Machado de Assis: diferenças entre revisões

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• "O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo".
== Romances ==
– Dom Casmurro, Editora Nova Aguilar, cap. II, p. 2.
=== [[Memórias Póstumas de Brás Cubas]] ===
{{artigo principal|[[Memórias Póstumas de Brás Cubas]]}}
 
• "Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim".
* "Não se ama duas vezes a mesma mulher."
– Dom Casmurro, Editora Nova Aguilar, cap. XXXII, p. 32
::- ''"Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881), capítulo XLIV; veja ([[s:Memórias Póstumas de Brás Cubas/XLIV#quote1|wikisource]])''
 
•"Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que seretira da praia, nos dias de ressaca".
* "Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes."
– Dom Casmurro, Editora Nova Aguilar, cap. XXXII, p. 32
::- ''"Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881), capítulo XXVII; veja ([[s:Memórias Póstumas de Brás Cubas/XXVII#quote1|wikisource]])''
 
•"Todas as palavras recolheram-se ao coração, murmurando: Eis aqui um que não fará grande carreira no mundo. As emoções o dominam".
* "Suporta-se com paciência a cólica do próximo."
– Dom Casmurro, Editora Nova Aguilar, cap. XXXIV
::- ''"Memórias Póstumas de Brás Cubas", capítulo CXIX; veja ([[s:Memórias Póstumas de Brás Cubas/CXIX#quote1|wikisource]])''
 
•"Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstancias. A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição. Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão".
* Matamos o tempo; o tempo nos enterra.
– Dom Casmurro, Editora Nova Aguilar, cap. LIX
::- ''Memórias póstumas de Brás Cubas, capítulo CXIX.''
 
•"As minhas [lágrimas] cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã".
* Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos andassem de carruagem.
– Dom Casmurro, Editora Nova Aguilar, cap. CXXIII
::- ''Memórias póstumas de Brás Cubas, capítulo CXIX.''
 
• "Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento,duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.
* Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.
::- ''Memórias póstumasPóstumas de Brás Cubas, capítuloEditora CXIXNova Aguilar, cap.'' I
 
• "Tinha dezessete anos; pungia-me um buçozinho que eu forcejava por trazer a bigode. Os olhos, vivos e resolutos, eram a minha feição
* Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta reflexão é a de um joalheiro.
verdadeiramente máscula. Como ostentasse certa arrogância, não se distinguia bem se era uma criança, com fumos de homem, se um homem com ares de menino".
::- ''Memórias póstumas de Brás Cubas, capítulo CXIX.''
– Memórias Póstumas de Brás Cubas, Editora Nova Aguilar, cap. XIV
 
•"Invenções há, que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre".
*Não te irrites se te pagarem mal um benefício: antes cair das nuvens, que de um terceiro andar.
::- ''Memórias póstumasPóstumas de Brás Cubas, capítuloEditora CXIXNova Aguilar, cap.'' LIV
 
•"Que há entre a vida e a morte? Uma curta ponte."
* "(...) gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou."
::- ''"Memórias Póstumas de Brás Cubas", capítuloEditora CLI;Nova vejaAguilar, ([[s:Memórias Póstumas de Brás Cubas/CLI#quote1|wikisource]])''cap.CXXIV
 
* "Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma dor bastarda. Então o homem, flagelada e rebelde, corria diante da fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, - nada menos que a quimera da felicidade, - ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão".
::- ''[[s:Memórias Póstumas de Brás Cubas/VII|Memórias póstumas de Brás Cubas, Capítulo VII]], [[Machado de Assis]] (1881)
 
=== ''Quincas Borba'' ===
 
* "Não há [[morte]]. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há [[morte]], há [[vida]], porque a supressão de uma é a condição de sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da [[guerra]]."
::- ''"Quincas Borba" (1891), capítulo VI; veja ([[s:Quincas Borba/VI#quote1|wikisource]])''
 
* "E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do [[mundo]], meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo, cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida."
::- ''"Quincas Borba" (1891), capítulo XLV; veja ([[s:Quincas Borba/XLV#quote1|wikisource]])''
 
* "Ao vencedor, as batatas."
::- ''"Quincas Borba" (1891), capítulo XVIII; veja ([[s:Quincas Borba/XVIII#quote1|wikisource]])''
 
* "O maior [[pecado]], depois do [[pecado]], é a publicação do [[pecado]]."
::- ''"Quincas Borba" (1891), capítulo XXXII; veja ([[s:Quincas Borba/XXXII#quote1|wikisource]])''
 
===Dom Casmurro===
{{artigo principal|[[Dom Casmurro]]}}
 
* "Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde. Mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo."
:- ''Capítulo II;
 
* "— A vida é uma ópera e uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestração é excelente..."
:- ''Capítulo IX; veja no ([[s:Dom Casmurro/IX#quote1|wikisource]])''
 
* "Deus é o poeta. A música é de Satanás, jovem maestro de muito futuro, que aprendeu no conservatório do céu."
:- ''Capítulo IX
 
* "Caro Santiago, eu não tenho graça, eu tenho horror à graça. Isto que digo é a verdade pura e última. Um dia, quando todos os livros forem queimados por inúteis, há de haver alguém, pode ser que tenor, e talvez italiano, que ensine esta verdade aos homens. Tudo é música, meu amigo. No princípio era o dó, e do dó fez-se ré, etc. Este cálice (e enchia-o novamente), este cálice é um breve estribilho. Não se ouve? Também não se ouve o pau nem a pedra, mas tudo cabe na mesma ópera..."
:- ''Capítulo IX; veja no ([[s:Dom Casmurro/IX#quote2|wikisource]])''
 
* "Que é demasiada metafísica para um só tenor, não há dúvida; mas a perda da voz explica tudo, e há filósofos que são, em resumo, tenores desempregados."
:- ''Capítulo X; veja no ([[s:Dom Casmurro/X#quote1|wikisource]])''
 
* "Há coisas que só se aprendem tarde; é mister nascer com elas para fazê-las cedo. E melhor é naturalmente cedo que artificialmente tarde."
:- ''Capítulo XV; veja no ([[s:Dom Casmurro/XV#quote1|wikisource]])''
 
* "Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca."
:- ''Capítulo XXXII; veja ([[s:Dom Casmurro/XXXII|wikisource]])''
 
* "Tudo acaba, leitor; é um velho truísmo, a que se pode acrescentar que nem tudo o que dura, dura muito tempo. Esta segunda parte não acha crentes fáceis; ao contrário, a ideia de que um castelo de vento dura mais que o mesmo vento de que é feito, dificilmente se despegará da cabeça, e é bom que seja assim, para que se não perca o costume daquelas construções quase eternas."
:- ''Capítulo CXVIII; veja ([[s:Dom Casmurro/CXVIII|wikisource]])''
 
* "As pessoas valem o que vale a afeição da gente, e é daí que mestre Povo tirou aquele adágio que quem o feio ama bonito lhe parece."
:- ''Capítulo CXXXI; veja ([[s:Dom Casmurro/CXXXI|wikisource]])''
 
* "É bem, qualquer que seja a solução, uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja leve!"
:- ''Capítulo CXLVIII;
 
== Contos ==
 
===A Chinela Turca===
 
* "O melhor drama está no espectador e não no palco."
 
===Virginius ===
 
* "Juntos vimos florescerem as primeiras ilusões, e juntos vimos dissiparem-se as últimas."
===Miss Dollar===
 
* "Era homem como os outros; outros Aquiles andam por aí que são da cabeça aos pés um imenso calcanhar."
* "O ridículo é uma espécie de lastro da alma quando ela entra no mar da vida; algumas fazem toda a navegação sem outra espécie de carregamento."
 
* "A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o [[vento]] apaga as velas e atiça as [[fogueira]]s."
::- ''[[Machado de Assis]] in: [[s:Miss Dollar/V|Miss Dollar, Capítulo V]], citando [[La Rochefoucauld]]''
 
===Mariana===
 
* "Não há decepções possíveis para um viajante, que apenas vê de passagem o lado belo da natureza humana e não ganha tempo de conhecer-lhe o lado feio."
 
===O Parasita Azul===
 
* "Importuna coisa é a felicidade alheia quando somos vítima de algum infortúnio."
* "Porque não há raciocínio nem documento que nos explique melhor a intenção de um ato do que o próprio autor do ato."
 
===Teoria do Medalhão===
 
* "A vida é uma enorme loteria; os prêmios são poucos, os malogrados inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as esperanças de outra."
* "Porque o adjetivo é a alma do idioma, a sua porção idealista e metafísica. O substantivo é a realidade nua e crua, é o naturalismo do vocabulário."
 
* "Sentenças latinas, ditos históricos, versos célebres, brocardos jurídicos, máximas, é de bom aviso trazê-los contigo para os discursos de sobremesa, de felicitação ou de agradecimento."
::- ''"Teoria do medalhão" (1881); veja ([[s:Teoria do medalhão|wikisource]])''
 
===O anel de Polícrates===
 
* "Quem não for cavaleiro, que o pareça."
* "Meu amigo, a imaginação e o espírito têm limites; a não ser a famosa botelha dos saltimbancos e a credulidade dos homens, nada conheço inesgotável debaixo do sol."
 
===O Alienista===
 
* "A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo."
:- ''Capítulo Primeiro
 
* "A índole natural da ciência é a longanimidade;"
:- ''Capítulo Primeiro
 
* "Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas;"
:- ''Capítulo Primeiro
 
* "A saúde da alma, bradou ele, é a ocupação mais digna do médico."
:- ''Capítulo Primeiro
 
* "O principal nesta minha obra da Casa Verde é estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhe os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal. Este é o mistério do meu coração. Creio que com isto presto um bom serviço à humanidade."
:- ''Capítulo II
 
* "Preso por ter cão, preso por não ter cão."
 
* "Verdade é que, se todos os gostos fossem iguais, o que seria do amarelo?"
:- ''Capítulo IV
 
==Outros==
 
* "Meu bom [[xadrez]], meu querido xadrez, tu que és o [[jogo]] dos [[silencio]]sos"
::- Obras completas - Volume 26 - Página 86, [[Machado de Assis]], ‎Fernando Nery - W.M. Jackson, Incorporated, 1942
 
* "Das qualidades necessárias ao jogo de [[xadrez]], duas essenciais: vista pronta e paciência beneditina, qualidades preciosas na vida que também é um xadrez, com seus problemas e partidas, umas ganhas, outras perdidas, outras nulas."
::- ''[[Machado de Assis]], em [[s:Iaiá Garcia/XI|Iaiá Garcia, capítulo XI]]''
 
* "Não se demonstra uma cocada, come-se. Comê-la é defini-la."
::- ''Notas Semanais (1878)''
 
* "Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões."
::- ''"Iaiá Garcia, capítulo XVII, última linha; [[s:Iaiá Garcia/XVII|(veja: wikisource)]]''
 
* "Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado."
::- ''"A semana: crônicas, 1892-1893"; Por Machado de Assis, John Gledson; Publicado por Editora Hucitec, 1996; ISBN 8527103265, 9788527103268; 359 páginas; página 124''
 
* "Está morto: podemos elogiá-lo à vontade."
::- ''conto "O empréstimo" (1881)''
 
* "A melhor definição do amor não vale um beijo."
::- ''"O Espelho"; veja ([[s:O Espelho|wikisource]])''
 
* "Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito."
::- ''"Verba testamentária" (1881); veja ([[s:Verba testamentária|wikisource]])''
 
* "Há em todas as coisas um sentido filosófico."
::- ''conto "O empréstimo" (1881)''
 
* "Palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies."
::- ''"Primas de Sapucaia!"; veja ([[s:Primas de Sapucaia!|wikisource]])''
 
* "A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal."
::- ''"Iaiá Garcia", capítulo III; veja ([[s:Iaiá Garcia/III|wikisource]])''
 
* "Basta amar para escolher bem; o diabo que fosse era sempre boa escolha."
::- ''"Memorial de Aires" (1908)''
 
* "A primeira [[glória]] é a reparação dos [[erro]]s."
::- ''[[Machado de Assis]] in: [[s:Ressurreição (Machado de Assis)/II#quote1|"Ressurreição", (Capítulo II: Liquidação do ano velho)]] (1872)
 
==Sobre==
 
* "Machado reúne os pré-requisitos da genialidade. Possui exuberância, concisão e uma visão irônica ímpar do mundo. Procuro um grande poeta brasileiro vivo. Até agora não encontrei nenhum."
:- ''[[Harold Bloom]], crítico literário norte-americano, sobre o escritor brasileiro Machado de Assis''
:- ''Fonte: Revista Época Edição 246 - 03/02/2003''
 
* "A cultura brasileira reflete mais a africana do que a americana. Nos E.U.A. temos o Jazz e quase só isso. Não existem figuras como Machado de Assis, um mulato considerado um dos maiores escritores do país."
:- ''[[John Updike]], escritor norte-americano''
 
* "Achei Machado de Assis excepcionalmente espirituoso, dono de uma perspectiva sofisticada e contemporânea, o que é incomum, já que o livro [Memórias Póstumas de Brás Cubas] foi escrito há tantos anos. Fiquei muito surpreso. É muito sofisticado, divertido, irônico. Alguns dirão: ele é cínico. Eu diria que Machado de Assis é realista."
:- ''[[Woody Allen]], diretor de cinema norte-americano''
 
* "Esse pequeno representante do pensamento retórico e velho no Brasil é hoje o mais pernicioso enganador, que vai pervertendo a mocidade (...) O autor de Brás Cubas, bolorento pastel literário, assaz o conhecemos por suas obras, e ele está julgado."
:- ''Sílvio Romero, crítico literário brasileiro''
 
* "Desde a escola, somos condicionados a acreditar que se trata de um grande escritor. Assim, todo mundo repete isso, mesmo sem ter lido uma linha. Eu nunca disse que não gostava de Machado de Assis, mas o considero um escritor de segunda (...)"
:- ''[[Millôr Fernandes]], escritor e dramaturgo brasileiro''
:- ''Fonte: [http://recantodasletras.uol.com.br/entrevistas/656255 Entrevista dado ao Estado de São Paulo em 15/09/2007]''
 
* "A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente."
:- ''"Dom Casmurro" - Página 106, de Machado de Assis, Homero Araújo, Sergius Gonzaga - Publicado por Novo Século, 2001 ISBN 8586880191, 9788586880193 - 214 páginas''
 
* "Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado".
:- ''"A semana" - Página 134, de Machado de Assis - Publicado por W. M. Jackson, 1938''
 
* "Há sempre uma qualidade nos contos, que os torna superiores aos grandes romances, se uns e outros são medíocres: é serem curtos."
:- ''"Várias Histórias" (veja [[s:Várias Histórias (Machado de Assis)/Advertência|wikisource]])''
 
* "O tempo, que a tradição mitológica nos pinta com alvas barbas, é pelo contrário um eterno rapagão, rosado, gamenho, pueril; só parece velho àqueles que já o estão; em si mesmo traz a perpétua e versátil juventude. "
::- ''Notas Semanais, Machado de Assis, 1878, 16 de junho
::- ''Obra completa, Volume 1‎ - Página 380, Machado de Assis, editor Afrânio Coutinho, 2a. ed., Editora J. Aguilar, - 1962
 
* "O coração humano é a região do inesperado."
::- ''Yayá Garcia‎ - Página 27, Machado de Assis - W. M. Jackson, 1942 - 308 páginas
 
* "Lágrimas não são argumentos."
::- ''Obra completa, Volume 2‎ - Página 826, Machado de Assis - J. Aguilar, 1962
 
 
 
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[[Categoria:Escritores do Brasil]]