Fernando Sabino: diferenças entre revisões

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Linha 60:
E ficavam calados, solenizados, angustiados enfim, diante da gravidade do que Eduardo sentenciara."
 
* "Para isso vivemos... Nada mais terrível do que não ter nascido! ele dissera um dia. E agora? Agora só a liberdade importava: liberdade de um dia olhar o outro nos olhos e dizer: és tu — reconhecê-lo, identificar-se com ele logo que o encontrasse e enfim se deixar viver numa enfim conquistada disponibilidade, que a vida em si mesmo justificava. O O anonimato, por exemplo, era uma antevisão do paraíso — andar desconhecido e livre pelas ruas, ninguém o identificava, (...)"
 
* "— É um bom começo saber isso: não ter medo de nada, nem de morrer. Você tem medo da morte? Então desista de uma vez, porque morrer não tem importância — Mário de Andrade morreu e está mais vivo do que eu, do que você. Estou repetindo palavras dele! Tenha medo é dos escorregões. Não escorregue, caia de uma vez. Os medíocres apenas escorregam. Os bons quebram a cabeça. Você é dos bons. Pois vá em frente! Pague seu preço e Deus o ajudará."
Linha 78:
Antonieta finalmente esperando um filho. Eduardo foi levar a notícia ao Germano. Da última vez que o procurara o velho lhe pedira que se retirasse: “Não posso conversar. Eu hoje estou de mal comigo”. Agora, porém, o recebia com os olhos molhados:
 
— Sabe Eduardo? Estou chorando por sua causa: essa tristeza antecipada diante das fatalidades que a gente não pode mudar..."
 
"Às onze horas, já alegres, voltavam pela
avenida ainda movimentada:
— Ai, Minas Gerais.
Quem te conhece,
Não volta aqui mais."
 
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