Tony Duvert: diferenças entre revisões
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=== Entrevistas ===
* No geral, a literatura, erótica ou não, sempre reflete o erotismo como algo à ''parte''. Eu tento fazer o contrário, abrir a jaula. E depois, o erótico e o não erótico não se distinguem mais e combinam seu poder.
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:::<div style="font-size:10pt">"L'érotisme n'est pas un violon d'Ingres", em ''L'Express'', n.° 1124 (22-28 de janeiro 1973).</div>
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* Para mim, a pedofilia é uma cultura. É necessário que ela represente uma vontade de fazer algo dessa relação com a criança (...). É imprescindível que as relações sejam culturais. E é imprescindível que aconteça algo que não seja nem paternal nem pedagógico. Deve ser criada uma civilização.
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:::<div style="font-size:10pt">"Tony Duvert: Non à l'enfant poupée", em ''Libération'', n.º 1532 e 1533 (10-11 de abril 1979).</div>
* [D]evemos impedir que as mulheres tenham um direito exclusivo sobre as crianças. [...] Não se trata já de que haja relações sexuais ou de que não haja. Se eu conheço uma criança e sua mãe se opõe às relações que eu tenho com ela, não é de jeito nenhum por uma questão de pintos, é acima de tudo porque lha pego. Por questões de poder, sim.
:Ou por outras palavras, elas se apropriam de uma boneca e a cuidam.
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::''Autrement dit, elles se prennent une poupée et se la gardent.''
:::<div style="font-size:10pt">''Ibíd.''</div>
* Sou totalmente solidário com as lutas ''em contra''. É evidente que há que travar uma batalha contra as leis, contra as instituções. Mas provavelmente não ''a favor'' da pedofilia. A luta deve ser para que o Estado e a sexualidade deixem de ter a mínima relação. Na realidade, para que deixe de existir um Estado, uma institução relacionada com a sexualidade. E, na minha opinião, nesse estado de suposta liberdade, as situações sexuais que conhecemos se tornam inimagináveis. E os personagens que conhecemos como parceiros sexuais ou como vítimas também se tornam inimagináveis. Mas não quero defender a sexualidade atual de um pedófilo, ou de um gay, o de um hetero, o de um homem ou de uma mulher. Na minha opinião, eles são subprodutos de uma estatização da sexualidade.
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:::<div style="font-size:10pt">''Ibíd.''</div>
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