Filosofia: diferenças entre revisões

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Julio Cabrera
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* Num primeiro momento, filosofar é, para mim, a maneira fundamental de instalação do homem no mundo, uma maneira insegura, temerosa, ignorante, insatisfeita, desejante, incompleta e sofredora. Vinculo filosofar com desamparo. Filosofar é o próprio clamor da finitude, seja qual for o âmbito ou nível onde ele se manifeste. Estes desejos primários estão presentes em todas as pessoas, de maneira que, neste primeiro momento, e tal como sempre era dito antes da profissionalização da filosofia, todos somos filósofos pelo simples e terrível fato de sermos na peculiar maneira humana de ser, seres finitos, mortais, ameaçados, desamparados, ignorantes, perguntantes, jogados num mundo inóspito.
** [[Julio Cabrera]], [https://filosofojuliocabrera.blogspot.com/2011/08/filosofia.html Filosofia], 2011
 
* A obsessão pelo esclarecimento, a suscetível sensibilidade para tudo o que é finito, incompleto e inseguro, para a constante ameaça do mundo, para o desamparo sem consolo, trazem novos infortúnios para o filósofo, e não algo como uma “sabedoria de vida”. Pelo contrário, os humanos que simplesmente existem o drama de serem humanos sem refleti-lo, possuem forças, defesas e sabedorias que o filósofo perde no instante mesmo em que se põe a refletir.
** [[Julio Cabrera]], [https://filosofojuliocabrera.blogspot.com/2011/08/filosofia.html Filosofia], 2011
 
* Para o filósofo nunca é primordial a aquisição de informações. Pelo contrário, de certa forma, filosofar é uma maneira de desinformar-se, de descartar informações, de virar-se com o que se tem, de fazer reflexões mínimas sem deixar-se atordoar pelo excesso de dados. Como filósofos não se trata de "saber mais", mas de "ser mais" através de uma indagação sobre o mundo.
** [[Julio Cabrera]], [https://filosofojuliocabrera.blogspot.com/2011/08/filosofia.html Filosofia], 2011
 
* "Os verdadeiros autores são aqueles que conseguiram uma verdadeira [[arte]], tanto no épico, seja na [[tragédia]] ou na [[comédia]], quer na [[história]] ou [[filosofia]]; que ensinou ou [[homens]] encantados. Outros de quem falamos estão entre os [[escritor]]es assim como os zangões estão entre as [[ave]]s."
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:::- ''Collection complette des oeuvres de M. de Voltaire: Questions sur l'encyclopédie, par des amateurs - Volume 21 de Collection complette des oeuvres de M. de Voltaire - [https://books.google.com.br/books?id=yR4-AAAAYAAJ&pg=PA473 página 473], [[Voltaire]], 1774
 
* "Com filosofia não há árvores; há ideias apenas <br /> E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse <br /> Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."
:-** [https://pt.wikipedia.org/wiki/Alberto_Caeiro Alberto Caeiro], em Poemas Inconjuntos.
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse
 
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."
:- [https://pt.wikipedia.org/wiki/Alberto_Caeiro Alberto Caeiro], em Poemas Inconjuntos.
 
* "A filosofia da ciência é tão útil para o cientista quanto a ornitologia para os pássaros"