Tony Duvert: diferenças entre revisões

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=== Ensaios e artigos===
*Tolerar a sexualidade, como afirmamos fazer, explorá-la e compreendê-la, como fingimos necessitar, seria, no entanto, deixá-la aparecer em todo lugar, deixar que se expresse e se viva em todo lugar, em suma, fazê-la florescer a todas as luzes na vida social. E não restringi-la aos livros de moda, às lojas de Pigalle, aos casamentos reais e às portas dos banheiros.
:Não é a aparição de livros « eróticos» ou de produtos « pornográficos» o que demonstra, nesse âmbito, a liberdade, mas pelo contrário a desaparição dos lugares e dos rituais específicos onde a sexualidade, o prazer e o corpo estiveram encerrados. Não é às revistas pornôs às que lhes corresponde mostrar desnudos, orgias, sapatões, trepadas de garotos, mas a ''France‑Dimanche'', ''L’Express'', ''Paris‑Match'', ''Tintin'', ''Spirou'' e outras publicações humanistas. Não é aos produtores de filmes X a quem corresponde representar as vidas sexuais, mas aos cineastas que atraem as massas, e às televisões. Não é aos escritores «especiais» a quem corresponde descrever nossos corpos, mas à literatura inteira. Ou se deverá dizer que a sexualidade é intolerável e que deve continuar prisioneira de alguns maníacos que se obstinam a mostrar que ''isso'' existe, enchendo como podem esse vazio da nossa cultura e dos nossos costumes.''