José Hermano Saraiva: diferenças entre revisões

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* ''"Um país vale o que produz, não vale o que consome."
::- "A Alma e a Gente - D. João V", 4 Set 2004
 
* ''"Quem mal-preza o seu passado, mal-prepara o seu futuro."
::-'' "A Alma e a Gente - Os Lusitanos", 24 Jan 2010''
 
* ''"Camões tinha razão. '''Um fraco rei faz fraca a forte gente'''."
::-'' "A Alma e a Gente - D. Fernando, Fraco Rei, Forte Gente"''
 
* ''"Quem luta pela unidade para mim é grande. Quem se bate pela divisão para mim... (abana a cabeça reprovadoramente)"
::-'' "A Alma e a Gente - D. Maria II, A Rainha da Regeneração"''
 
* ''"Como sabem, as guerras fazem sempre enriquecer certas pessoas. Uma guerra tem duas utilidades: serve para uns morrerem e para outros ficarem ricos."
::-'' "Horizontes da Memória - Mangualde: De à Cinco Mil Anos para Cá"''
 
* ''"Ó senhores, vejam se entendem. O património não só ruínas. Não são só gravuras nos rochedos. Os verdadeiros patrimónios são os rochedos. Uma paisagem uma vez destruída, nunca mais pode ser reencontrada."
::-'' "Horizontes da Memória - Mangualde: De à Cinco Mil Anos para Cá"''
 
* ''"Por trás de uma grande rainha está sempre um grande rei."
::-'' "A Alma e a Gente - D. Maria II, A Rainha da Regeneração"''
 
* ''"Isso fez do português este tipo que nós somos. '''Nós não temos raça nenhuma. Não se pode falar na raça portuguesa. Se houvesse uma raça, nós éramos uma anti-raça.''' Feita com gente vinda de toda a parte ao longo de milhões de anos."
::-'' "História Essencial de Portugal", episódio 1''
 
* ''"Isto quer dizer que Lisboa, por estar excêntrica em relação aos grandes pólos da política mundial, pode ser um paraíso da paz. E aí está um destino bonito para Lisboa: '''Lisboa, cidade da paz.'''"
::-'' "Horizontes da memória - Como nasceu Lisboa"''
 
== Histórias ==
 
* ''"Eu vou recordar um episódio que nunca contei, porque realmente não é assim muito coisa que se conte. Mas enfim, já lá vai muito tempo e eu vou contá-la. Em 1950, eu passava ali na estrada em direção a Leiria, quando vi que aqui havia umas grandes obras. Estavam a fazer escavações históricas. E, claro, e vim logo ver o que era. Quando chego aqui vejo assim um montão de ossadas. Mas eram muitos, muitos ossos! Havia ali os despojos de centenas de cadáveres.
 
: ''Eu fiquei a olhar para aquilo, realmente impressionado, e o guarda diz-me: «Olhe. Se quiser uma lembrança, pode levar.» E eu disse: «Mas isto pode-se levar?» «Pode. Escolha. Escolha e leve.» Tive uma certa relutância, naturalmente, em ir eu escolher e disse ao guarda: «Então, agradeço muito, mas escolha antes o senhor.» Ele perguntou-me: «Braço ou perna?» Estão a ver, a perna bem sei que é importante, serve para caminhar. Mas eu estava a pensar em heróis. O braço de espada em punho, a defender a pátria ameaçada. «Um braço. Arranje-me um braço.» E ele foi-me lá buscar assim um bracito. Era um osso, parecia um osso... Sei lá, um braço de criança! E eu disse: «Não. Já que posso levar um braço. Olhe! Aquele grande, grande, além!» E escolhi o que realmente era o antebraço de um gigante. Seguramente, de um herói gigantesco.
 
: ''O homem lá o escolheu. Estava-mo a embrulhar numa folha de jornal já amarelecida. E eu com os meus comentários melancólicos: «Vejam lá. Estes homens deram a vida pela pátria. Cada um morreu por aquilo em que sinceramente acreditava. E hoje estamos aqui a embrulhá-los num papel de jornal. Pouxa! Eu nem sequer sou capaz de distinguir, se era um osso de um português, se de um castelhano.» E o guarda dizia: «Deixe lá que ele também não sabia.» «Não sabia? Então, este homem deu a vida pela causa e o senhor diz-me que não sabia!» E ele explicou: «Não. É que este era cavalo.»
 
: ''Bom, como podem calcular, eu desisti imediatamente da minha ideia de colecionar as relíquias dos heróis."
 
::-'' "Horizontes da memória - Aljubarrota"''
 
[[categoria:pessoas]]