Enéas Carneiro: diferenças entre revisões

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entrevista A Crítica
Linha 220:
*"São pessoas lúcidas, que não aguentam mais essa onda de desordem que aí está, que perceberam que vem sendo manejadas, conduzidas qual uma manada de búfalos para o precipício, e que observam ir-se estiolando tudo que presta na nação, os valores cívicos sendo eliminados, destruídos, famílias esquartejadas diante de telas de TV inundadas por imagem de sexo quase explícito no horário nobre… Meu eleitor são essas pessoas, a grande maioria da população. Por isso repito: se tivesse três minutos, bastava isso, não haveria necessidade de segundo turno."
:- ''Estado de S. Paulo, 1994 - Quem são seus eleitores''<ref name="estadospaulo94"/>
 
*"'''Não queremos, ninguém quer, mas o Brasil pode se tornar um Haiti descomunal.''' O que o senhor vê e lê nos meios de comunicação é apenas reflexo de um processo de deterioração termodinâmica do poder. Na verdade, eu repito sempre isso em todas as entrevistas, o que existe é uma submissão nossa, do País, aos ditames do poder chamado Poder Mundial. Quando se fala que a questão hoje está circunscrita ao legislativo, é preciso analisar melhor. Se realmente houve a compra de consciências, existem dois pólos na questão. O problema não esta só no legislativo, pois se houve compra, houve alguém comprando e, obviamente, se alguém comprou está no executivo. Se isso ocorreu, e há uma série de evidências que deve ter ocorrido, nós temos que analisar sob o ponto de vista abrangente: porque o executivo fez isso? '''Ele fez pra atender a ditames, a interesses que naturalmente estão contra os interesses da nação.''' Esse é que é o ponto de vista visceral."
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Sobre o futuro do Brasil<ref name="acritica05">{{citar vídeo |pessoas=A Crítica |data2=30/07/2005 |título=Enéas Carneiro |url= |formato= |tipo=Entrevista |publicado por=Jornal A Crítica |localização=Brasil |língua=português |acessodata= |acessomes= |acessoano= |hora= }}</ref>''
 
*"Veja, por exemplo, a dívida publica. Nós temos - segundo declarações do secretário do Tesouro, publicada em Diário Oficial - R$ 176 bilhões previsto para pagamento de juros da dívida pública. Ora, R$ 176 bilhões é mais de um terço de tudo que é gasto no Brasil com educação e saúde. '''É claro que há interesses gigantescos em jogo, interesses muito maiores do que o valor que é pago, se é que isso é pago. Então, toda esta crise é apenas um pedaço da questão, não é causa, a causa é um modelo de dependência, a causa é um modelo colonial em que nós vivemos há muito tempo.''' Agora, lamentavelmente, com a expectativa que o povo tinha com a eleição de um socialista para a presidência, de que o cenário iria mudar, criou-se uma desesperança nacional."
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Sobre os principais problemas''<ref name="acritica05"/>
 
*"Esta medida colocaria o Brasil em risco constitucional. Trata-se de um assunto inviável, seria difícil conseguir cumprir os prazos jurídicos, o que inviabilizaria o procedimento, já que falta pouco mais de um ano para o fim do mandato de Lula. Na época do primeiro escândalo que afetou este Governo, do Caso Waldomiro, '''eu pedi dentro da Câmara que o presidente renunciasse.''' A notícia saiu em jornal nenhum, mas esta lá no jornal da Câmara. Eu disse: “presidente, vossa excelência não tem condições para dirigir um País”. Não estou falando de moral, nada disso, eu estou falando de condições pontuais mínimas pra perceber o cenário."
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Sobre o processo de impeachment''<ref name="acritica05"/>
 
*"Nunca havia ouvido falar de “mensalão” antes das denúncias. Mas, tinha minhas desconfianças de que havia algo errado para que o Governo, de repente, conseguisse apoio da bancada. '''Um exemplo foi o projeto da reforma da previdência que foi votado à 1h da madrugada.''' Mas não vou falar de “mensalão”, porque “mensalão” é pagamento de trombadinhas, uma conseqüência de todas as ações erradas que o Governo Federal tem cometido."
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Sobre o mensalão''<ref name="acritica05"/>
 
*"Há muito a ser feito. Então, haverá um saldo positivo. É quase impossível que não haja um saldo positivo. Porque, queira ou não, todas as vezes que a verdade vem à tona, ela é positiva. (...) Quando o homem comum percebe que um deputado é pago pra votar contra ele, sempre há uma reação. Depois da borrasca sempre vem a calmaria. Quero eu crer, que a verdade sempre é mais forte. Contra ela não há argumento. Penso então que o balanço será positivo, não tenho dúvida. Estamos passando por um processo de depuração."
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Sobre os resultados das CPIs''<ref name="acritica05"/>
 
*"Na palestra que fiz ontem na OAB, disse que o Brasil detém tudo o que um País necessita pra se por de pé, tudo. Temos as maiores jazidas mundiais de minérios de alta categoria. Por exemplo, eu cito sempre o Nióbio. Sem Nióbio não se fabricam aviões supersônicos. Nós temos a maior riqueza do mundo neste mineral. Cerca de 95% das jazidas estão aqui em Araxá, Minas Gerais. Nós vendendo a preço de banana para o exterior. Mas sem o nióbio o avião supersônico não levanta. Ele é vital, visceral. Agora, estou dando apenas um exemplo. Nós temos o vanádio, o titânio, metal fundamental para isolamento de caldeiras e para a dessalinização da água do mar, que é um dos maiores problemas do século 21. Temos quartzo da melhor qualidade, sem quartzo não se constroem microcomputadores. Tudo isso nós vendemos a menos de meio dólar o quilograma. '''Ou seja, se nós temos a base, que são as riquezas minerais, se nós temos luz solar, na qual em um dia no Brasil nós temos energia comparável a 120 mil usinas de Itaipu a todo vapor, nós não precisamos nem de petróleo, podemos trabalhar com combustíveis provenientes de óleos vegetais, e isso é projeto meu que esta lá em Brasília. O nosso Petróleo vamos exportá-lo. Nós temos condições de exportar energia, temos tudo.'''"
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Como enfrentar retaliações''<ref name="acritica05"/>
 
*"No momento em que se tenha um Presidente da República que queira ter uma postura independente, que não esteja atrelado a esse modelo, claro que é possível. A história do mundo se fez assim. O império romano caiu, os impérios carolíngio e otomano caíram. Nós também estamos diante de um império, somos colônia. Então, é possível sim darmos este grito de independência. É claro, haverá momentos de dificuldades, sim. Mas, e agora? '''Que perspectivas nós temos sendo caudatários das decisões lá de fora? Pagando uma dívida que tem uma lógica extraordinária: quanto mais se paga mais se deve. Então é nesse sentido que eu digo que toda esta crise é ridícula, é coisa de trombadinha. Há coisas infinitamente maiores.''' Então, ao meu ver, a questão primacial é nós sabermos por que isso aconteceu, o que esteve por trás disso, porque se precisa pagar por um pacote contra o Brasil. Essa é a questão maior."a
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Sobre a possibilidade da implantação de sua visão no cenário político mundial''<ref name="acritica05"/>
 
*"Porque acredito que exista uma saída: romper completamente com o sistema financeiro internacional que movimenta diariamente cerca de US$ 3 trilhões. '''Diante deste cassino mundial, a globalização é apenas uma palavra bonita que encobre um processo de pirataria, de rapinagem explícita.''' Ao defender este projeto nacional, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi igual ao ex-presidente Fernando Collor de Mello. FHC e Collor são iguais, a única diferença entre eles é que o primeiro é infinitamente mais preparado. Eles venderam todas as nossas riquezas com o argumento de que precisamos pagar nossos compromissos. Isto tudo é uma mentira. A dívida mobiliária, a parte mais importante da dívida interna brasileira, por exemplo, estava em torno de US$ 50 bilhões antes de FHC assumir e, hoje, ultrapassa os US$ 200 bilhões."
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Por que o senhor é candidato?''<ref name="acritica05"/>
 
*"Anular todas as privatizações. Elas foram inconstitucionais e é possível provar. '''A privatização da Vale do Rio Doce, por exemplo, foi uma imundície. Todas as empresas que foram vendidas vão voltar para seus antigos donos - os brasileiros.''' Gastamos cerca de US$ 5 bilhões por mês para pagar juros da dívida externa e não temos dinheiro para resolver o problema da seca no Nordeste. '''Tudo isso é de um cinismo despudorado.'''"
:- ''A Crítica, 30/07/2005 - Que remédio o senhor daria para estancar esta sangria?''<ref name="acritica05"/>
 
==Bordões==