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Eduardo Fenianos Jornalista e escritor curitibano, também conhecido como Urbenauta.


Livros

O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana (1998)

  • “Lição nº1: as pessoas necessitam do insitado” p. 18
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Entro em uma livraria e compro ‘A volta ao Mundo em Oitenta Dias” de Júlio Verne. Afinal, o nome Volta por Curitiba em 90 dias foi uma forma de mostrar que a cidade em que vivemos, seja ela qual for e independente de seu tamanho, pode ser, no mínimo, 10 dias maior do que o mundo. Como diz um sábio amigo: Achar diamantes em minas de diamantes é fácil. Delicioso e desafiante é encontrar diamantes em minas de carvão.” P. 44
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Há cinco mil anos os seres humanos criaram a cidade para que ela os protegesse de animais selvagens e, hoje, ela é mais perigosa do que a selva. Trancamos nossos carros e fechamos as janelas porque a qualquer momento nós podemos ser vítimas. Andamos pelas ruas como os corajosos desbravadores andavam pela selva africana.” P. 50
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Existe na cidade uma escada rolante inconsciente. Ela dita um ritmo de velocidade que somos obrigados a obedecer para permanecer vivos e cumprir com papéis sociais e compromissos de classe. As pessoas passam como cometas.

Todos tem relógio, mas ninguém tem tempo.” P. 50

- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “O jovem que acampa está em busca de raízes selvagens. A raiz humanizada que tenta reencontrar a terra que a fez brotar. Em mundos bucólicos brotam seres bucólicos. Em selvas de pedra brotam seres de pedra.” P. 75
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Estou aprendendo que olhando fundo nos olhos de alguém, posso descobrir tanto quanto o cientista descobre com seu microscópio.” P. 102
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Pela segunda vez alguém me negou pouso. Na primeira, um padre. Desta vez uma prostituta. Lados tão distintos, comportamentos parecidos. Surpresas da cidade. Meu sonho de dormir em um harém estava despedaçado. Guardei as frases na cabeça. O padre negou solidariedade. A prostituta negou cama.” P. 104
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Os homens que me palestraram sobre a preservação da família na faculdade de direito, gargalham à minha frente. O juiz está irreconhecível. Esqueceu a sisudez do tribunal e ri muito com a menina que está em seu colo. Não é o sorriso conveniente do judiciário. É um sorriso repleto de prazer. É uma aventura a vida desses homens. Adrenalina Pura. Minha aventura fica no chinelo perto de sua aventura diária. É preciso muito sangue frio para execrar a prostituição durante o dia e fazer uso dela durante à noite. Um homem realmente se empenha para manter seu papel e status sociais. Um fotógrafo sensacionalista faria a festa neste lugar. Para mim, a festa é ver e comprovar o que os estudiosos sempre defenderam. A cidade e o prazer sempre estiveram próximos.” P. 105
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Num tempo em que a cidade ainda era vila, os principais puteiros ficavam em lugares distantes. Como eram frequentados por deputados, vereadores, desembargadores e barões, o macadame, a luz elétrica e a água chegavam rápido. Com as benfeitorias, casas de família surgiam na vizinhança, levando os puteiros a buscar lugares ainda mais distantes. O processo se repetia e assim a cidade crescia, seguindo os trilhos do prazer e a libido dos poderosos. Assim, um pinto, que não era sobrenome, participava de projetos, decisões e planejamento urbano.” P.106
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “A igualdade plana e técnica dos mapas é bem diferente da realidade carnificada e desoladora à minha frente. Somente no papel, as ruas são iguais.” P. 117
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “O mesmo orgulho que o milionário sente quando sua foto sai na coluna social, sente o bandido quando a sua foto sai nas páginas policiais.” P.128
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Estou quatro dias atrasado. Sem problemas, minha viagem não é contra o tempo. É a favor do espaço.” P.139
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Aos domingos pela manhã, pratico meu ritual de assistir às missas e cultos de religiões diferentes. É bom para tentar saber de onde a cidade veio e para onde ela pretende ir. O calor do sol me agrada.” p. 144
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “O homem livre está morrendo. Deixou de engaiolar passarinhos, e agora está engaiolando a si mesmo num mundo virtual. Estamos todos convidados a participar do Movimento de Preservação do Homo sapiens.” p. 146
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Os rios me ensinaram: quando um objetivo está muito distante, a sensação ou ilusão de que ele está próximo o torna possível. Saber que o que desejamos pode existir, já é um grande passa para que um sonho seja realidade.” P. 155
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “É uma lei urbana que aprendi no caminho. O que espero dos outros terá que partir de mim.” P. 183
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Nesse ponto de minha viagem já posso enxergar claramente como é distorcida a visão que as tribos da selva urbana têm umas das outras. O rico pensa que todo morador de favela é ladrão. O punk discrimina patricinhas e mauricinhos. Patricinhas e mauricinhos discriminam o punk. E assim ficamos todos enjaulados em nossos mundinhos. Os ricos pensando que os pobres nunca comem carne e os pobres acreditando que os ricos nunca sentem vontade de comer pão com banana. Todos julgando a selva sob o olhar da própria tribo. Estou aprendendo o quanto saber comportar-se em todos os meios pode ser muito útil à preservação da espécie.” P. 189
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Como num ciclone, uni todas as provas e personagens do crime. O padre que me negou solidariedade, a prostituta que me negou cama, o hotel sem hospitalidade, o centro gastronômico sem comida e aquele maldito “Socorro” que não me socorreu. Ali mesmo, chorei com a chuva a falência da sociedade especializada. A sociedade que perdeu o sabor de fazer algo além do previsto e do planejado. A sociedade do medo, da covardia e do egoísmo. A sociedade dos papéis definidos.” P. 195
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “...e me perguntei o que nós, seres humanos, fizemos para que pudéssemos comparar uma viagem na cidade a um safari. Uma das respostas veio quando parei num sinaleiro: passamos cinco mil anos de história das cidades tentando derrotar a natureza e os outros seres humanos. Engatei a marcha tendo a certeza de que vamos passar os próximos cinco mil anos aprendendo a nos respeitar e a conviver com ela.” p. 196
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Estou aprendendo tanto sobre humildade e relações humanas que tenho vontade de incentivar intercâmbios entre classes sociais diferentes. É muito enriquecedor. Já tenho provas de que expressões como a educação vem de berço podem ser utilizadas em todas as classes sociais.” P. 198
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.
  • “Volto como uma árvore com asas ao lugar de onde saí como um pássaro com raízes.” P 217
- Eduardo Fenianos O Urbenauta: Manual de Sobrevivência na Selva Urbana. Curitiba: UniverCidade, 1998. 224 p.