Charlie Chaplin: diferenças entre revisões

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Este é o texto mais famoso de Chaplin feito para a cena final do filme ''O Grande Ditador''. Nos livros sobre Chaplin escritos em língua portuguesa (Brasil), o texto recebe o título ''"Apelo aos Homens"''. É o único texto em prosa divulgado corretamente na internet creditado a Chaplin, é também o único texto presente em seu WebSite Oficial, [http://www.charliechaplin.com/en/articles/29]. O discurso às vezes é divulgado na íntegra, às vezes em forma de citações curtas:
 
* "Lamento, mas não quero ser um imperador. NãoEsse não é o meu objetivo. Não quero dar ordenscomandar ou conquistar ninguém. Eu gostaria de ajudar todos, se possível. Judeus, gentios, negros, brancos. Todos queremos ajudar um o outro. Os humanos são assim. Queremos viver pela felicidade do outro, não pela miséria do outro. Não queremos odiar e desprezar um o outro. Neste mundo há espaço para todos. E a boa terra é rica e pode prover a todos. O modo de viver pode ser livre e bonito, mas perdemos o modo.<br>A cobiça envevenou as almas dos homens, embarreirou o mundo com o ódio, levou-nos a passos-de-ganso à miséria e a um derramamento de sangue. Desenvolvemos a velocidade, mas nos fechamos. O maquinário que dá abundância nos deixou na carência. O nosso conhecimento nos fez cínicos. A nossa inteligência, duros e maus. Pensamos demais e sentimos de menos. Mais que maquinário, precisamos de humanidade. Mais que inteligência, precisamos de bondade e gentileza. Sem essas qualidades, a vida será violenta e tudo será perdido.<br>O avião e o rádio nos aproximaram. A verdadeira natureza dessas invenções clamam pelo bem nos homens, clama pela irmandade universal, pela unidade de todos nós. Mesmo agora, minha voz está alcançando milhões pelo mundo, milhões de homens, mulheres e criancinhas desesperadas, vítimas de um sistema que faz homens torturarem e aprisionarem pessoas inocentes.<br>Àqueles que puderem me ouvir, digo: não se desesperem. A miséria que está agora sobre nós é senão o falecimento da cobiça — a amargura dos homens que temem o caminho do progresso humano. O ódio dos homens passará e ditadores morrerão, e o poder que tiraram do povo retornará ao povo. E enquanto morrerem os homens, nunca perecerá a liberdade.<br>Soldados! Não se entreguem a brutos, homens que desprezam vocês, escravizam vocês, que regem as suas vidas, dizem-lhes o que fazer, o que pensar, o que sentir! Que furam vocês, dão-lhes ração diária, tratam vocês como gado, usam vocês como bucha de canhão. Não se entreguem a esses homens desnaturados, homens-máquinas com mentes de máquina e corações de máquina! Vocês não são máquinas! Vocês não são gado! Vocês são homens! Vocês têm o amor da humanidade em seus corações! Vocês não odeiam! Apenas o desamado ódio — o desamado e o desnaturado! Soldados! Não lutem pela escravidão! Lutem pela liberdade!<br>No 17º capítulo de São Lucas está escrito “o reino de Deus está dentro do homem”, não um homem nem um grupo de homens, mas em todos os homens! Em vocês! Vocês, o povo, têm o poder, o poder de criar máquinas, o poder de criar felicidade! Vocês, o povo, têm o poder de fazer esta vida livre e bonita, de fazer desta vida uma maravilhosa aventura.<br>Então, em nome da democracia, vamos usar esse poder, vamos todos nos unir. Vamos lutar por um mundo novo, um mundo decente que dará aos homens a chance de trabalhar, que dará à juventude um futuro e à velhice, uma segurança. Pela promessa dessas coisas, brutos subiram ao poder. Mas eles mentem! Não cumprem a promessa deles! Nunca cumprirão!<br>Ditadores se libertam, mas escravizam o povo! Agora vamos lutar para cumprir essa promessa! Vamos lutar para libertar o mundo, para acabar com as barreiras nacionais, para acabar com a cobiça, com o ódio e a intolerância. Vamos lutar um mundo da razão, um mundo onde a ciência e o progresso conduzirão à felicidade de todos os homens. Soldados! Em nome da democracia, vamos todos nos unir!"
 
'''Citações de "Luzes da Ribalta"'''