Søren Kierkegaard: diferenças entre revisões

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Foram adicionados trechos do livro de Kierkegaard "O conceito de ironia - constantemente referido a Sócrates" para maior compreensão do autor.
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Linha 48:
*"Enganar-se a respeito da natureza do [[amor]] é a mais espantosa das perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no [[tempo]] nem na [[eternidade]]"
::- ''At bedrage sig selv for kærlighed er det forfærdeligste, er et evigt tab, for hvilket der ingen erstatning er, hverken i tid eller evighed
:::- ''citado em "Gud er kærlighed: betragtninger over grundtankerne i Søren Kierkegaards "Kjerlighedens gjerninger"‎" - Página 24, H. J. Falk - Aros, 1986, ISBN 8770034869, 9788770034869 - 71 páginas [[Categoria:Pessoas|Soren Kierkegaard]] [[Categoria:Filósofos da Dinamarca|Soren Kierkegaard]] [[Categoria:Teólogos da Dinamarca|Soren Kierkegaard]]''
 
== O Conceito de Ironia - Constantemente Referido a Sócrates ==
Linha 56:
* A ironia é uma ''determinação da subjetividade.'' (p. 262)
* A ''ironia limita, finitiza, restringe,'' e com isso confere ''verdade, realidade, conteúdo''; ela ''disciplina'' e ''pune'', e com isso dá ''sustentação'' e ''consistência.''  (p. 332
 
*
* Era uma vez uma época, e ela não está muito longe, em que também aqui se podia fazer sucesso com um ''bocadinho de ironia'', que compensava todas as lacunas em outros aspectos, favorecia alguém com honrarias e lhe dava a reputação de ser culto, de compreender a vida e o caracterizava ante os iniciados como membro de uma vasta franco-maçonaria espiritual. Ainda nos deparamos de vez em quando com um ou outro representante deste mundo desaparecido, que conserva este fino sorriso, significativo, ambiguamente revelador de tanta coisa, este tom de cortesão espiritual, com o qual ele fez ''fortuna'' em sua juventude e sobre o qual construiu todo o seu futuro, na esperança de ter vencido o mundo. Mas ah! foi uma decepção! Em vão procura seu olhar explorador por uma alma irmã, e caso a época de seu esplendor não estivesse ainda fresca na memória de um ou de outro, suas caretas permaneceriam um enigmático hieroglifo para uma época na qual ele vive como hóspede e estrangeiro.  Pois nosso tempo exige mais, exige se não um pathos elevado, pelo menos altissonante, se não especulação, pelo menos resultados; quando não verdade, pelo menos convicção, quando não sinceridade, pelo menos protestos de sinceridade; e, na falta de sensibilidade, pelo menos discursos intermináveis a respeito desta. Por isso, nosso tempo cunha uma espécie bem diferente de rostos privilegiados. Não permite que a boca se feche obstinada, ou que o lábio superior trema com ar travesso, ele exige que a boca fique aberta; pois como poderíamos imaginar um verdadeiro e autêntico patriota, senão discursando, o rosto dogmático de um pensador profundo, senão com uma boca que fosse capaz de engolir o mundo todo; como nos poderíamos representar um virtuose da copiosa palavra vivente, senão com a boca escancarada? Ele não permite que paremos quietos e nos aprofundemos; andar devagar já desperta suspeita; e como nos poderíamos contentar com isso no instante movimentado em que vivemos, não época prenhe do destino, que, como todos reconhecem, está grávida do extraordinário? Nosso tempo odeia o isolamento, e como suportaria que um homem chegasse à ideia desesperada de andar sozinho através da vida, esse nosso tempo, que de mãos e braços dados (como membros viajantes das corporações de ofício e soldados rasos), vive para a ideia da comunidade? (p. 245-246)
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