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==Veja támbém==
* [[Masilan Tovaga H. Poeta]]
{{wikipédia|Poesia}}
{{commons|Category:Poetry}}
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{{arte}As Prisões dos Desgraçados....
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Autor: Masilan Tovaga Hãesvao
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<poem></poem>{Prisões de detidos, condenados, suspeitos e inocentes!
<poem></poem>Tua intrepidez, é mormente cercear a liberdade humana?
<poem></poem>Não estarás a cometer maior ilícito penal a essa gente?
<poem></poem>Torna-te Escola, restabelece à liberdade sem barganha!
 
{{arte}}
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<poem></poem>A tua luz, é obscuridade arrepiante, mesmo ao meio-dia;
<poem></poem>O teu ar, metamorfisa alienígenas execráveis e malditos;
<poem></poem>O teu ministre funesto, não serve nem à máxima felonia;
<poem></poem>As tuas celas de vinte, blindam duzentos duendes aflitos.
 
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<poem></poem>O teu aroma é um mix de mofo, suor, sangue e sei lá o quê...
<poem></poem>Dás ao visitante a fragrância da condenação ao abandono;
<poem></poem>Dás às tuas celas um fundo de negrume para quem as vê;
<poem></poem>Corpos e paredes juntos, são como o lusco-fusco do outono.
 
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<poem></poem>Somente os olhos contíguos às grades, resistem na pretura;
<poem></poem>Observam as visitas como um grande acontecimento do dia;
<poem></poem>Assustados, curiosos, invejosos e com pasmas olhaduras;
<poem></poem>Aglomeram-se a despeito de existir em seu meio um doentio.
 
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<poem></poem>Nos saguões de quatro presos há um pouco mais de luz;
<poem></poem>É possível ver um que bate a cabeça com leveza na parede;
<poem></poem>É possível ver outro que lê a Bíblia... a pensar em Jesus;
<poem></poem>Ouve-se outro que em tom de moribundo grita o seu enredo.
<poem></poem>Ai meu Deus....Eu quero a minha liberdade !...
 
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<poem></poem>Nessa disparidade de negros, pobres, magros, mórbidos;
<poem></poem>Um combinado de sem escola, sem pais e sem trabalho;
<poem></poem>Jovens com dezoito a vinte e quatro anos em opróbrios;
<poem></poem>Só os vícios em drogas legais ou ilícitas são seu salário.
 
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<poem></poem>Sem residência fixa, sem crença em crescimento social;
<poem><poem></poem>Menos ainda, sem o sufrágio afetivo e cordial de alguém;
<poem></poem>Mais prisões de desgraçados estão fadadas a majorar;
<poem></poem>E, se o meio não atuar já, todos seremos vítimas também.<poem></poem>
 
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PS. Baseado em uma visita a uma prisão em
Barcarena PA, Br 19 de Fevereiro de 2009.
}
 
[[categoria:literatura]]