Rio de Janeiro (cidade): diferenças entre revisões

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* "Na parede de um [[botequim]] de [[Madri]], um [[cartaz]] avisa: Proibido cantar. Na [[parede]] do [[aeroporto]] do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], um aviso informa: É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem. Ou seja: Ainda existe gente que canta, ainda existe gente que brinca".
:- ''[[Eduardo Galeano]]''
 
* "Em relação aos tão gabados melhoramentos do Rio de Janeiro, a famosa obra do tumultuário e despótico Dr. Passos, meu interlocutor usou destas frases que eu não quis reproduzir no texto do discurso: Mesmo pelo que toca a esta cidade, ouso perguntar-vos: pensou-se em expungi-la dos terríveis cortiços e estalagens que a enchem e afeiam pestilencialmente quase por todos os lados? Não.
Pensou-se em tirar de seu centro tantas "cocheiras" e "estábulos", e de seus arrabaldes tantos "capinzais" que a deturpam e corrompem-lhe o ar? Não.
Cuidou-se de retificar e canalizar os lôbregos e nojentos "riachos" que a danificam, do ''Rio Comprido'', da ''Joana'', do ''Trapicheiro'', da ''Banana Podre'', ''Maracanã'', e outros que a inundam na época das chuvas? Não.
Elevaram o solo de zonas inteiras urbanas no intuito de impedir essas desastrosas inundações? Não.
Tratou-se de melhorar o sistema de esgo"tos, o abastecimento d'água, a não ser no papel? Não.
Então, mesmo por esse lado, quase nada tendes feito, a não ser "obra para inglês ver", segundo vossa característica expressão.
E é verdade, em que pese aos "basbaques de encomenda", que fazem ofício de elogiar a todo transe, à troca de dinheiro ou de emprego…"
:- ''[[Silvio Romero]]''
 
==Veja também==