à compra dos autores clássicos nos alfarrabistas. Mais tarde quantas horas deliciosas não passou no cais do Sena, folheando livros curiosos! (...) O Cardeal Guibert tinha também desde a juventude, em grau extraordinário, o amor aos livros. De família pobre, saboreava aqueles que lhe emprestavam, esperando algum dia realizar o seu sonho: comprá-los por conta própria." (Idem, p.67).
  • "Em atendimento ao solicitado por Marluce Arruda Câmara Diniz, declaro que, das obras didáticas ou literárias por mim compulsadas, três delas chamaram-me a atenção: Rumo à Cultura de Louis Riboulet; A Civilização Grega, de André Bonnard e A Epopéia do pensamento Ocidental, de Richard Tarnas, por ordem cronológica de leitura. O primeiro deles, Rumo à Cultura, encanta pela pedagogia ali exposta; pedagogia para educação do corpo e da alma, principalmente desta última. Trata-se de um livro voltado para a educação espiritual, ministrando aos jovens o verdadeiro caminho da felicidade. É um compêndio escrito para a mocidade. Tem ele um conteúdo especial: ensina a aquisição da Cultura Intelectual, indicando os passo certos e a disciplina de como alcançar essa finalidade. Obra escrita para essa riqueza humana, indicando quais as boas leituras e, de conseqüência, o seu aprendizado. Não há livro melhor para educar o espírito, como, também, destinado à educação sadia dos sentimentos" (Jurandyr Navarro, escritor, acadêmico e ex-presidente da Fundação Cultural Padre João Maria).
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