Quatro Casamentos e um Funeral: diferenças entre revisões

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:'''Fiona''': É americana.
:'''Charles''': Interessante.
:'''Fiona''': É uma prostitutapega.
:'''Charles''': A sério?
:'''Fiona''': Já trabalhou na Vogue. Agora vive na América. Só sai com pessoas muito glamorosas. É areia a mais para a tua camioneta.
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* '''Charles:''' Senhoras e senhores, peço desculpa por ter de vos interromper a sobremesa. Só há uma ou duas coisinhas que acho que devo dizer como padrinho. Esta é só a segunda vez que sou padrinho. Espero que me tenha safado dessa vez. Pelo menos o casal em questão ainda fala comigo. Infelizmente eles já não falam um com o outro. O divorcio ficou finalizado há uns dois meses. Mas garantiram-me que isso não teve absolutamente nada a ver comigo. A Paula já sabia que o Piers tinha dormido com a irmã dela antes de eu ter falado disso no discurso. O facto de ele ter dormido com a mãe dela foi uma surpresa, mas acho que foi o principal motivo para o pesadelo de recriminação e violência que se tornou o seu casamento de dois dias. Mas já chega. Hoje a minha função é falar sobre o Angus. Ele não tem esqueletos no armário dele. Ou pelo menos era o que eu pensava. Já falo disso daqui a pouco. Gostava apenas de dizer o seguinte: estou, como sempre absolutamente fascinado por qualquer pessoa que consiga fazer este tipo de compromisso tal como o Angus e a Laura fizeram hoje. Eu sei que não ia conseguir fazê-lo e acho que é maravilhoso que eles consigam. Pronto, vamos voltar a falar do Angus e daquelas ovelhas.
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* '''Matthew''': O Gareth preferia funerais a casamentos. Dizia que era mais fácil ficar entusiasmado com uma cerimónia onde se tinha uma oportunidade real de estarse envolvidoparticipar um dia. Para me preparar para este discurso, telefonei a algumas pessoas, para ter uma ideia geral de como o Gareth era visto por aqueles que o conheceram. Gordo parece ser a palavra que a maioria das pessoas lhe associavam. Muito mal educado também teve muitos apoios. Por isso, muito gordo e muito mal educado parecem ser os pontos de vista dos estranhos. Por outro lado, alguns foram simpáticos quando me telefonaram para me dizerem que o adoravam e sei que ele ia ficar bastante contente com isso. Lembram-se da sua hospitalidade fabulosa, os seus cozinhados experimentais estranhos. Felizmente a receita de "Pato a la Banana" vai com ele para a campa. Acima de tudo, vocês falaram-me da sua enorme capacidade para a alegria. Quando estava alegre tinha uma grande capacidade de embriaguez vocal. Mas espero que seja assim que o recordem, que não seja com ele enfiado numa caixa numa igreja. Escolham o vosso colete preferido e recordem-no assim. A peste mais esplêndida, repleta, de coração enorme e alegre que alguma vez conheceram. Quanto a mim, podem perguntar-me como o vou recordar, o que pensava dele. Infelizmente para isso fiquei sem palavras. Talvez me perdoem que transmitir os meus sentimentos através das palavras de outra peste estupenda: W.H. Auden. Isto é o que eu quero dizer: "Parem todos os relógios, cortem o telefone, lancem um osso suculento ao cão para que não ladre mais, Emudeçam os pianos e com um tambor abafado, tragam o caixão, deixem vir os enlutados. Deixem os aviões andar em círculos, a gemer em cima em alvoroço, a escrever no céu a mensagem "Ele morreu". Ponham laços crepe ao pescoço das pombas, Deixem que os polícias sinaleiros usem luvas de algodão preto. Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Este e Oeste. A minha semana de trabalho e o meu descanso ao Domingo, O meu meio-dia, a minha meia-noite, a minha fala, a minha canção; Pensava que o amor ia durar para sempre: estava enganado. Não são precisas estrelas agora; apaguem todas, Arrumem a lua e desmontem o sol, Esvaziem o oceano e varram a madeira; Porque agora nada serve para coisa alguma".