Vaidade: diferenças entre revisões

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* "Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma dor bastarda. Então o homem, flagelada e rebelde, corria diante da fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, - nada menos que a quimera da felicidade, - ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão".
::- ''[[s:Memórias Póstumas de Brás Cubas/VII|Memórias póstumas de Brás Cubas, Capítulo VII]], [[Machado de Assis]] (1881)
:- ''[[Machado de Assis]]''
 
* "Um mantém sua opinião, porque imagina que chegou a ela por si mesmo, o outro porque a aprendeu com dificuldade e está orgulhoso por ter conseguido compreendê-la: ambos, em decorrência, por vaidade".
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* Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o seu esquecimento de que há outros com alma igual.
::- ''[[Fernando Pessoa]]; "Autobiografia sem Factos". (Assírio & Alvim, Lisboa, 2006, p. 88) ''
 
* "Nada merece nosso esforço, todas as coisas boas são apenas vaidades, o mundo é uma bancarrota e a vida, um mau negócio, que não paga o investimento. Para ser feliz, é preciso ser como as crianças: ignorante."