Luís Vaz de Camões: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
DanielTom (discussão | contribs)
+"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça! / Desta vaidade, a quem chamamos Fama!"
DanielTom (discussão | contribs)
m sub-secções
Linha 13:
}}
 
'''[[w:Camões|Luís Vaz de Camões]]''' ''(cerca de [[1524]] - [[10 de junho]] de [[1580]]) foi um importante poeta Português do século XVI que criou, entre outras obras, a [[wikt:epopeia|epopeia]] ''"Os Lusíadas"''.''
----
 
== ''Os Lusíadas'' (1572) ==
* Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,<br>Muda-se o ser, muda-se a confiança;<br>Todo o mundo é composto de mudança,<br>Tomando sempre novas qualidades.
::- ''Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades''
 
*Amor é fogo que arde sem se ver;
:É ferida que dói e não se sente;
:É um contentamento descontente;
:É dor que desatina sem doer;
 
:É um não querer mais que bem querer;
:É solitário andar por entre a gente;
:É nunca contentar-se de contente;
:É cuidar que se ganha em se perder;
 
:É querer estar preso por vontade;
:É servir a quem vence, o vencedor;
:É ter com quem nos mata lealdade.
 
:Mas como causar pode seu favor
:Nos corações humanos amizade,
:Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
 
::Luís de Camões
 
*"Os bons vi sempre passar <br> No mundo graves tormentos; <br> E para mais me espantar <br> Os maus vi sempre nadar <br> Em mar de contentamentos."
::- ''poesia "[[s:Esparsa ao desconcerto do mundo|Esparsa ao desconcerto do mundo]]"''
 
* É fraqueza entre ovelhas ser leão.
Linha 120 ⟶ 96:
::Fonte: [[s:Os Lusíadas/X|Os Lusíadas, canto X]]
 
== Lírica ==
*desculpa-me o que vejo;
 
:que se, enfim, resisto
* Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,<br>Muda-se o ser, muda-se a confiança;<br>Todo o mundo é composto de mudança,<br>Tomando sempre novas qualidades.
:contra tão atrevido e vão desejo,
::- ''Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades''
:faço-me forte em vossa vista pura,
 
:e armo-me de vossa fermosura.
*Amor é fogo que arde sem se ver;
::- ''canção "[[s:Fermosa e gentil dama|Fermosa e gentil dama]]"''
:É ferida que dói e não se sente;
:É um contentamento descontente;
:É dor que desatina sem doer;
 
:É um não querer mais que bem querer;
:É solitário andar por entre a gente;
:É nunca contentar-se de contente;
:É cuidar que se ganha em se perder;
 
:É querer estar preso por vontade;
:É servir a quem vence, o vencedor;
:É ter com quem nos mata lealdade.
 
:Mas como causar pode seu favor
:Nos corações humanos amizade,
:Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
 
::Luís de Camões
 
*"Os bons vi sempre passar <br> No mundo graves tormentos; <br> E para mais me espantar <br> Os maus vi sempre nadar <br> Em mar de contentamentos."
::- ''poesia "[[s:Esparsa ao desconcerto do mundo|Esparsa ao desconcerto do mundo]]"''
 
*Alma minha gentil, que te partiste
Linha 136 ⟶ 133:
::- Soneto dedicado ao seu último amor; Dinamene
 
*desculpa-me o que vejo;
*"Coisas impossíveis, é melhor esquecê-las que desejá-las."
:que se, enfim, resisto
::- ''Carta Segunda, in: "Obras de Luiz de Camões: precedidas de um ensaio biographico, no qual se relatam alguns factos não conhecidos da sua vida" - Volume 5, [http://books.google.com.br/books?id=OxI2AAAAIAAJ&pg=PA224 página 224], Por Luís de Camões, João Antonio de Lemos Pereira de Lacerda Juromenha, Francesco Petrarca, Publicado por Imprensa nacional, 1866''
:contra tão atrevido e vão desejo,
 
:faço-me forte em vossa vista pura,
*Busque Amor novas artes, novo engenho,
:Parae matararmo-me, ede novasvossa esquivanças;fermosura.
::- ''canção "[[s:Fermosa e gentil dama|Fermosa e gentil dama]]"''
:Que não pode tirar-me as esperanças,
:Que mal me tirará o que eu não tenho.
 
:Olhai de que esperanças me mantenho!
:Vede que perigosas seguranças!
:Que não temo contrastes nem mudanças,
:Andando em bravo mar, perdido o lenho.
 
:Mas, conquanto não pode haver desgosto
:Onde esperança falta, lá me esconde
:Amor um mal, que mata e não se vê.
 
:Que dias há que n'alma me tem posto
:Um não sei quê, que nasce não sei onde,
:Vem não sei como, e dói não sei porquê.
 
*"[[s:Transforma-se o amador na cousa amada|Transforma-se o amador na coisa amada]]"
Linha 176 ⟶ 159:
: ''E o vivo e puro amor de que sou feito''
: ''Como a matéria simples busca a forma.''
 
*Busque Amor novas artes, novo engenho,
:Para matar-me, e novas esquivanças;
:Que não pode tirar-me as esperanças,
:Que mal me tirará o que eu não tenho.
 
:Olhai de que esperanças me mantenho!
:Vede que perigosas seguranças!
:Que não temo contrastes nem mudanças,
:Andando em bravo mar, perdido o lenho.
 
:Mas, conquanto não pode haver desgosto
:Onde esperança falta, lá me esconde
:Amor um mal, que mata e não se vê.
 
:Que dias há que n'alma me tem posto
:Um não sei quê, que nasce não sei onde,
:Vem não sei como, e dói não sei porquê.
 
* "Tudo me defendei, senão só ver-vos, / E dentro na minha alma contemplar-vos, / Ao menos que não chegue a aborrecer-vos."
:- ''Fonte: Citações da Cultura Universal - Página 18, Alberto J. G. Villamarín, Editora AGE Ltda, 2002, ISBN 8574970891, 9788574970899''
 
== Cartas ==
*"Coisas impossíveis, é melhor esquecê-las que desejá-las."
::- ''Carta Segunda, in: "Obras de Luiz de Camões: precedidas de um ensaio biographico, no qual se relatam alguns factos não conhecidos da sua vida" - Volume 5, [http://books.google.com.br/books?id=OxI2AAAAIAAJ&pg=PA224 página 224], Por Luís de Camões, João Antonio de Lemos Pereira de Lacerda Juromenha, Francesco Petrarca, Publicado por Imprensa nacional, 1866''
 
* "Não se pode ter [[paciência]] com quem quer que lhe façam o que não faz."
::- ''Obras de Luiz de Camões: precedidas de um ensaio biographico, se relatam alguns factos não conhecidos da sua vida‎ - [http://books.google.com.br/books?id=OxI2AAAAIAAJ&pg=PA229 Página 229], [[Luís de Camões]], João Antonio de Lemos Pereira de Lacerda Juromenha (Visconde de), Francesco Petrarca - Imprensa nacional, 1866
 
== Miscelânea ==
* Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela.
 
*"Morro com a Pátria"
:- ''palavras no leito de morte, citado em "Obras de Luiz de Camões: precedidas de um ensaio biographico, no qual se relatam alguns factos não conhecidos da sua vida" - volume 1, capítulo XXVII, [http://books.google.com.br/books?id=tBA2AAAAIAAJ&pg=RA2-PA148 página 148], Por Luís de Camões, João Antonio de Lemos Pereira de Lacerda Juromenha, Francesco Petrarca, Publicado por Imprensa nacional, 1860''
 
* "Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela."
 
[[Categoria:Pessoas]]