Monteiro Lobato: diferenças entre revisões

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== Livros ==
 
===Urupês (1918)===
* "No [[Brasil]] subtrai-se; somar, ninguém soma." ''do conto Velha praga''
 
* "O que a sua [[cabeça]] pensou ninguém o saberá jamais. Têm as [[idéias]] para escondê-las a caixa craniana, o couro cabeludo, a grenha: isso por cima; pela frente têm a [[mentira]] do olhar e a [[hipocrisia]] da boca. Assim entrincheiradas, elas, já de si imateriais, ficam inexpugnáveis à argúcia alheia. E vai nisso a pouca [[felicidade]] existente neste [[mundo]] sublunar. Fosse possível ler nos cérebros claros como se lê no papel e a [[humanidade]] crispar-se-ia de horror ante si própria...". ''do conto Pollice verso''
*"No [[Brasil]] subtrai-se; somar, ninguém soma." ''do conto Velha praga''
* "[[Progresso]] amigo, tu és cômodo, és delicioso, mas [[feio]]..." ''do conto Os faroleiros''
 
*"O que a sua [[cabeça]] pensou ninguém o saberá jamais. Têm as [[idéias]] para escondê-las a caixa craniana, o couro cabeludo, a grenha: isso por cima; pela frente têm a [[mentira]] do olhar e a [[hipocrisia]] da boca. Assim entrincheiradas, elas, já de si imateriais, ficam inexpugnáveis à argúcia alheia. E vai nisso a pouca [[felicidade]] existente neste [[mundo]] sublunar. Fosse possível ler nos cérebros claros como se lê no papel e a [[humanidade]] crispar-se-ia de horror ante si própria...". ''do conto Pollice verso''
 
*"[[Progresso]] amigo, tu és cômodo, és delicioso, mas [[feio]]..." ''do conto Os faroleiros''
 
===América (1929)===
* "Se quer viver feliz na América, não se mostre duro com os cães - nem desrespeitoso para com a americana. São dois dogmas muito sérios."-(op.cit., pgp. 23)
 
* "'''Um [[país]] se faz com [[homens]] e [[livro]]s'''. Minha visita aos monumentos de George Washington e Lincoln provou-me que a América tinha homens. Ter homens, para um país, é ter Washingtons e Lincolns, forças tão marcantes que sobre sua obra não pode a morte."-(op.cit., pgp. 45)
*"Se quer viver feliz na América, não se mostre duro com os cães - nem desrespeitoso para com a americana. São dois dogmas muito sérios."-(op.cit., pg. 23)
* "Muitas vezes no Brasil ouvi da boca de seus patrícios que Deus é brasileiro, disse Mr. Slang, como se estivesse adivinhando os meus pensamentos. Ao americano jamais ocorreu inventar coisa parecida; no entanto, a verdade me parece ser Deus escandalosamente americano - se não de nascimento, pelo menos naturalizado. Não existe território no mundo mais rico que este - e esta é a razão do surto prodigioso da América".-(op.cit., pg. 64-5)
 
* "Tem muita [[filosofia]] a cauda americana. Mostra o grau de disciplina a que chegou o povo, mostra a aceitação instintiva da forma que melhor atende ao fim coletivo: entrar sem tumulto e na ordem de direito. O instinto de conservação a criou. Sem ela a América, este monstruoso formigueiro humano, não poderia funcionar. Esperar a sua vez, ocupar o seu lugar - como isto que parece fácil é difícil num país latino!"-(op.cit., pg. 117-8)
*"'''Um [[país]] se faz com [[homens]] e [[livro]]s'''. Minha visita aos monumentos de George Washington e Lincoln provou-me que a América tinha homens. Ter homens, para um país, é ter Washingtons e Lincolns, forças tão marcantes que sobre sua obra não pode a morte."-(op.cit., pg. 45)
* "Inda há de surgir o [[Nietzche]] americano que ponha em [[filosofia]] e imponha ao [[mundo]], como dogma novo, a impetuosidade alegre dos grandes Vândalos que estão a criar o mundo de amanhã. Que divinize como a coisa mais grata ao nosso instinto fundamental o murro de martelo-pilão com que um Tunney mete por terra um Dempsey. Que divinize a audácia de arrancar as catedrais à mística religiosa para dá-las, multiplicadas em ímpeto ascensor, ao comércio, ao cinema, ao rádio. Que divinize o 'mais, mais, mais' que não se perde em refletir à grega: 'sim, mas mais até onde?' Que realize a supressão da palavra 'até'. O 'até' limita, e por que limitar?"-(op.cit., pg. 122-3)
 
*"Muitas vezes no Brasil ouvi da boca de seus patrícios que Deus é brasileiro, disse Mr. Slang, como se estivesse adivinhando os meus pensamentos. Ao americano jamais ocorreu inventar coisa parecida; no entanto, a verdade me parece ser Deus escandalosamente americano - se não de nascimento, pelo menos naturalizado. Não existe território no mundo mais rico que este - e esta é a razão do surto prodigioso da América".-(op.cit., pg. 64-5)
 
*"Tem muita [[filosofia]] a cauda americana. Mostra o grau de disciplina a que chegou o povo, mostra a aceitação instintiva da forma que melhor atende ao fim coletivo: entrar sem tumulto e na ordem de direito. O instinto de conservação a criou. Sem ela a América, este monstruoso formigueiro humano, não poderia funcionar. Esperar a sua vez, ocupar o seu lugar - como isto que parece fácil é difícil num país latino!"-(op.cit., pg. 117-8)
 
*"Inda há de surgir o [[Nietzche]] americano que ponha em [[filosofia]] e imponha ao [[mundo]], como dogma novo, a impetuosidade alegre dos grandes Vândalos que estão a criar o mundo de amanhã. Que divinize como a coisa mais grata ao nosso instinto fundamental o murro de martelo-pilão com que um Tunney mete por terra um Dempsey. Que divinize a audácia de arrancar as catedrais à mística religiosa para dá-las, multiplicadas em ímpeto ascensor, ao comércio, ao cinema, ao rádio. Que divinize o 'mais, mais, mais' que não se perde em refletir à grega: 'sim, mas mais até onde?' Que realize a supressão da palavra 'até'. O 'até' limita, e por que limitar?"-(op.cit., pg. 122-3)