Joaquim Nabuco: diferenças entre revisões

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'''[[w:Joaquim Nabuco|Joaquim Nabuco]]''' ''ou '''Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo''', nasceu em [[19 de agosto]] de [[1849]] em Pernambuco, faleceu em [[17 de janeiro]] de [[1910]] em Washington, DC'', se opôs de maneira veemente à escravidão, contra a qual ele lutou tanto por meio de atividades políticas e quanto de seus escritos, sendo em grande parte responsável pela abolição da escravidão em 1888, e depois da derrubada da monarquia brasileira ele se retirou da vida pública por algum tempo''.
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==Frases==
 
===Minha Formação===
*"Há máquinas de felicidade dispendiosas, que funcionam com enorme desperdício, e há outras econômicas, que, com as migalhas da sorte, criam alegria para uma existência inteira."
::- ''como citado em Revista Caras, 13 de setembro de 2006.
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 141, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949
 
*"As lendas hão de sempre viver, como raios de luz na treva amontoada do passado, mas a beleza delas não está em sua verdade, que é sempre pequena; está no esforço que a humanidade faz para assim reter alguns episódios de uma vida tão extensa que para abrangê-la não há memória possível..."
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*"A República era, para mim, um relógio de que fosse preciso renovar a mola no fim de pouco tempo; a Monarquia, um relógio por assim dizer perpétuo."
::- Nabuco sobre a eletividade da república e a hereditariedade da monarquia, em "Minha Formação", Coleção Biblioteca Básica Brasileira, pag 47.
 
*"A questão de iniciativa tem aliás tem um interesses todo secundário, sobretudo quando a idéia está no ar e o espírito do tempo a agita por toda a parte"
::- "Minha Formação", Rio de Janeiro: Topbooks, pag 172.
 
*"Nesse tempo, e durante alguns anos, '''o radicalismo me arrasta; eu sou, por exemplo, dos que tomam parte mais ativa na campanha maçônica de 1873 contra os bispos e contra a Igreja'''. Entro até nas ideias de Feijó, de uma Igreja nacional, independente da disciplina romana; faço conferências, escrevo artigos, publico folhetos. Não quisera mesmo hoje retirar uma só palavra do que disse então, advogando a liberdade religiosa mais perfeita; entendo ainda, hoje mais do que nunca, depois da esplêndida experiência do pontificado de Leão XIII, que '''a Igreja tem tudo a ganhar com a liberdade''' e que o futuro do mundo pode pertencer à aliança, já selada no atual pontificado, da Igreja Católica com a democracia. Não é sob Leão XIII que o liberalismo há de mais ser suspeito, '''e provavelmente este pontificado não será um acidente feliz, mas sim um ponto de partida definitiva, a data de uma nova era na história do catolicismo'''"
::- Nabuco renunciando suas afirmações sobre a Igrejao Católicacatolicismo, disponível em "Minha Formação", Coleção Biblioteca Básica Brasileira, pag 51.
 
*"Do que preciso fazer renúncia, em favor das traças que o consumiram, é de tudo o que nesses opúsculos escrevi em espírito de antagonismo à religião, com a mais soberba incompreensão de seu papel e da necessidade, superior a qualquer outra, de aumentar a sua influência, a sua ação formativa, reparadora, em todo o caso, consoladora, em nossa vida pública e em nossos costumes nacionais, no fundo transmissível da sociedade"
::- Nabuco sobrerenunciando osuas presidencialismoafirmações americano esobre a monarquiaIgreja inglesaCatólica, disponível em "Minha Formação", Coleção Biblioteca Básica Brasileira, pag 4651.
 
*"Naquele tempo,porém, como teria eu acolhido uma manifestação como esta cada vez mais verdadeira, mas de que só hoje sinto a profundeza e o alcance do Senador Nabuco, em 1860, no Senado: "Há duas necessidades, a meu ver, muito importantes na
situação moral do nosso País: a primeira é a difusão do princípio religioso no interesse da família e da sociedade...?"
 
*" Comparados os dois governos, o norte-americano ficou-me parecendo um relógio que marca as horas da opinião, o inglês, um relógio que marca até os segundos."
::- Nabuco sobre o presidencialismo americano e a monarquia inglesa, em "Minha Formação", Coleção Biblioteca Básica Brasileira, pag 46.
 
===Pensamentos Soltos===
*"A primeira vez que o egoísmo abriu lugar à dedicação e o homem estremeceu pela sorte dos seus, o sentimento de dependência entrou lhe no coração e assim a religião nasceu. Primos in orbe deos fecit timor. Foi o medo que fez os primeiros deuses, o medo por amor."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 5, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"A religião não é obstáculo a alegria alguma, a liberdade alguma. São os sistemas negativos, que, quando lançam semente no espírito, o vão abafando lentamente, à maneira das lianas, parasitas, que, de galho em galho, enlaçam a árvore e a dissecam. Mas a fé é um pássaro que pousa no alto da folhagem, e canta nas horas em que Deus escuta."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 7, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"A ciência é realmente o espelho do infinito, porém um espelho quebrado em pedacinhos que só a religião pode recompor."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 7, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"Se Deus não existisse, o homem seria um simples autômato. O orgulho moral torna-se impossível em face de tal noção. A dignidade só poderia entrar em seu espírito pela noção contraria, de que ele é uma criatura livre. No automatismo universal, a liberdade não teria significado moral, nem poderia ter objeto."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 9, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"Os anos mais gloriosos das grandes carreiras passarão muitas vezes sem registro, e existências obscuras, sob o aspecto humano, merecerão paginas inteiras."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 11, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"'''O ciclo moral da humanidade é formado pela religião'''. A prognosticada era positiva, que transformaria o atual homo théologiens numa espécie de pitecantropo intelectual, não séria senão prenúncio da esterilidade final. Transformado em ente moral fixo, com os antigos sentimentos, vindos da era religiosa, convertidos em instintos dirigentes ou em recalques espontâneos, o homem só viveria das economias de um sentimento mutilado, de uma faculdade extinta. Séria um ente moral por instinto adquirido, e não por livre escolha; por necessidade, e não por esforço; pela obra acumulada e finda dos seus maiores, não pela sua própria iniciativa fecunda e ascensional. Sua moral mesma não séria senão o prolongamento de uma religião morta, e duraria o que pode durar o rio caudaloso cujas fontes se estancaram. Como ente moral, ele séria, tanto quanto nos, embora o ignorasse, derivado da teologia."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 13, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"São raros os ateus puro-sangue. Quem lhes investigar as origens, chegará logo ao tronco crente."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 15, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"Querer fundar uma religião é o mesmo que querer criar uma língua universal"
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 25, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"Nunca faltará quem o tente, mas, em religião, ou caminhais com a massa, ou, ao mais ligeiro desvio do caminho dos peregrinos, vos encontrareis numa solidão sem eco. O caráter coletivo da religião é o primeiro fato que deve preocupar um espírito sincero que reflete sobre o assunto. A religião não pode ser individual. Ela perderia nisso seu caráter próprio e sua razão de ser. Todo espírito religioso tende à comunhão dos homens; quer a religião como ligamento e conciliação entre eles. De que serviria em tal matéria uma obra individual, portante isolada e solitária?,De que serviria uma língua universal para uso pessoal?"
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 25, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"Aceitai as imperfeições sociais das religiões, inerentes a toda associação humana; não condeneis porém seu principio, nem enfraqueçais o sentimento religioso nas suas fontes."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 27, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"O mistério não estreita o horizonte. Dilata-o."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 29, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"O bem é uma sugestão divina; a única feita ao homem."
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 45, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949''
 
*"Há máquinas de felicidade dispendiosas, que funcionam com enorme desperdício, e há outras econômicas, que, com as migalhas da sorte, criam alegria para uma existência inteira."
::- ''como citado em Revista Caras, 13 de setembro de 2006.
::- ''Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 141, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949
 
===Outros===
 
*"A história da [[escravidão]] africana na América é um abismo de degradação e miséria que se não pode sondar."
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::- ''Obras completas: O abolicionismo. Conferências e discursos abolicionistas‎ - Volume 7, Página 86, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949
 
*"Nada na vida pública requer tanta coragem como o mudar de um campo político. A excomunhão passou da religião para a política, e hoje existe somente nesta. Mudar de fé, de Deus, pouco importa, a apostasia é somente mudar de partido. Mas, graças a Deus, eu nunca cedi ao medo baixo de ser sincero e nunca me inspirei no que para mim não conta intelectual e politicamente. Formei-me de modo que a opinião dos que não me compreendem me ficou sempre indiferente"
*"A questão de iniciativa tem aliás tem um interesses todo secundário, sobretudo quando a idéia está no ar e o espírito do tempo a agita por toda a parte"
::- Numa Carta ao Ruy Barbosa, Vol 14 (Obras Completas de Joaquim Nabuco) pág 256
::- "Minha Formação", Rio de Janeiro: Topbooks, pag 172.
 
*"A grande casa reinante essa curta dinastia que deu a metade do seu trono para fazer a Independência e a outra fazer a Abolição."
::- Nabuco sobre a familia imperial, em "Por que eu sou monarquista"?
 
*"Como vê, sou um homem de uma só idéiaideia, mas não me envergonho dessa estreiteza mental porque essa idéiaideia é o centro e a circunferência do progresso brasileiro."
::- "Joaquim Nabuco, um centenário de morte".
 
*"A Igreja Católica foi grande no passado, quando era o cristianismo; quando nascia no meio de uma sociedade corrompida, quando tinha como esperança a conversão dos bárbaros, que se agitavam às portas do Império minado pelo egoísmo, corrompido pelo cesarismo, moralmente degradado pela escravidão. A Igreja Católica foi grande quando tinha que esconder-se nas catacumbas, quando era perseguida. Mas, desde que Constantino dividiu com ela o império do mundo, desde que de perseguida ela passou a sentar-se no trono e a vestir a púrpura dos césares, desde que, ao contrário das palavras do seu divino fundador, que disse: - O meu reino não é deste mundo, - ela não teve outra religião senão a política, outra ambição senão o governo, a Igreja tem sido a mais constante perseguidora do espírito de liberdade, a dominadora das consciências, até que se tornou inimiga irreconciliável da expansão científica e da liberdade intelectual do nosso século!"
::- Nabuco sobre a Igreja Católica, mas tarde se reconverteu, disponível em ALMEIDA JÚNIOR, Antônio Ferreira de. O "Ensino Livre" de Leôncio de Carvalho II: o ensino superior brasileiro entre 1879 e 1895. In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 18, n. 47, jul./set. 1952, p. 9.
 
*"Do que preciso fazer renúncia, em favor das traças que o consumiram, é de tudo o que nesses opúsculos escrevi em espírito de antagonismo à religião, com a mais soberba incompreensão de seu papel e da necessidade, superior a qualquer outra, de aumentar a sua influência, a sua ação formativa, reparadora, em todo o caso, consoladora, em nossa vida pública e em nossos costumes nacionais, no fundo transmissível da sociedade"
::-Nabuco renunciando suas afirmações sobre a Igreja Católica disponível em "Minha Formação", Coleção Biblioteca Básica Brasileira, pag 51.
 
*" Comparados os dois governos, o norte-americano ficou-me parecendo um relógio que marca as horas da opinião, o inglês, um relógio que marca até os segundos."
::- Nabuco sobre o presidencialismo americano e a monarquia inglesa, em "Minha Formação", Coleção Biblioteca Básica Brasileira, pag 46.
 
*"Monarquista sem esperança de monarquia, para que serve? Serve para não ser republicano sem esperança de liberdade."
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autobiografia tão psicológica como sociologicamente valiosa, além de notável pela sua qualidade literária. Uma das expressões mais altas da literatura em língua portuguesa."
::- [[Gilberto Freyre]] sobre Nabuco, disponível em "Minha Formação", Coleção Biblioteca Básica Brasileira, pag 8.
 
*"Mas nem todos foram enganados pelo futuro redentor prometido pelos militantes republicanos (...) Joaquim Nabuco tornou-se um dos monarquistas mais ardorosos. Influenciado pelo inglês Walter Bagehot, Nabuco acreditava na “superioridade prática do governo de gabinete inglês sobre o sistema presidencial americano” e na relevância de “uma Monarquia secular, de origens feudais, cercada de tradições e formas aristocráticas, como é a inglesa”, que se constituiu num “governo mais direta e imediatamente do povo do que a república crítica que comumente se fazia contra a Monarquia, a de que o rei não era eleito pelo povo, era, para Nabuco, “o segredo da superioridade do mecanismo monárquico sobre o republicano, condenado a interrupções periódicas que são para certos países revoluções certas”. Intelectual refinado e o mais célebre abolicionista do império, Nabuco considerava a República “um relógio de que fosse preciso renovar a mola no fim de pouco tempo”, ao passo que a Monarquia era “um relógio por assim dizer perpétuo”. A Monarquia também funcionava como “um aparelho mais sensível à opinião, mas rápido e mais delicado em apanhar-lhe as nuanças fugitivas, guardando ao mesmo tempo inalterável a tradição de governo e a aspiração permanente do destino nacional”."
::- Bruno Garschagen sobre Nabuco e seu apoio à monarquia, disponivel em "Pare de Acreditar no Governo", pag 76-77.
 
*"Não tinha (...) uma boa defesa da liberdade no Brasil desde a monarquia (...), onde se tinha que vota lá com o Nabuco para ver uma boa defesa do liberalismo no Brasil."