Clarice Lispector: diferenças entre revisões
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* "(...) Me lembro bem da carta que eu lhe escrevi, sobre deixar os outros em paz. Realmente o tom geral devia estar pessimista. O pessimismo passou, mas o bom propósito não: '''farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na pessoa que o recebe.''' Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz... Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega pelo amor. (...)"
::- ''in: No livro 'Minhas Queridas'. (um livro que reúne cartas escritas entre 1940 e 1957 para suas irmãs)
* Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca!
::- ''entrevista concedida em 1977 a Júlio Lerner
*"Acho que sábado é a rosa da semana."
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:- ''[[Clarice Lispector]], "A imitação da rosa" - Página 12, Clarice Lispector - Editora Artenova, 1973 - 183 páginas''
* "Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões".
:- ''[[Clarice Lispector]], "A imitação da rosa" - Página 12, Clarice Lispector - Editora Artenova, 1973 - 183 páginas''
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::- ''"Mas há vida" in: "A descoberta do mundo: crónicas" - página 373, Clarice Lispector - Francisco Alves, 1994, ISBN 8526502654, 9788526502659 - 533 páginas
* (...) nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço.
::- ''CL , In: Aprendendo a viver, RJ: Editora Rocco, 2004.
::- ''Visão do esplendor: impressões leves - página 135, Clarice Lispector - Francisco Alves, 1975 - 156 páginas
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==A Descoberta do Mundo==
* Lutei toda a minha vida contra a tendência ao devaneio, sempre sem jamais deixar que ele me levasse até as últimas águas. Mas o esforço de nadar contra a doce corrente tira parte de minha força vital. E, se lutando contra o devaneio, ganho no domínio da ação, perco interiormente uma coisa muito suave de se ser e que nada substitui. Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará.
==A hora da estrela==
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*"Com Deus a gente também pode abrir caminho pela violência. Ele mesmo quando precisa mais especialmente de um de nós, Ele nos escolhe e nos violenta."
*"Dá-me a tua mão desconhecida que a vida está me doendo e eu não sei como falar- a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas."
::- ''"A paixão segundo G.H.: romance" - Página 34; de Clarice Lispector - Publicado por Editôra Sabiá, 1964 - 182 páginas'' *"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...
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* "...há impossibilidade de ser além do que se é -
:no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio,
:sou mais do que eu, quase normalmente -
:tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação
:de meu começo......
:a única verdade é que vivo.
:Sinceramente, eu vivo.
:Quem sou?
:Bem, isso já é demais...."
*"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.Que tem que ser vivido até a última gota.Sem nenhum medo. Não mata."
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*"...Não entendo.
:Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
:Entender é sempre limitado.
:Mas não entender pode não ter fronteiras.
:Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
:Não entender, do modo como falo, é um dom.
:Não entender, mas não como um simples de espírito.
:O bom é ser inteligente e não entender.
:É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
:É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
:Só que de vez em quando vem a inquietação:
:-quero entender um pouco.
:Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
*"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
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*"(...) Atravessei a rua e tomei um táxi. A '''brisa''' arrepiava-me os cabelos da nuca. E eu estava tão feliz que me encolho no canto do táxi de medo porque a felicidade dói. E isto tudo causado pela visão do homem bonito. Eu continuava a não querê-lo para mim – gosto é de pessoas um pouco feias e ao mesmo tempo harmoniosas, mas ele de certo modo dera-me muito com o sorriso de camaradagem entre pessoas que se entendem. Tudo isso eu não entendia.
:A coragem de viver: deixo oculto o que preciso ser oculto e precisa irradiar-se em segredo. Calo-me. (...) Clarice Lispector, ''in: Água Viva, Círculo do Livro, 1973 p. 76-7''
* "E ninguém é eu. E ninguém é você. Esta é a [[solidão]]."
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*"(...) E era bom. "Não entender" era tão vasto que ultrapassava qualquer entender - entender era sempre limitado. Mas não entender não tinha fronteiras e levava ao infinito, ao Deus. Não era um não entender como um espírito. O bom era ter inteligência e não entender. Era uma benção como a de ter loucura sem ser doida. Era um desinteresse manso em relação às coisas ditas do intelecto, uma doçura de estupidez. (...) ''Clarice Lispector, in: Uma aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, 8a. ed, RJ: Editora Nova Fronteira, 1980, p. 44''
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{{artigo principal|[[Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres]]}}
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* "Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera."
:- ''Fonte: [http://caras.uol.com.br/noticia/citacoes-novembro http://www.caras.uol.com.br - 5 de novembro de 2009 - EDIÇÃO 835 - Citações]''
▲* "Há Momentos/"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. Sonhe com aquilo que você quiser. (...)" Autor Desconhecido. '''NOTA:''' ''O texto inteiro não é da Clarice Lispector: inseriram uma frase dela sem estar entre aspas e vem sendo repassado como se fosse tudo de Lispector; apenas o final foi retirado do livro "Uma aprendizagem: ou o Livro dos Prazeres": "De Ulisses ela aprendera a ter coragem de ter coragem de ter fé - muita coragem, fé em quê ? Na própria fé, que a fé pode ser um grande susto, pode significar cair no abismo, Lóri tinha medo de cair no abismo e segurava-se numa das mãos de Ulisses enquanto a outra mão de Ulisses empurrava-a para o abismo - em breve ela teria que soltar a mão menos forte do que a que a empurrava, e cair, '''a vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre.''' A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um humano."''
▲* "(...) Me lembro bem da carta que eu lhe escrevi, sobre deixar os outros em paz. Realmente o tom geral devia estar pessimista. O pessimismo passou, mas o bom propósito não: '''farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na pessoa que o recebe.''' Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz... Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega pelo amor. (...)" in: No livro 'Minhas Queridas'. (um livro que reúne cartas escritas entre 1940 e 1957 para suas irmãs)
==Veja também==
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